2000 pessoas reunidas em Sydney para ver o Prelado

O Prelado do Opus Dei estava descansado e feliz na reunião com australianos no domingo, 20 de agosto.

Havia quase 2000 pessoas na sala, mas ainda assim a reunião em Sydney com o Prelado parecia a de uma tertúlia alegre de uma família. Os apresentadores da sessão, Caitlin e Greg, puseram toda a gente a ensaiar o típico canto nacional “Aussie, Aussie, Aussie! Oi! Oi! Oi!” antes de Mons. Ocáriz chegar às 11h30m da manhã, recebido com palmas e vivas.

O palco estava muito bem decorado com um fundo de trabalhos artísticos feitos para a ocasião, criando a imagem da icónica Sydney Opera House bem como das praias, flora e fauna. Segundo Felicia Chaplin, que ajudou no design do palco, esse tipo de arte foi escolhido pelas suas características engraçadas e caprichosas – fresco e juvenil para ser reflexo de uma nação jovem. O palco estava enfeitado com flores locais, tais como waratahs, próteas-reais e botões de billy. Os sofás e as cadeiras de braços para quem se sentava no palco tinham sido escolhidos para criar um ar acolhedor de casa, de modo a refletir que se tratava efetivamente de uma reunião de família e amigos.

Greg, um dos apresentadores, começou por dizer ao Prelado que todos os ali presentes lhe queriam dar um grande abraço, ao que Mons. Ocáriz correspondeu, dirigindo-se a dar um grande abraço a Greg. Prosseguiu, fazendo algumas considerações iniciais, baseadas no Evangelho do dia – o episódio da cananeia que perseverou, mesmo quando parecia que Jesus não ia curar a sua filha, e como elogiou a sua fé.

O Prelado considerou que se tratava de uma lição de perseverança na oração, mesmo quando nos parece que Nosso Senhor não nos ouve, é certo que está a prestar atenção e que as orações dão sempre fruto. Até quando não vemos os resultados que queremos, nada se perde, ainda que humanamente assim nos possa parecer. Animou a que todos pedissem mais fé, e a que isso iria ajudar a uma alegria firmemente assente na certeza do amor de Deus por cada um de nós.

Mirka, audiologista e mãe jovem, falou sobre como estar por perto de famílias fortes e unidas, pois, ao crescer, isso tinha tido um papel importante no caminho da fé. Perguntou ao Prelado como tornar a sua casa semelhante a Cristo e convidativa. Respondeu que podiam fazê-lo, deixando os outros participar na alegria da sua família. Disse ainda que a chave estava em fomentar verdadeiras amizades, o que é consequência de gostar das pessoas e de procurar o seu bem.

A pergunta de Joe foi sobre manter o espírito de pioneiros na altura da reforma e nas últimas fases da vida. Mons. Ocáriz respondeu que o nosso espírito não depende da idade – se amarmos a Deus, isso manterá a nossa alma jovem. Afirmou que é possível aumentar essa juventude, estando perto de Jesus Cristo. Quando sentimos o cansaço ou a fadiga, necessitamos de renovar-nos e regressar ao “ser jovem”, porque o amor é sempre jovem.

Amelia e Charlie, que têm cinco filhos com menos de 6 anos e um deles com síndrome de Down, referiram como a vida pode ser caótica. Perguntaram como ajudar outros a estarem abertos à vida, quando a maioria das pessoas procura uma existência muito cómoda. A resposta do Prelado foi simples, mas muito tocante: mostrando aos outros que são felizes. As pessoas, ao verem a sua alegria, terão a melhor prova de que são pessoas de fé, e de que vale a pena estar aberto aos planos de Deus. Disse ainda que o sofrimento podia torná-los mais unidos como família, e abrir-lhes um caminho direto para Jesus.

Mary-Louise falou ao Prelado nos desafios de viver na zona de Nova Gales do Sul [NSW], e de como tem que viajar 200 quilómetros para conseguir ir à recoleção mensal mais próxima. Mons. Ocáriz animou-a, recordando-lhe que o Opus Dei não são apenas edifícios e centros, mas as pessoas é que são Opus Dei, e se pode fazer a obra de Deus onde quer que se esteja, servindo-nos das próprias dificuldades como meio de oração pelo apostolado do futuro.

Quando Michael falou do número decrescente de cristãos na sociedade, o Prelado disse que, embora algumas leis e a opinião pública sejam contrárias à vida humana, não podemos ser pessimistas. Devemos rejeitar as ideias erradas, mas nunca as pessoas; há sempre pessoas boas, mesmo quando o contexto possa ser difícil. Mons. Ocáriz aconselhou a não desanimar, e Deus conta connosco ainda mais do que antes.

Ao longo da tertúlia, em vários momentos, houve execuções musicais, entre as quais, “We Are Australian” e “My Island Home”. Uma das apresentadoras, Caitlin, pediu ao Prelado para rezar pelo podcast dela, Crash Course Catholicism, que lhe tem proporcionado muitas oportunidades de chegar às periferias.

Antes de sair, o Prelado agradeceu que tivessem estado ali, e referiu a alegria que isso lhe dava. Terminou pedindo a todos que rezassem pelo Papa, antes de ir cumprimentando casais e famílias no caminho para ir embora.

Fotografias de PLA e Michael Won.