Numa audiência de quarta-feira, o Papa Francisco pediu aos pais que imitassem a família de Nazaré, que "sejam para os seus filhos como São José: guardiães do seu crescimento em idade, sabedoria e graça". Guardiães do seu caminho, educadores. Caminhem com eles, e com esta proximidade serão verdadeiros educadores"
Como o Papa, também S. Josemaria repetiu diversas vezes que a missão educativa dos pais "exige deles compreensão, prudência, saber ensinar e, sobretudo, saber amar". Insistiu, com grande realismo, na importância de passar tempo com as crianças e falar com elas: "As crianças são mais importantes do que os negócios, do que o trabalho, do que o descanso. Nessas conversas é bom ouvi-los atentamente, fazer um esforço para compreendê-los, saber reconhecer a parte de verdade - ou toda a verdade - que pode estar em algumas das suas rebeldias.
Enumeramos de seguida 5 conselhos do Papa Francisco extraídos das suas catequeses sobre a família.
- Um pai deve querer os filhos sábios e inteligentes
- Um pai deve estar sempre presente, próximo à esposa e aos seus filhos
- Um pai presente não é o mesmo que um pai controlador
- Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar do fundo do coração e sabe corrigir com firmeza
- Um pai bom é um pai paciente
“Não se poderia expressar melhor o orgulho e a emoção de um pai que reconhece que transmitiu ao seu filho aquilo que realmente conta na vida, ou seja, um coração sábio”.
“Diz-lhe uma coisa muito, que poderíamos interpretar assim: «Serei feliz cada vez que te vir agir com sabedoria e comover-me-ei todas as vezes que te ouvir falar com retidão. Foi isto que desejei deixar-te, para que se tornasse algo teu: a atitude de ouvir e agir, de falar e julgar com sabedoria e retidão. E para que pudesses ser assim, ensinei-te coisas que não sabias, corrigi erros que não vias. Fiz-te sentir um afago profundo e, ao mesmo tempo discreto, que talvez não tenhas reconhecido plenamente quando eras jovem e incerto”.
“Que se encontre próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E que esteja perto dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho; pai presente, sempre”
“Estar presente não significa ser controlador, porque os pais demasiado controladores anulam os filhos e não os deixam crescer”.
“O pai que sabe corrigir sem humilhar é o mesmo que sabe proteger sem se poupar”.
“Os filhos têm necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão de tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele; quando não o encontram, abrem-se-lhes feridas difíceis de cicatrizar”.
“Quanta dignidade e quanta ternura na expectativa daquele pai que está à porta de casa, à espera do regresso do filho! Os pais devem ser pacientes. Muitas vezes nada se pode fazer, a não ser esperar; rezar e esperar com paciência, doçura, generosidade e misericórdia”
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