Vídeo resumo da viagem de Mons. Fernando Ocáriz ao Equador

São Josemaria visitou o Equador em agosto de 1974. Cinquenta anos depois, Mons. Fernando Ocáriz voltou ao país para se reunir com famílias e amigos do Opus Dei de todas as partes. De 8 a 12 de agosto, a sua visita encheu de esperança e alegria milhares de pessoas, animando-as a continuar o trabalho iniciado pelo fundador do Opus Dei.

O Prelado do Opus Dei no Equador

A viagem do Prelado do Opus Dei aos países andinos continua agora no Equador, onde permanecerá de 8 a 12 de agosto para se encontrar com jovens, famílias e pessoas envolvidas em atividades inspiradas na mensagem de São Josemaria.


Galeria fotográfica


Domingo, 11 de agosto

Desde muito cedo, na manhã de domingo, 11 de agosto, o Colégio Intisana de Quito recebeu pessoas de diferentes pontos do Equador. À chegada, esperava-os um “Museu de São Josemaria”, exposição evocativa dos 50 anos da sua viagem ao país.

Para começar, um grupo de jovens interpretou “Por tierras y mares”, uma canção de que o fundador do Opus Dei gostava. Depois, começaram as perguntas. A primeira deu pé a que o Prelado ressaltasse a necessidade do relacionamento pessoal: “O apostolado da amizade consiste em transmitir de pessoa a pessoa o que se tem no coração,” disse. Sobre a santificação no trabalho, salientou que o exemplo ajuda muito os colegas e é um apostolado muito eficaz.

Mons. Ocáriz no Colégio Intisana

Relativamente ao Congresso Eucarístico Internacional que se vai realizar no Equador no próximo mês, perguntaram-lhe como aproveitar essa ocasião para crescer em amor à Eucaristia. Mons. Ocáriz encorajou-os a encher a alma de agradecimento porque Jesus se nos dá como alimento na Santa Missa e, ao recebê-l’O, nos identificamos com Ele. Antes de continuar com mais perguntas, uns irmãos cantaram uma canção alusiva ao carinho de Deus que do Céu nos abraça.

«Tendes as entranhas destas imensas montanhas, cheias de riquezas. E o coração deste povo também» (São Josemaria no Equador)

Andrés, que é piloto, perguntou sobre o desafio de conciliar família e trabalho. Mons. Ocáriz aconselhou que, na ordem das prioridades, as famílias fossem sempre as primeiras. Animou os casais a darem tempo ao importante, pedir luz ao Senhor para a sua relação e aceitar com alegria as desordens inevitáveis.

Andrés, piloto comercial, durante o encontro com o prelado.

Entre os assistentes, estava Ángela, que contou do trabalho da AFAC (Fundação de Ajuda Familiar e Comunitária), em que se acompanham mulheres grávidas em situações vulneráveis. Referiu que tinham atendido mais de trinta mil pessoas e recebido mais de cinco mil bebés de mães que tiveram intenção de abortar. Pediu orações ao prelado para poder continuar com esta iniciativa.

A seguir, perguntaram se tinha alguma recordação sobre São Josemaria, e mencionou que era uma pessoa extraordinária, mas também muito normal. A sua santidade via-se no carinho que tinha às pessoas e como estava atento aos outros. “A santidade de São Josemaria estava em conjugar o sobrenatural e o humano”.


Encontro com jovens: transformar o sofrimento em alegria

Durante a tarde, teve duas tertúlias com jovens na casa de retiros Ilaloma. Na primeira, Stephanie contou-lhe que se tinha batizado aos 10 anos e feito a Primeira Comunhão. Depois perguntou como continuar a crescer em vida espiritual. Mons. Ocáriz sugeriu-lhe recorrer sempre ao “Pão e à Palavra; oração e Eucaristia; através destes meios, Deus responde com belas ideias”.

Sobre a falta de tempo num mundo tão acelerado, disse-lhes que era importante ter um propósito; procurar o tempo oportuno para cada coisa e lutar sem desanimar quando não dá vontade de fazer o que se deve. Ajuda muito a ordem e ser flexível, acrescentou.

