Vídeo resumo dos ordenações sacerdotais

No passado dia 20 de maio 25 fiéis do Opus Dei receberam a ordenação sacerdotal das mãos do Prefeito do Dicastério para o Clero, Cardeal Lazzaro You Heung-sik, entre os quais se encontraram dois portugueses: Jorge Oliveira e Francisco Serrano. A cerimónia foi realizada na Basílica de Santo Eugénio, em Roma.

25 fiéis do Opus Dei receberam a ordenação sacerdotal das mãos do cardeal Lazzaro You Heung-sik. Na primeira parte da homilia (link para a homilia completa), o cardeal Lazzaro You Heung-sik deteve-se sobre a centralidade de Cristo no sacramento da Ordem sacerdotal: «Não sereis vós simplesmente a fazer tudo isso – não seríeis capazes – mas será Cristo em vós, por vosso intermédio. E Ele não vos torna instrumentos Seus só por um tempo, mas para sempre, como cantámos no Salmo. Efetivamente, hoje – recordou o Prefeito do Dicastério para o Clero – estabelece-se entre vós e Jesus um novo vínculo, que nunca será desfeito». Retomando um modo de dizer do cardeal coreano Stefano Kim, tornar-se «uma grande hóstia na sociedade», o celebrante convidou os ordinandos não só a «celebrar a Eucaristia, mas a tornardes-vos vós próprios Eucaristia, vida partida pelos irmãos e irmãs».

O cardeal You Heung-sik continuou de seguida a recordar que nos documentos do Concílio Vaticano II «se fala dos presbíteros quase sempre no plural», unindo a esta observação uma experiência pessoal sua, referente a um sacerdote que se encarregou da sua formação para o ministério: «Repetia sempre: O sacerdote precisa de uma casa! Com a sua vida e o seu exemplo, ensinou-me a ser como sou, a não reduzir a fraternidade sacerdotal a um facto apenas sacramental, mas a vivê-la também concretamente, compartilhando as alegrias e dores dos irmãos».

Referindo-se ao testemunho emocionante do cardeal vietnamita Van Thuan, que exerceu o seu ministério na prisão, o Prefeito do Dicastério para o Clero terminou a homilia convidando os sacerdotes a serem assim: «totalmente dedicados a Jesus Cristo; oferecidos com Ele para salvação do mundo, irmãos de todos!».

No final da celebração, o Prelado do Opus Dei, Mons. Fernando Ocáriz, depois de ter agradecido ao cardeal You Heung-sik, dirigiu algumas palavras aos novos sacerdotes (link para o texto completo): «Como bem sabeis, nos momentos de provação, que certamente não faltarão, encontrareis força na celebração da Eucaristia, na oração, no sacramento da Reconciliação, na direção espiritual».

O Prelado do Opus Dei dedicou a seguir algumas palavras de estímulo aos familiares dos novos sacerdotes: «É uma alegria compartilhar convosco esta feliz celebração, que hoje o é para toda a Igreja e para o mundo. Será também um motivo de alegria para os pais que nos acompanham de longe ou no Céu». Mons. Fernando Ocáriz concluiu confiando à intercessão de Nossa Senhora e de S. Josemaria os novos sacerdotes, pedindo a todos para se unirem «com a oração às intenções do Papa Francisco pela Igreja e pelo mundo, implorando a Deus especialmente pelo dom da paz».

Histórias dos sacerdotes

Entre os 25 novos sacerdotes encontram-se dois portugueses: Jorge Oliveira e Francisco Serrano. O Francisco nasceu em Lisboa há 32 anos, é o segundo de quatro irmãos e licenciou-se em Matemática. Foi professor durante alguns anos e em 2018 foi para Roma estudar teologia, continuando os estudos posteriormente em Pamplona. “Interessou-me muito que a fé cristã me convencesse que Deus não está longe, onde apressadamente julgamos que deveria estar, mas está em cada segundo e em cada centímetro da vida. E que isso não asfixia; pelo contrário, liberta e alivia. Devo a S. Josemaria ter-me feito chegar essa luz. E isso explica muita coisa”.

Francisco Serrano com o Prelado do Opus Dei na ordenação diaconal em 19 de novembro passado.

O Jorge é proveniente de Braga e tem 39 anos. Depois de se licenciar em Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico, dedicou a sua vida profissional à gestão de projetos no setor da construção e da banca. Gosta muito de correr e completou quatro maratonas e setenta e duas meias-maratonas: “Nunca pensei que Deus me chamaria para ser sacerdote. Sei que tenho família e amigos que rezam por mim e pelos 24 que se ordenarão comigo. Com o olhar na JMJ de Lisboa e seguindo o exemplo do Papa Francisco, gostava que a minha vida fosse um serviço alegre a todos, e especialmente aos mais novos”.

