Responder com alegria à vontade de Deus

O Bem-aventurado Álvaro del Portillo levanta várias questões para que lutemos com "fidelidade constante aos compromissos livremente adquiridos, respondendo afirmativamente à vocação".

Álvaro del Portillo cumprimenta uma família ao voltar da Terra Santa (22-3-1994)

“Nestes momentos, quando ainda temos tão recente na memória o exemplo de Cristo, obediente até à morte e morte de Cruz (Flp. 2, 8), em total conformidade com o plano divino, podemos perguntar-nos se a nossa atitude em relação às exigências concretas que Deus coloca a cada um de nós recebe essa resposta plena. Sabemos que essa vontade se nos manifesta no cumprimento dos deveres familiares, sociais e profissionais próprios do estado de cada um; na constante fidelidade aos compromissos livremente adquiridos ao responder afirmativamente à vocação; nas circunstâncias fortuitas que acompanham o nosso caminho na terra. Esforçamo-nos por reconhecer essa vontade divina na nossa existência diária? Abraçamo-la com alegria, quando traz consigo uma renúncia, grande ou pequena, aos nossos projetos, talvez demasiado humanos? Ou não temos outro remédio senão reconhecer - e oxalá o reconhecêssemos verdadeiramente contritos! - que às vezes limitamo-nos a aceitá-la com resignação, com tristeza, com queixas, como algo iniludível que não está nas nossas mãos evitar?

(...) Vamos reagir com energia se descobrirmos esse remorso nos nossos corações. Seria então o momento de fomentar com urgência o sentido da filiação divina (...) e de esforçar-nos mais na oração e na penitência, pedindo ao nosso Deus que não nos negue as Suas luzes e nos leve a entender que omnia in bonum! (Cf. Rm. 8, 28), que tudo concorre para o bem daqueles que O amam. Diz, muito devagar, como que saboreando, esta oração forte e viril: "Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas - Amen. Amen".” (Caminho, n. 691). E garanto-te que, como promete o nosso santo Fundador [S. Josemaria], alcançaremos a paz” (Carta, V-1987, 302)