Resumo dia-a-dia da viagem pastoral de Mons. Fernando Ocáriz a Madrid
• 29 de Junho • 30 de Junho • 1 de Julho • 2 de Julho • 3 de Julho
Dia 3 de julho
O prelado do Opus Dei visitou esta manhã os profissionais e doentes do Hospital Centro de Cuidados Laguna. Emocionado e agradecido pelo trabalho que este centro especializado realiza na atenção de cuidados de saúde no final da vida, pôde cumprimentar pessoalmente muitos doentes e confortá-los com palavras de esperança.
Durante o encontro com os profissionais de saúde de Laguna, recordou a sua visita de 2012 com o anterior prelado do Opus Dei, Mons. Javier Echevarría, e manifestou o seu reconhecimento pelo carinho com que tratam cada doente.
Também os encorajou a considerar que — como o Papa recordou recentemente — com o seu trabalho estão a cuidar da carne de Cristo, até quando a sua tarefa exige mais esforço e se nota o cansaço: “Vede Jesus Cristo em cada pessoa e em cada momento”.
O impulso vivo de S. Josemaría
Do mesmo modo, o Prelado sugeriu ao pessoal de Laguna que peçam com frequência a ajuda de S. Josemaría, já que graças ao seu espirito e à sua ajuda a partir do Céu é que foi possível tornar realidade este centro de cuidados paliativos que nasceu em 2002, precisamente como uma obra social por ocasião do centenário do nascimento do fundador do Opus Dei, que durante os seusprimeiros anos como sacerdote em Madrid dedicou muitas horas ao cuidado e atenção de pessoas gravemente doentes, muitas delas sem esperança de cura.
Laguna trabalha todos os dias para que, na atenção de saúde às pessoas mais idosas e aos doentes que requerem cuidados paliativos, se garanta também que se sintam assistidos, compreendidos e queridos até ao final da sua vida. Nos seus quinze anos de existência configurou-se como um centro de esmerado serviço de saúde e de grande impacto social, especialmente para as famílias do bairro madrileno de Carabanchel.
Dia 2 de julho
O prelado do Opus Dei animou os presentes a "pedirem a S. Josemaria que nos dê a todos a segurança do impossível", diante dos desafios que a vida quotidiana apresenta. Sugeriu aos participantes que cultivem essa segurança tanto no seu trato com Deus como no desejo de levar o mundo para Deus com o testemunho da própria vida cristã. Alentou, também, a conciliar a vida familiar, as exigências do próprio trabalho e a vida espiritual adiantando-se aos imprevistos, e dando prioridade à relação pessoal com Deus e à dedicação à própria família
Sublinhou, além disso, a necessidade de pôr Jesus Cristo no centro de toda o dia, mediante a oração e o trato com a Eucaristia, “porque daí sai a verdadeira força para cuidar da família, santificar o trabalho e amar as pessoas”.
Amor à liberdade
Diante de um público maioritariamente formado por pais de família, Mons. Ocáriz recordou que “o amor à liberdade é herança de S. Josemaría”. Este amor à liberdade – salientou – deve manifestar-se especialmente na educação dos filhos. Animou os pais a serem muito amigos dos filhos e a explicar-lhes o porquê das recomendações, evitando que a autoridade paterna seja mais exigência do que carinho. O prelado do Opus Dei animou-os também a rezarem pelos filhos, “porque essa oração é sempre eficaz”.
Dia 1 de julho
“A nossa vida – disse Mons. Fernando Ocáriz – não é uma novela cor-de-rosa, é um poema épico, mas sempre com alegria porque contamos com a ajuda do Senhor. Nunca estamos sós. Pela comunhão dos santos formamos um só Corpo com Jesus Cristo”. Em diferentes momentos encorajou os presentes a lutar contra as dificuldades, as limitações pessoais e a falta de tempo apoiando-se especialmente na Eucaristia.