Jorge Oliveira com o Prelado do Opus Dei na ordenação diaconal em 19 de novembro passado.

Entre os outros novos ordenados há vários africanos, como Vitus Chekwube Ntube, que é originário de Anambra (Nigéria). Estudou Botânica na Universidade de Ibadan. Atualmente, está a terminar os seus estudos em Roma com uma investigação sobre o contributo de Joseph Ratzinger para a teologia da religião. “Ser sacerdote será uma forma de ser colaborador da Verdade e da Alegria, o que Sto. Agostinho chama o gaudium de veritate, ajudando todos a descobrir a verdadeira alegria e a alegria da verdade”.

Outro dos sacerdotes é Philip Moss que nasceu no Equador e cresceu em Washington DC. Estudou engenharia mecânica na University of Notre Dame e trabalhou vários anos em Nova Iorque, antes de iniciar os estudos teológicos em Roma. “Alegra-me – diz Philip – pensar que dentro de pouco trabalharei como sacerdote, tornando Cristo presente na Igreja e para toda a humanidade”.

Pablo Tevere, argentino, contabilista de profissão, mudou-se em 1997 para a Bolívia onde trabalhou vinte e um anos em projetos de desenvolvimento numa das zonas rurais mais pobres do país. “Ao chegar à Bolívia, envolvi-me no sector da cooperação para o desenvolvimento, para colaborar em atividades sociais no Altiplano da Bolívia. Esta zona do país é formada por pequenas comunidades indígenas aimarás, em que se unem a pobreza e a marginalização social por razões étnicas. Agora, com a minha nova função como diácono e dentro de poucos dias como sacerdote, tenho a esperança de continuar o meu trabalho com as pessoas mais desfavorecidas para ajudar nas necessidades da alma, que afetam de um modo mais acentuado as pessoas com carências materiais e sociais”.

Javier Marrodán, de Pamplona (Espanha) foi ordenado depois de uma longa trajetória profissional no jornalismo e no ensino. Trabalhou no Diario de Navarra entre 1988 e 2007, e depois na Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, até 2019. Acredita que pode haver uma certa continuidade no trabalho pastoral que o espera a partir de agora: “Dediquei-me durante muito tempo a contar histórias e a tentar fazê-lo bem – assegura –. Pode ter sido um bom treino”.

Entre os ordenados está o panamenho Giancarlos Candanedo Páez, advogado e comunicador, que se dedicou ao serviço público, à política e ao ensino universitário. Recorda que “desde pequeno sempre tive o desejo de servir o meu país através da política, mas também a Igreja; pensava que isso era incompatível. Conhecer a mensagem do Opus Dei fez-me ver que todo o trabalho honesto se pode e nos pode santificar, também a política e o serviço público”. E acrescenta: “Hoje Deus pede-me para servi-Lo de outro modo, levando a sua Palavra, consolo e misericórdia a todo o mundo. É uma grande responsabilidade que assumo com alegria e esperança”.

Os 25 novos sacerdotes são provenientes da Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Croácia, Espanha, Estados Unidos, México, Nigéria, Panamá, Peru e Portugal. Estes são os seus nomes:

  • Sylvanus Sobechi Elias Asogwa (Nigéria)
  • Rodrigo Ayude Puga (Espanha)
  • Alejandro Bertelsen Simonetti (Chile)
  • Giancarlos Candanedo Páez (Panamá)
  • Íñigo Cortés Elorza (Croácia)
  • Juan Esteban de Sas Rosero (Costa Rica)
  • Héctor Devesa Santacreu (Espanha)
  • Pablo Espinosa Malpartida (Espanha)
  • Daniel Alberto Flores González (México)
  • Francisco de Castilho Monteiro Gil Serrano (Portugal)
  • Roberto Edgard Hernani Gómez (Peru)
  • Juan Ignacio Izquierdo Hübner (Chile)
  • Borja Lleó de Nalda (Espanha)
  • Alexandre Madruga da Costa Araújo (Brasil)
  • Javier Marrodán Ciordia (Espanha)
  • José María Martínez Ortega (Espanha)
  • Philip Moss (Estados Unidos)
  • Vitus Chekwube Ntube (Nigéria)
  • Jorge Oliveira (Portugal)
  • Agaba Simon Otache (Nigéria)
  • Ferran Parcerisa Pujol (Espanha)
  • Uxío Rojo Otero (Espanha)
  • Pablo Taberner Sanchis (Espanha)
  • Pablo Osvaldo Tevere (Bolívia)
  • Rodrigo Vera Aguilar (México)