Mulheres do Opus Dei que conheci

Maria Sofia Pacheco foi a primeira mulher portuguesa a ter contacto com o Opus Dei

Há 75 anos o Opus Dei começou o seu trabalho apostólico com mulheres. Na prática, devido a várias circunstâncias, entre as quais a guerra civil de Espanha, pode dizer-se que só em 1942 se reuniram as primeiras num centro da Rua Jorge Manrique.

E quase uma década depois, tive ocasião de conhecer algumas dessas pioneiras do trabalho da Obra: Lola Fisac, Encarnación Ortega, Nisa González e Enrica Botella. Ao ouvi-las, convenci-me de que é bem pouco o que podemos fazer cada um de nós quando se trata de uma iniciativa de Deus.

Um dos relatos que me impressionou, foi uma ocasião em que S. Josemaria chamou a duas dessas primeiras do Opus Dei e lhes falou das tarefas que futuramente se haveriam de levar a cabo. Entre outras muitas: centros de capacitação profissional para o atendimento e gestão de serviços, tanto no seio da família como em unidades hoteleiras ou afins; residências para universitárias; clínicas em diversas cidades de todo o mundo; actividades no campo da moda; bibliotecas itinerantes que fariam chegar a leitura formativa até às povoações mais remotas; livrarias, etc. E a santificação de todas as profissões, que a mulher poderia desempenhar com tanta ou mais eficácia do que o homem.

O que, naqueles dias já longínquos, o fundador do Opus Dei via com tanta clareza, é já há muitos anos realidade por todo o mundo. No último volume da biografia recentemente publicada, Andrés Vázquez de Prada (“Josemaria Escrivá – Fundador do Opus Dei”, III vol, Ed. Verbo, Lisboa 2004) faz numerosas referências a este período.

O fundador do Opus Dei insistiu muito na importância da capacitação profissional da mulher para trabalhar eficazmente em instituições de saúde, em infantários, em lares de idosos, etc. Algumas dessas tarefas podem igualmente ser bem realizadas por homens, mas sem dúvida que a mulher tem dotes próprios e insubstituíveis, muito necessários nas tarefas que, por si mesmas, contam com a intuição, amor ao concreto que, em geral, a mulher tem.