Uma mãe contou-lhe, com bastante graça, como lhe tinha custado a entrega a Deus de duas das suas filhas, embora agora esteja feliz, e pediu-lhe algum conselho para compreender e ajudar os filhos quando decidem seguir o chamamento de Deus. Mons. Ocáriz, animou a considerar que a vocação é sempre um dom de Deus. “Logicamente a separação custa, é humano, mas é preciso pensar que Deus se meteu na sua vida e isso é uma alegria”. No fim aconselhou-a a continuar a rezar sempre pelas suas filhas, porque a oração das mães tem muito valor diante de Deus.
Uma jovem portuguesa disse-lhe que tinha ido estudar para Pamplona porque a sua mãe queria que tivesse a melhor formação e que isso lhe mudou a vida. Agora trabalhará na empresa familiar em Angola, mas está um pouco preocupada porque será a única pessoa do Opus Dei nesse lugar. Mons. Ocáriz animou-a: “não estás só – disse-lhe – estás com Ele e com toda a Obra pela comunhão dos santos. Deus conta contigo para começar nesse país e terás toda a Sua ajuda. São os seus planos para ti. Além disso, organizar-nos-emos para te poder acompanhar”.
Evangelizar através do testemunho
No segundo colóquio, que teve lugar às 17:00 horas no Colégio Retamar, uma participante num grupo pop disse-lhe que achava difícil tornar atraente a fé a amigos que vivem afastados de Jesus Cristo. O Prelado insistiu no valor do testemunho e de partilhar a própria experiência para a evangelização “é muito mais eficaz do que discursos teóricos”.
Dessa experiencia partilhada falou Rosa María que, depois de viver e superar uma situação familiar difícil, pôde acompanhar outros casais em circunstâncias semelhantes e ajudá-los a encontrar sentido para as suas próprias situações. Mons. Fernando Ocáriz explicou-lhe como só “à luz da fé podemos entender o valor do sofrimento” e animou-a a mostrar a beleza do matrimónio como algo que desde sempre fez parte do plano de Deus para os homens.
A propósito de uma pergunta sobre como ajudar a envolver-se na tarefa de acompanhar outros casais na formação e na educação dos filhos, o Prelado falou da necessidade de ajudar os noivos e também os casais a “aprender a amar acima do sentimento” já que muitas crises matrimoniais vêm precisamente de não saber amar… amando também os defeitos do outro. “É una tarefa importante – acrescentou – porque se a família se desfaz, desfaz-se a sociedade”.
Também comentou a importância do trabalho como um serviço à sociedade e, portanto, a necessidade de o pôr em primeiro lugar no cimo de qualquer atividade, trabalhar bem e ter prestígio entre os companheiros de trabalho.
Como em ocasiões anteriores o Prelado terminou o encontro pedindo orações pelo Papa e pela Igreja.
Dia 30 de Junho.
Vallecas recebeu na sexta-feira a visita do prelado do Opus Dei. A primeira paragem foi no colégio Los Tilos que nos seus inícios, há 50 anos, recebeu pessoalmente o alento de S. Josemaría numa das suas viagens a Madrid e desde há dez anos realiza o seu trabalho educativo neste bairro madrileno.
Foi recebido à entrada do colégio pelo Conselho de Administração e por várias famílias.
Ao longo da visita pelo colégio cumprimentou as professoras das diferentes etapas educativas. Marta, docente da Infantil, contou-lhe que muitas meninas chegavam ao colégio sem saber quem é Jesus e aqui aprenderam a rezar, “não só orações vocais simples, mas também a contar-Lhe as suas coisas”.
Outra professora contou-lhe que tinha pedido às suas alunas orações pela sua viagem pastoral. Mons. Ocáriz agradeceu-lhe comentando que a oração é a sua fortaleza.
Várias pessoas falaram-lhe da devoção que há no colégio ao Beato Álvaro e como, todas as manhãs, lhe rezam a oração da pagela pedindo pela cura de uma aluna com um linfoma, por uma professora que está em coma e por um sacerdote muito doente que trabalha no colégio desde o princípio. A menina curou-se e está a recuperar muito bem. O Prelado abençoou a foto da professora doente e cumprimentou pessoalmente o sacerdote, que pôde deslocar-se ao colégio numa cadeira de rodas.
