Ordenações Sacerdotais: “Deus promete sempre futuro”

34 fiéis do Opus Dei receberam a ordenação sacerdotal no sábado passado, 4 de maio, na basílica de Santo Eugênio (Roma). Os novos presbíteros provêm de 16 países diferentes e incorporam-se ao clero da Prelazia.

O Cardeal Antonio Cañizares ordenou os novos sacerdotes.

O cardeal Antonio Cañizares ordenou os candidatos. Na sua homilia, dirigindo-se aos 34 diáconos que receberiam o sacerdócio, disse: “Não esqueçam: o bom pastor é aquele que, como Cristo, pensa sempre no bem das almas antes que nos seus interesses pessoais. E, para isso, é capaz dos maiores sacrifícios, porque sabe amar” (ler a homilia em espanhol).

O prelado do Opus Dei, Mons. Fernando Ocáriz, participou na cerimônia, estando no presbitério. Assistiram à ordenação também familiares e amigos dos novos sacerdotes.

“Só o amor – disse Dom Antonio Cañizares - pode dar sentido a uma vida de entrega. Um amor que procuraremos levar até ao extremo, ao esquecimento próprio, que nos levará a viver contentes, trabalhando onde Deus quiser, cumprindo com esmero a Sua vontade”.

Recordando umas palavras do Papa, disse que “acompanhar é a chave do ser pastor hoje em dia. São necessários ministros que encarnem a proximidade do Bom Pastor, sacerdotes que sejam ícones vivos de proximidade”.

O celebrante também encorajou os candidatos a cuidar especialmente a Missa e a Penitência: “Perante a maravilha de ser confessor, de ser ministro da graça de Deus, considerem que todos necessitamos desse perdão; que sejam bons confessores e bons penitentes. Efetivamente, acompanhar os outros quer dizer que também nós próprios nos colocamos a caminho, lutando contra os próprios defeitos, contando com a graça de Deus”.

Depois imaginou que São Josemaria diria às famílias dos novos sacerdotes para ficarem muito contentes “porque o Senhor se dignou escolher um da sua família para que, sendo seu ministro, procure levar a paz de Deus a todo o mundo”.

“Deus promete sempre futuro – assegurou. Também hoje continua a anunciar-nos que Ele nunca deixará de nos mandar pastores e que a ajuda do ministério sacerdotal nunca nos faltará”.

“Com o tempo, tudo encaixa”

Yann Le Bras, francês, afirma que “não tenho motivo para ter medo porque a vocação vem de Deus e Deus acompanha sempre a todos, mas especialmente aos seus sacerdotes. Se tivesse medo de algo, seria de mim mesmo. Por isso, peço a Deus que me ajude e a Nossa Senhora, que é a Mãe dos sacerdotes”

O neozelandês Samuel Fancourt converteu-se ao catolicismo há uns anos e agora recebe o sacerdócio: “Quando se olha para trás, percebe-se que Deus foi atuando na nossa vida. Pessoas, lugares, acontecimentos... Mesmo experiências talvez longe da fé, mas com o tempo tudo encaixa. Vê-se que ali havia um plano “.

Paul Kioko, do Quênia, trabalhou como médico durante vários anos num hospital de Nairóbi. Agora considera: “Um sacerdote é aquele que está 'na urgência' não só durante um dia, mas em todos os momentos da sua vida. Porque tem que cuidar das almas que lhe foram confiadas e estar disposto a atendê-las em qualquer momento do dia ou da noite”.

O italiano Claudio Tagliapietra, de Veneza, ressalta que “o sacerdote é uma pessoa que tem que saber ouvir e um homem em atitude de escuta não tem que julgar, mas sim compreender. É uma pessoa que nem sempre tem resposta para as perguntas, porque as soluções vão-se construindo com calma”.

Os 34 sacerdotes são do Brasil, Colômbia, Espanha, México, Nova Zelândia, Venezuela, Chile, Estados Unidos, Quênia, França, Paraguai, El Salvador, Uganda, Filipinas, Peru e Itália. Estes são os nomes:

  • Sérgio Sardinha de Azevedo (Brasil)
  • Luis Miguel Bravo Álvarez (Colômbia)
  • José María Cerveró García (Espanha)
  • Miguel Ángel de Fuentes Guillén (Espanha)
  • Ernesto de la Peña González (México)
  • José Luis de Prada Llusá (Espanha)
  • Javier María Erburu Calvo (Espanha)
  • Samuel Thomas Harold Fancourt (Nova Zelândiaa)
  • Gerardo Andrés Febres-Cordero Carrillo (Venezuela)
  • José Nicolás Garcés Lira (Chile)
  • Óscar Garza Aincioa (Espanha)
  • Pedro González-Aller Gross (Espanha)
  • John Paul Graells Antón (Estados Unidos)
  • Diego Guerrero Gil (Espanha)
  • Jorge Iriarte Franco (Espanha)
  • Paul Muleli Kioko (Quênia)
  • Yann Le Bras (França)
  • Cristhian Alcides Lezcano Vicencini (Paraguai)
  • Álvaro Linares Rodríguez (Espanha)
  • Miguel Llamas Díez (Espanha)
  • Eduardo Andrés Marín Perna (El Salvador)
  • Javier Martínez González (Espanha)
  • Luis María Martínez Otero (Espanha)
  • Bernardo José Montes Arraztoa (Chile)
  • Bernard Kagunda Nderito (Quênia)
  • Deogratias Gumisiriza Nyamutale (Uganda)
  • Nathaniel Peña Baluda (Filipinas)
  • Rafael Quinto Pojol (Filipinas)
  • César Augusto Risco Benites (Peru)
  • Rafael de Freitas Sartori (Brasil)
  • David Saumell Ocáriz (Espanha)
  • Cayetano Taberner Navarro (Espanha)
  • Claudio Tagliapietra (Itália)
  • Fernando María Valdés López (Espanha)