A ética cristã é um caminho de valores que completa a mulher. Esta foi uma das frases de Joana Bento Rodrigues, médica e mãe de quatro filhos, que ontem, juntamente com Teresa Sarmento, também médica e mãe de sete filhos, foram as convidadas para discutir o mundo “pós pandemia” na vida profissional e familiar da mulher numa iniciativa organizada no âmbito dos 75 anos da Opus Dei em Portugal e que decorreu no Museu Pio XII.

Foi neste contexto que Joana Bento Rodrigues defendeu um equilíbrio da mulher nos valores cristãos, recordando as origens de uma Europa que foi fundada na filosofia grega, lei romana e na ética cristã.

«Estes são os valores que nos movem, até o nosso princípio de perdão e justiça é muito diferentes de outras culturas. E portanto, eu acredito que são esses valores. Que nos completam enquanto mulheres. A Europa, ou a sociedade civil ocidental, é a mais evoluída pelo respeito da dignidade humana, nos direitos das pessoas e direitos do trabalho, respeito e vida pessoal das pessoas. E isto veio com a boa nova, o cristianismo. Daí que os valores dos cristão são a resposta para as mulheres independentemente de ser crente ou não», destacou.

os valores cristão são a resposta para as mulheres independentemente de ser crente ou não

Joana Bento Rodrigues, ortopedista e anti grupos feministas, deu nota ainda que os valores das mulheres não se podem afirmar pela «imposição dos movimentos feministas», mas sim pelas conquistas, que começam, muitas vezes, dentro de casa, junto dos maridos, e através do amor.

«As mulheres sempre foram muito poderosas. Não precisam de revistas para se projetar. Há grandes mulheres por detrás de grandes reis, políticos e até no desporto. Não precisam de palco e souberam se emancipar pela tolerância, o diálogo e a compreensão», apontou, dando nota ainda que a pandemia veio trazer uma reflexão no seio familiar.

«Um muito importante para as famílias encontrarem dinâmicas mais equilibradas com a partilha», destacou.

Joana Bento Rodrigues apelou ainda à mulher. Para que esta «entre na política, servir na vida política e nas instituições».

«Faz sentido haver células a fazer influência», rematou.

Já Teresa Sarmento, também médica e feminista convicta, tem esperança que o pós pandemia traga uma família mais equilibrada.

A pandemia trouxe alertas. Perceber a importância do trabalho em casa, o cuidar dos filhos. Trouxe uma dimensão central entre a mulher e o ou homem, pois uma família

«A pandemia trouxe alertas. Perceber a importância do trabalho em casa, o cuidar dos filhos. Trouxe uma dimensão central entre a mulher e o ou homem, pois uma família é um projeto dos dois, um caminho partilhado. A pandemia trouxe essa reflexão»,frisou.

Teresa Sarmento destacou ainda o papel da mulher na sociedade que deve ser «complementar» e não «em concorrência com o homem».

Fonte: Diário do Minho