Despois, Mons. Ocáriz visitou a vizinha paróquia de S. Alberto Magno, onde está enterrado o Venerável Isidoro Zorzano. Junto dos fiéis presentes no templo, rezou em voz alta a oração da sua pagela e pediu para recorrer à sua intercessão e rogar ao Senhor que surja depressa o milagre que permita a sua beatificação. Fez também uma oração especial pelas vocações sacerdotais, “tão necessárias para toda a Igreja”.
Centralidade de Jesus Cristo
Pela tarde, num encontro com pessoas do Opus Dei, Mons. Ocáriz sublinhou a importância da centralidade de Jesus Cristo em todos os aspetos da vida: nas relações sociais, na profissão, na família, nas amizades, etc., e e encorajou a incentivar a leitura do Evangelho: “Deus tornou-se visível em Jesus Cristo, e a Sua vida está presente no Evangelho”.
Durante o colóquio, alguns dos presentes aproveitaram para lhe pedir conselho. Um jovem médico perguntou-lhe como ajudar a entender o sentido da dor. Mons. Ocáriz respondeu-lhe que é bom reconhecer que a dor é um mistério, sobretudo o sofrimento que não é fruto da liberdade. Entende-se um pouco o sentido da dor ao olhar a Cruz. Em qualquer caso, Deus é tão grande que não cabe na cabeça, mas cabe no coração. E pela fé, entendemos que o amor de Deus está por detrás de tudo. Em resposta à pergunta de como superar um ambiente contagioso de queixa pela deterioração da sociedade, salientou que não podemos ser ingénuos e desconhecer a realidade, mas que o mundo não se constrói com a cultura do lamento e que é preciso ter esperança para a poder transmitir.
Dia 29 de Junho
Por volta das 11h00, Mons. Ocáriz chegou a Fuenllana, um colégio com cerca de 1.500 alunos, uma ampla oferta educativa, um jovem quadro docente e um prestígio avalizado pela programa PISA. O prelado do Opus Dei animou a que continuassem a trabalhar para levar para a frente o colégio, mantendo o seu nível académico e o seu empenho na promoção social de todas as pessoas que fazem parte do projeto. Além disso, agradeceu o trabalho educativo que os seus responsáveis docentes realizam “dando sempre prioridade às famílias”.
Posteriormente, visitou o colégio Andel, um centro educativo de Alcorcón com doze anos de história e cerca de 830 alunos. Ali foi recebido pelo conselho de Administração, o conselho escolar, os responsáveis da Associação de Pais de Alunos e a direção das fundações que apoiam o trabalho educativo deste centro. Cumprimentou, igualmente, os professores, agradeceu-lhes o seu trabalho e pediu-lhes para continuarem a crescer no seu desempenho profissional.
Ignacio, um aluno de Andel que acaba de terminar o ensino básico, ofereceu-lhe um galhardete do colégio. Segundo conta, “trata-se de um reconhecimento aos melhores alunos. Sabemos que Monsenhor Fernando Ocáriz foi um bom estudante, especialmente de Física e queríamos obsequiá-lo com esta distinção”. Pablo, um ano mais novo, fez-lhe a entrega de dezenas de cartas escritas pelos seus colegas, agradecendo a sua visita ao colégio, comprometendo-se a rezar por ele e pedindo-lhe orações por eles e pelas suas famílias
Mais oração pelo Papa
O prelado do Opus Dei foi também à paróquia de S. Josemaría, pertencente à diocese de Getafe, e aproveitou a festa de S. Pedro e S. Paulo para pedir orações pelo Papa Francisco, “que leva sobre os ombros o peso de toda a Igreja e de todo o mundo”.
Animou também os presentes a aprofundar nos escritos de S. Josemaría, porque dão muitas luzes para ser bons cristãos correntes. A uma pergunta sobre a importância da catequese, sugeriu pedir ajuda ao Espírito Santo para que nos torne capazes de expor el Evangelho de um modo compreensível a todos.