No último momento, Emilio contou dos momentos duros que viveu com a família por uma intervenção médica que o fez estar em cuidados intensivos. O prelado explicou que a cruz de Cristo foi redenção para o mundo e o que pudermos sofrer também redime. A partir do sofrimento, pode fazer-se um grande bem à humanidade. “Podemos pensar em Nosso Senhor na Cruz que transforma o sofrimento em alegria”.

Na manhã de 12 de agosto, o prelado dirigiu-se ao aeroporto para apanhar um avião em direção a Bogotá, Colômbia, onde terá lugar a última etapa da sua viagem pela América.

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Sábado, 10 de agosto

A partir das nove da manhã de sábado, começaram a chegar famílias ao Colégio Torremar de Guayaquil, onde dentro de umas horas seria o encontro com Mons. Fernando Ocáriz. No estrado, a imagem da ermida do colégio aguardava o momento.

Acorreram pessoas de várias zonas do Equador. O clima, um pouco mais fresco do que é habitual, favorecia o ambiente de alegria por poder passar um tempo com o Prelado.

Minutos antes das 11h30m, a Orquestra de Câmara do Colégio Delta interpretou várias canções para dar as boas-vindas ao Prelado, entre sorrisos e aplausos carregados de afeto. Ao finalizar a interpretação de “La Morenita”, Mons. Ocáriz agradeceu aos jovens. As suas primeiras palavras fizeram referência a um texto de São Paulo da 2.ª Carta aos Coríntios: “Deus ama quem dá com alegria”. Deus quer que sejamos felizes, continuou o Prelado, e para sermos felizes, querer bem aos outros e preocupar-se com eles sem esperar situações extraordinárias. O heroísmo está na generosidade permanente, na constância diária, comentou.

O primeiro a perguntar foi Ángel, um jovem advogado que dentro de pouco tempo vai casar com Verónica; pediu algum conselho ao Prelado para conseguir uma família feliz e serem fiéis toda a vida. Mons. Ocáriz respondeu que o matrimónio se fundamenta numa entrega generosa ao outro. “Quando passam os anos, os aspetos mais românticos diminuem, mas permanece o amor, o desejo profundo do bem para a outra pessoa”.

Um dos momentos mais emotivos foi a altura em que Stephany contou como ultrapassou as dificuldades da sua vida com o seu primeiro filho prematuro e o segundo com síndrome de Down, e passados 10 anos de rezar a Nossa Senhora e a São Josemaria pelo seu matrimónio, vai casar pela Igreja. Perante esta prova de confiança em Deus, o Prelado animou todos a serem como os apóstolos que pediam a Jesus que lhes aumentasse a fé: “Do mal natural, tirar um bem espiritual”, disse.

Referiu-se também à dedicação aos filhos como um dever primordial e fonte de crescimento pessoal que dilata o coração. “O maior tesouro dos pais são os filhos. A oportunidade de edificar almas de homens e mulheres”. “A vida quotidiana”, acrescentou, “é o que Deus nos pôs nas mãos para fazer o bem na família, trabalho, amizades, descanso. Tudo é motivo de amor a Deus e de serviço aos outros”.

O encontro teve vários momentos artísticos. Dois estudantes dos colégios Jacarandá e Montepiedra fizeram uma demonstração de amorfinos – poemas de amor tradicionais e danças típicas da costa equatoriana. Levaram também um chapéu montubio como presente para o Prelado. Dois artistas estiveram a pintar ao vivo uma tela captando o encontro entre paletas e cores, e um grupo de professores do colégio anfitrião cantou outras canções.

A finalizar, mais de 2000 pessoas rezaram o Angelus com o Prelado e receberam a sua bênção.

Durante a tarde, partilhou alguns momentos com famílias e amigos na Igreja Reitoral São Josemaria Escrivá. Nessas conversas, mencionaram o trabalho social que se realiza em zonas vulneráveis. O Prelado convidou-os a remover o coração dos que aí vão ajudar, e a levar alegria a quem mais necessitar. “É o Senhor que o diz, o que fizeres ao que mais precisa, é a Mim que o fazes”, concluiu.

