Limpeza dos oceanos com uma tecnologia inovadora… e a ajuda de Deus!

Arquiteto de profissão, amante da natureza, Pascal decidiu alguns anos antes de se reformar lançar-se numa nova aventura: a proteção dos oceanos! Ele conta-nos como nasceu progressivamente esta “ideia louca” e aquilo que o torna muito confiante quanto ao futuro do nosso planeta…

Desde muito novo que Pascal aprendeu a amar a natureza. Foi aliás por essa razão que se tornou arquiteto. «Eu faço na verdade parte desse grupo de arquitetos que se preocupa em integrar o edifício no seu ambiente, que considera que a natureza é um parceiro com uma história a respeitar», explica. Não foi nada estranho por isso vê-lo em 2020, três anos antes de se reformar, a dar uma nova orientação à sua carreira e a lançar-se com entusiasmo numa aventura que ele não hesita em qualificar como «um pouco temerária»: a limpeza dos oceanos!

A Terra, a nossa casa comum

Na origem deste desafio esteve uma constatação sobre a qual todos concordam atualmente: ao causarem em cada ano a morte de cerca de 100 mil mamíferos marinhos, as nossos quase 10 milhões de toneladas de resíduos plásticos constituem uma ameaça para o nosso ecossistema. «Mas este ecossistema é a nossa “casa comum” como diz precisamente o Papa Francisco na Laudato si, uma casa comum que somos todos chamados a proteger simplesmente porque dela fazemos parte. Para mim é evidente que aquilo que é bom para a natureza, também o é para o homem e inversamente. Nós temos por isso tudo a ganhar em preservar este maravilhoso planeta que Deus nos confiou. Fico feliz de ver que hoje somos cada vez mais pessoas, cristãos e não cristãos, a partilhar esta evidência».

Um projeto ao serviço da proteção dos oceanos

Foi assim que em 2020 Pascal decidiu passar à ação e trabalhar para desenvolver uma tecnologia inovadora de filtragem dos resíduos plásticos tanto no mar como no rio. Qual é a especificidade desta solução? Ser adaptável a todos os barcos – de profissionais do mar e particulares– para permitir uma massificação da colheita de resíduos. «Quando me lancei, já tinha estado a trabalhar ao fim do dia nesta ideia há dois ou três anos. Seduzido pelo conceito, um jovem engenheiro juntou-se a mim. Juntos, conseguimos realizar cerca de 600 simulações e registar uma patente». Alguns anos de desenvolvimento mais tarde, com quatro outras patentes, os resultados aí estão. «Podemos efetivamente filtrar não apenas macro resíduos por um custo de cerca de 100 vezes inferior ao das ações atuais no mar mas também os microrresíduos, o que ninguém faz ainda atualmente».

Intercessores como investidores

Apesar d e o projeto ser promissor e os desafios muito importantes, ainda falta muito a fazer. «Só estamos ainda a meio do caminho. Agora temos de acelerar para comercializar a nossa solução. Apesar de as empresas de reciclagem europeias já se terem juntado a nós, muito rapidamente iremos precisar de outras competências ao nosso lado». Uma nova etapa difícil para qual nada ainda está ganho, mas que não preocupa demasiado Pascal para quem a fé é um apoio. «Também fazemos avançar as coisas com a oração. É por isso que eu confio este projeto à intercessão de Toni Zweifel, um profissional muito reconhecido que concentrou toda a sua energia nas causas humanitárias, em particular na promoção do desenvolvimento e da educação nos países menos avançados. Com a sua ajuda e com a ajuda de Deus que sei estar sempre ao nosso lado, acredito que podemos mover montanhas desde que empreguemos os meios! Esta é, aliás, a razão pela qual estou muito confiante quanto futuro do nosso planeta».