Estar próximo de quem tem paralisia cerebral

Universitários do Centro de Estudos do Lumiar realizam voluntariado semanal.

Fiquei um pouco perplexo quando um colega, me propôs uma experiência de voluntariado" - confessa Samuel Oliveira. "Não estava à espera. Para coisas radicais, ainda assim mais depressa esperaria que me convidassem para fazer ioga junto do Tejo..."

Depois dessa conversa, o Samuel e o Diogo Barbosa, e outros universitários, começaram em Outubro de 2006 a dedicar algumas horas semanais a conviver com adultos portadores de paralisia cerebral numa instituição de solidariedade social.

Esses universitários conheceram-se no Centro de Estudos do Lumiar, em Lisboa, obra de apostolado corporativo do Opus Dei, um equipamento para jovens estudantes que aposta na abordagem interdisciplinar, na solidariedade social e a responsabilidade cívica, como complementos formativos.

A ajuda que um voluntário pode prestar não necessita de especiais habilitações nem de uma capacitação técnica sofisticada. Precisa principalmente da atitude certa. E isso faz toda a diferença.

O Jorge Bandeiras é um dos voluntários. Tem ajudado todos sábados de manhã. "Acho que o voluntariado é importante para aquelas pessoas; no início exigiu alguma adaptação, conhecer as pessoas e as dificuldades que tinham, aprender a conduzir uma cadeira de rodas na cidade. Essa fase foi superada. Agora sobretudo o que vemos é a satisfação de nos verem e conversarem connosco".

Luís Filipe Fernandes pertence à direcção do Centro de Estudos do Lumiar e é coordenador deste projecto de voluntariado. "A experiência mostra que o voluntariado é uma caixa de boas surpresas para os jovens. Para se ser voluntário não é, obviamente, necessário ser cristão. Um cristão pode encontrar motivações próprias para esse gesto, mais razões para respeitar e servir os outros ."

Centro de Estudos do Lumiar

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