Inauguração do “Endowment Fund” da Fundação Kianda

No Quénia, somente 11% dos alunos que terminam o ensino primário continuam os estudos. É uma situação que a Fundação Kianda quer contribuir para alterar. Para o vice presidente do país, Dr. A. A. Moodi, “o projecto de Kianda será um marco no desenvolvimento educativo do país”.

No Quénia, mais de metade dos jovens, e principalmente as raparigas, interrompem os estudos precocemente, precisamente na idade em que necessitam mais de ajuda pedagógica e de formação. Para obviar esta situação preocupante, Kianda propôs-se criar um fundo de investimento que promova a educação, sobretudo entre raparigas e mulheres adultas.

“Kianda preenche uma lacuna crítica no nosso sistema educativo. Estou convencido da sua contribuição positiva para o país, e penso que o projecto que quer realizar será um marco no desenvolvimento do país”, assinalou o vice presidente do Quénia, Dr. A.A. Moodi Awori, durante a inauguração do “Endowment Fund”, que teve lugar no passado 23 de Novembro no Hotel Intercontinetal de Nairobi. O “Endowment Fund” é um fundo de investimento de 180 milhões de chelins quenianos que financiará no futuro e de modo perpétuo a educação de 350 raparigas e de 500 mulheres.

A iniciativa teve origem numa convicção compartilhada por eminentes pedagogos. As mães, afirmam, estarão melhor preparadas para cuidar e educar os filhos quando recebem uma educação completa. Além disso, outros factores, aconselham uma instrução prolongada entre os cidadãos. Com efeito, o acesso ao ensino gera na população uma maior capacidade produtiva e criativa, junto a uma notável redução da ociosidade, dado que gera valores que se contrapõem muitas vezes à decadência moral e a comportamentos nocivos para a sociedade.

O vice presidente do Quénia, que conhece de perto a Fundação Kianda porque as suas três filhas estudaram numa das instituições que este fundação promove, afirmou na presença de embaixadores, empresários, beneméritos e amigos da Fundação que “as iniciativas de Kianda difundem fortes valores morais e cristãos que fizeram que fossem queridas e respeitadas inclusivamente quando os restantes centros de ensino experimentaram situações problemáticas”.

A Fundação Kianda é uma instituição sem fins lucrativos que nasceu em 1961 sob o impulso de São Josemaría Escrivá de Balaguer para promover a educação da mulher do Quénia. Fomenta a criação de instituições como Kibondeni College, que ministra cursos de hotelaria para jovens com os estudos secundários terminados, e Kimlea Technical Training College, que ministra preparação técnica para alunas que finalizaram os estudos básicos.