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Sexta-feira, 9 de agosto

Durante a manhã e a tarde de sexta-feira, o Prelado do Opus Dei cumprimentou várias famílias que o esperavam na casa de retiros Ilaloma.

Avós, pais, filhos e netos participaram no encontro com o Prelado para lhe contarem sobre as suas vidas e famílias. Duas das presentes tinham cumprimentado São Josemaria no aeroporto de Quito em 1974, aos ombros do pai, quando ainda eram pequenas.

A seguir a um dos encontros, María José, com a filha Florencia em braços, comentava que “apesar de ter que cumprimentar muitos, o seu gesto foi como o de um pai que conhece e aprecia cada um dos seus filhos, com a naturalidade e a confiança que só se dão numa relação autêntica e cheia de carinho”, pois na família eram 11 irmãos e 18 netos.

Rosa de madeira que as famílias ofereceram ao Prelado. Na base, diz: “O coração pedia-me algo grande… e que seja Amor”.

Ao terminar a tarde, Mons. Ocáriz teve um encontro com cerca de 40 padres diocesanos e alguns seminaristas.

“Nós, sacerdotes, não transmitimos só ideias ou doutrinas, mas Jesus Cristo”. O Prelado ressaltou a importância da Eucaristia como centro e raiz da vida interior: “cada pessoa vale todo o Sangue de Cristo, uma alma vale todo o nosso esforço”, afirmou.

Durante a tertúlia com sacerdotes.

O Pe. Eduardo vive em Lita, a norte do país, onde há uma maioria de população indígena Ava. Relatou como, desde 2020, de uma terra de 5000 pessoas, se tinham batizado 600, e tinha recebido o sacramento um número significativo de casais. Foi uma oportunidade para olhar para este serviço às almas com otimismo e esperança.

Ao terminar, o Prelado animou todos a serem instrumentos de unidade, a fomentarem a fraternidade sacerdotal e estarem unidos em oração pelo Papa Francisco.

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Quinta-feira, 8 de agosto

Por volta do meio-dia de quinta-feira, 8 de agosto, Mons. Fernando Ocáriz chegou a terra equatoriana. Esperavam-no no aeroporto três famílias de Quito com flores, cartões escritos pelos filhos e cartazes.

Irene, presente com o marido, Alfredo e os três filhos, é venezuelana e aproveitou para lhe agradecer as suas orações pela paz no seu país.

Um dos cartazes de boas-vindas continha uma mensagem com uma fórmula que fazia alusão aos estudos de Física do Padre: P = m x g (“Padre, muito obrigado por rezar por nós, pela sua alegria, por nos visitar, por nos querer bem”).

Cartaz de boas-vindas ao Prelado.

Durante a tarde, teve um encontro no centro Solana. Aí, houve espaço para conversas, canto e para apresentação de uma dança típica da serra equatoriana. Não se fez esperar que lhe demonstrassem gratidão pela sua proximidade, ao que respondeu: “graças a Deus”.

Antes de terminar o dia, cumprimentou algumas famílias. Numa dessas conversas, Mauricio mostrou ao Prelado uma fotografia que o pai, Simón, tinha tirado com São Josemaria em Quito. Agora, exatamente 50 anos depois, Mauricio desejava "repetir" essa mesma fotografia junto dele.

À noite, durante um breve encontro em Ilaloma, vários dos assistentes falaram ao Prelado sobre os cuidados que procuram ter com as pessoas mais idosas com quem vivem, algumas das quais já um pouco doentes e limitadas. O Prelado agradeceu-lhes esses esforços e animou-os a continuarem a cuidar a ordem na caridade, em especial com aqueles que mais necessitem.

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Preparação da viagem

São Josemaria chegou ao Equador em 1 de agosto de 1974, com uma mensagem. Com base nessa viagem, começou a de tantos equatorianos e equatorianas que, com o seu trabalho, tornaram vida essa mensagem levando-a a diferentes pontos do país, com desejo de melhorar a sociedade em que vivem.

Conheça o calendário de encontros do Prelado no Equador e na Colômbia.

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