Vi tertúlias filmadas de São Josemaría e uma coisa que me impressionou foi o seu sorriso alegre e contagioso. Depois, conheci pessoas com o mesmo sorriso autêntico. Tomei a resolução de sorrir mais vezes também eu, apesar das contrariedades que se me deparavam no meu trabalho. Um amigo perguntou-me como fazia para estar sempre de bom humor. Eu não sabia como responder-lhe e disse-lhe que o tinha aprendido de Josemaría Escrivá. A minha mulher diz que o meu carácter se tornou mais suave, que desapareceram algumas das ‘arestas’ bem típicas dos mecânicos.
Praticava a minha religião, ia à missa aos domingos mas nunca me passou pela cabeça que podia ir por caminhos de santidade. Isso, pensava eu, é para padres e religiosos. Mas quando a minha mulher me deu para ler algumas das homilias de São Josemaría descobri que eu também podia chegar a ser santo. Foi uma grande descoberta para mim.
Tinha o mau costume de dizer palavrões quando se me apresentavam contrariedades ao longo do dia; dei-me então conta de que tinha de dar bom exemplo, e mudei esses hábitos. Tal como acontece em muitas oficinas de mecânica das redondezas, nas paredes da minha havia alguns calendários inconvenientes. Decidí tirá-los.
De princípio não foi fácil pôr em prática o que ia ouvindo. Mas aprendi que Deus é um Pai que nos ama apesar das nossas fraquezas, e que devia procurar continuamente começar e recomeçar.
Este relato foi publicado no folheto "A alegria dos filhos de Deus", de Alberto Michelini.