Dora em Santa Maria da Paz

Os restos mortais de Dora del Hoyo repousam na Cripta de Santa Maria da Paz, Igreja Prelatícia do Opus Dei em Roma, muito perto de São Josemaria e dos seus dois primeiros sucessores, o Beato Álvaro del Portillo e D. Javier Echevarría.

Ver também:


Quando Dora del Hoyo chegou a Roma em 27 de dezembro de 1946, provavelmente não imaginava que viveria na Cidade Eterna os cinquenta e seis anos seguintes, até à sua morte em 2004. Dora disse que não queria viver até aos noventa anos, porque não queria ser protagonista de nenhuma celebração extraordinária. Faleceu a 10 de janeiro de 2004, um dia antes do referido aniversário.

Os seus restos mortais repousam na Cripta de Santa Maria da Paz, Igreja Prelatícia do Opus Dei em Roma, muito perto de São Josemaria Escrivá e dos seus dois primeiros sucessores, o Beato Álvaro del Portillo (1975-1994) e D. Javier Echevarría (1994-2016).

A devoção de São Josemaria a Nossa Senhora é a razão do título da igreja e da imagem que a preside. O corpo do fundador do Opus Dei, canonizado pelo Papa João Paulo II em 6 de outubro de 2002, repousa numa urna situada sob o altar da igreja.

A cripta da igreja prelatícia foi construída em memória de todos os fiéis falecidos da Obra. No túmulo central encontram-se os restos mortais do Beato Álvaro del Portillo (1914-1994), Bispo e primeiro sucessor de São Josemaria à frente do Opus Dei; D. Javier Echevarría (1932-2016), Bispo e segundo prelado da Obra. Dora está enterrada no lado esquerdo da Cripta. Na lápide de pedra, letras douradas indicam o seu nome e as datas do seu nascimento e falecimento.

D. Javier Echevarría, prelado de 1994 a 2016, quis que Dora fosse sepultada num local onde todas as pessoas que se valessem da sua intercessão pudessem visitar o seu túmulo e rezar diante dos seus restos mortais, e que também fosse muito próximo de São Josemaria, em agradecimento pela lealdade e pelo esforço constante para que a Obra não perdesse a sua característica definidora: ser família.

A cripta é de estilo românico. As paredes e o teto das naves são em pedra cinzenta de Viterbo. É um lugar luminoso e acolhedor, pois São Josemaria não quis transmitir uma imagem lúgubre ou sombria da morte, mas falava dela como o encontro definitivo com o nosso Pai Deus. Quatro nervuras cruzam-se no telhado. As juntas são revestidas de folha de ouro. Possui janelas semicirculares, de alabastro e grades de ferro forjado. O recinto é presidido por uma imagem de Cristo Pantocrator, rodeado pelo Tetramorfo.

No presbitério encontra-se o altar de mármore branco, assente em quatro colunas policromadas. Há cenas evangélicas como a ceia com os discípulos de Emaús ou a estadia de Cristo em Betânia, e ao fundo um relevo da Dormição da Virgem serve de retábulo.

Em Santa Maria da Paz existe também uma Capela do Santíssimo Sacramento e vários confessionários. São Josemaria pregou incansavelmente a necessidade de frequentar os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, dons de Deus aos seus filhos, os homens, fonte de paz e de alegria.