Deus chamou a Si D. José Policarpo

Declarações do Pe. José Rafael Espírito Santo, Vigário Regional do Opus Dei, por ocasião do falecimento do Cardeal D. José Policarpo, Patriarca Emérito de Lisboa

Nesta semana, a Igreja Portuguesa e o País perderam um dos seus filhos mais marcantes dos últimos anos.

A morte de D. José Policarpo, prematura para os nossos desejos e expectativas, deixa-nos feridos por dentro. Figura extraordinária, fica como referência de dedicação a Deus e à comunidade.

Fotografia de uma missa presidida por D. José Policarpo aquando da consagração do altar da nova capela do Colégio Planalto (2005)

Muito novo sentiu-se chamado para viver centrado na Igreja e na disponibilidade para o serviço dos outros. Agora foi chamado para, definitivamente, "saborear e ver como Deus é bom".
São muitas e conhecidas as suas obras e os seus gestos. Deus confiou-lhe a missão de ser, para Lisboa, um sucessor dos Apóstolos, um rosto visível de Cristo, um pastor. Confiou-lhe enquanto Cardeal a tarefa de ser um colaborador assíduo junto do Papa no governo da Igreja Universal. Tinha um sentido da Igreja que valorizava a comunhão e a participação, apreciando a riqueza da diversidade para potenciar a vivência da unidade.
Como homem de cultura e de fé, viveu o seu tempo, estabelecendo pontes entre os mais diversos sectores da sociedade.
E assim foi: precisamente num mundo que vive como se Deus não existisse, D. José apelou à vida no Espírito e à prioridade da adoração a Deus como fonte única de onde pode surgir a mudança no mundo.
Em relação ao Opus Dei, e às iniciativas promovidas por fiéis do Opus Dei, recordo as manifestações de apreço e de estímulo, com uma intensidade crescente com o passar dos anos.
Peço a Deus que lhe permita viver agora plenamente a sua preocupação pela Igreja que está em Lisboa, que o recompense pela sua entrega, e que nos console a todos, especialmente aos familiares e às pessoas que lhe são mais próximas.
Lisboa, 15 de Março de 2014