O Papa recorda-o na Evangelii Gaudium, n. 14, quando afirma que «a Igreja não cresce por proselitismo, mas “por atração”». Nos ensinamentos de Cristo há uma clara exclusão de qualquer atitude que não respeite a liberdade dos outros e ignore a dignidade da pessoa.
Deus quer ser verdadeiramente amado, o que pressupõe uma escolha livre. Toda a vocação é uma história de amor e um encontro de duas liberdades: a chamada de Deus e a resposta do homem.
O termo “proselitismo” deriva de “prosélito”, que é usado na Bíblia para designar aqueles que, vindos de outro povo, se preparavam para acolher a fé judaica.
A Igreja assumiu esta palavra analogicamente: S. Justino, por exemplo, já falava de “fazer prosélitos” para se referir à missão apostólica dos cristãos, dirigida a todo o mundo (cf. Mc 16, 15).
O uso de "proselitismo" como sinónimo de apostolado ou evangelização
Muitos autores espirituais, entre os quais S. Josemaria, usaram o termo “proselitismo” neste sentido, como sinónimo de apostolado ou evangelização: uma obra caracterizada, entre outras coisas, por um profundo respeito pela liberdade, em contraste com o sentido negativo que esta palavra assumiu nos últimos anos do século XX.
No sulco dessa tradição, S. Josemaria usa a palavra “proselitismo” com o significado de proposta ou convite através do qual os cristãos partilham a chamada de Jesus Cristo com os seus companheiros e amigos, e abrem diante deles o horizonte do seu Amor (cf. Caminho, n. 790, 796).
Mais informação sobre o proselitismo
• Proselitismo: voz do dicionário de S. Josemaria (em espanhol)
• Evangelização, proselitismo e ecumenismo
• Reflexões de Mons. Javier Echevarría sobre a Evangelii Gaudium, no diário Avvenire (Itália)