Nasceu na cidade invicta e estudou Serviço Social. Quando estava na Universidade procurava um sentido para a sua existência, uma razão para a sua vida. Estava sempre em busca de uma resposta para as perguntas que se fazia.
Depois de ter passado um período nos Açores, uma doença obrigou-a a regressar ao Porto. Foi então que decidiu dar um rumo diferente à sua vida e retomou os estudos, mas continuava sem as respostas que procurava. "Tentei de tudo: drogas, reiki, terapias alternativas, discotecas…"
"TENTEI DE TUDO: DROGAS, REIKI, TERAPIAS ALTERNATIVAS,
DISCOTECAS…"
Por essa altura, uma amiga falou-lhe sobre Deus e ensinou-a a rezar. Recebeu o Sacramento da Reconciliação, depois de muitos anos, começou a rezar o terço e a ir à Missa. "Deus tocou o meu coração e deu início a uma nova fase da minha vida".
De manhã apanha o Metro para poder ir à Missa na Igreja dos Congregados. Um dia no final da celebração aproximou-se dela um rapaz que lhe pediu que rezasse porque ia para um seminário na China. Mais tarde, apresentou-a à sua mãe, que é do Opus Dei, e foi assim que a Catarina conheceu a Obra. Começou a ter direção espiritual e a frequentar outras atividades de formação. "No Opus Dei descobri que tudo o que faz parte da nossa vida é compatível com a amizade com Deus e que se pode viver o dia a dia com Ele, com naturalidade e alegria".
O meu compromisso com Deus ajudou-me a ser melhor profissional, uma esposa e mãe mais dedicada e atenta à família
O seu compromisso com Deus ajudou-a a ser melhor profissional, uma esposa e mãe mais dedicada e atenta à família, especialmente depois do nascimento da sua filha. No seu trabalho, procura ajudar com sentido cristão muitos sem-abrigo no Porto e melhorar as suas condições de vida para conseguirem a reintegração social através do trabalho. Esta situação agravou-se com a pandemia pois muitas pessoas perderam os seus empregos e têm que viver na rua.
A OBRA AJUDOU-ME A VALORIZAR O TRABALHO: EM CADA SEM-ABRIGO POSSO TER UM ENCONTRO COM DEUS, COM CADA UM TENTO SUPERAR-ME PROFISSIONALMENTE
"A Obra ajudou-me a valorizar o trabalho: em cada sem-abrigo posso ter um encontro com Deus, com cada um tento superar-me profissionalmente."
E remata "Ao olhar para trás percebi que Deus esteve sempre presente, que me guiou por todas as circunstâncias da minha vida".
Temas propostos para refletir depois deste vídeo
Descobrir Cristo nos pobres: têm muito que nos ensinar
Deus «manifesta a sua misericórdia antes de mais» aos pobres. (…) Como ensinava Bento XVI, esta opção «está implícita na fé cristológica naquele Deus que Se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza». Por isso, desejo uma Igreja pobre para os pobres. Estes têm muito para nos ensinar (…) A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas, e a colocá-los no centro do caminho da Igreja. Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles. (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 198)
Deus e o sentido para a vida
A chamada de Deus é amor, devemos procurar encontrar o amor que está por detrás de cada chamada, e respondemos a ela só com amor. Esta é a linguagem: a resposta a uma chamada que vem do amor é apenas amor. No início há um encontro, ou melhor, há o encontro com Jesus, que nos fala do Pai, dá-nos a conhecer o seu amor. E então surge espontaneamente em nós também o desejo de comunicar isto às pessoas que amamos: “Encontrei o Amor”, “Encontrei o Messias”, “Encontrei Deus”, “Encontrei Jesus”, “Encontrei o sentido da minha vida”. Numa palavra: “encontrei Deus”. (Papa Francisco, Angelus 17-1-2021)
A Missa: um encontro privilegiado com Cristo
Luta por conseguir que o Santo Sacrifício do Altar seja o centro e a raiz da tua vida interior, de maneira que toda a jornada se converta num acto de culto - prolongamento da Missa que ouviste e preparação para a seguinte -, que vai transbordando em jaculatórias, em visitas ao Santíssimo, no oferecimento do teu trabalho profissional e da tua vida familiar… (Forja, n. 69)
É tanto o Amor de Deus pelas suas criaturas, e deveria ser tanta a nossa correspondência que, ao celebrar a Santa Missa, deviam parar os relógios. (Forja, n. 436)