75 Anos - Porto, sáb. (29/5): lançamento de memórias do P. Hugo de Azevedo

No sábado, 29 de maio às 18h, na Escola Rodrigues de Freitas (Porto), será lançado "O Fundador do Opus Dei em Portugal: um testemunho pessoal", do P. Hugo de Azevedo. Além do autor, estarão presentes Mons. José Rafael Espírito Santo e Henrique Mota (editor).

Data: sábado 29 de maio às 18h

Local: Escola Secundária Rodrigues de Freitas, Porto (ver mapa), no Salão Nobre

Oradores: P. Hugo de Azevedo (autor), Henrique Mota (editor) e Mons. José Rafael Espírito Santo (Vigário Regional do Opus Dei em Portugal)

Por limitação de lugares na sala seguindo as indicações da DGS, aconselhamos que chegue com antecedência para assegurar o seu lugar.

O autor estará disponível para assinar algumas dedicatórias no final.

Este livro é uma edição Lucerna (chancela da Principia) e estará disponível no local do lançamento.


Hugo de Azevedo em Itália (1953) ainda antes da sua ordenação sacerdotal (uma das fotografias do livro)

Esta obra destina-se a coligir as estadias de S. Josemaria em Portugal. Registá-las é um dever; dá-las a conhecer, também: aquilo a que nestes dias se chama «realidade aumentada», isto é, conhecer mais de perto e mais extensamente o que até as grandes biografias têm de resumir.

o relato adquire valor testemunhal; e era importante recolher de algum modo o clima familiar da convivência com S. Josemaria

Sacerdote da Prelatura do Opus Dei desde 1955, o P. Hugo de Azevedo privou de perto com o seu Fundador, S. Josemaria Escrivá. É por isso privilegiada e particularmente interessante a perspetiva que nos deixa neste livro sobre o Fundador e a sua especial relação com Portugal, Fátima e os portugueses. Tendo o autor estado “presente em quase todas essas ocasiões (…) o relato adquire valor testemunhal; e era importante recolher de algum modo o clima familiar da convivência com S. Josemaria”.


Apresentação do Livro

São muitas as obras dedicadas à doutrina e à vida de S. Josemaria Escrivá, assim como à instituição por ele fundada, o Opus Dei. Nascido em Barbastro (Espanha) a 9 de janeiro de 1902 no seio de uma família católica e ordenado sacerdote em 1925, veio a promover em 2 de outubro de 1928 o que Deus lhe fez ver claramente: a urgência de uma instituição destinada a recordar e abrir caminho a todos os batizados quanto ao dever de adquirirem a santidade, que era vista geralmente como mais própria dos «consagrados», isto é, dos que se afastavam da vida corrente para se dedicarem exclusivamente à sua entrega a Deus e à evangelização, permanecendo celibatários.

De facto, o desenvolvimento da Igreja seria inexplicável sem eles; mas a sua forte presença fez esquecer à grande maioria dos fiéis o igual dever de santificação e missão, quaisquer que sejam as suas condições de vida. Árdua tarefa para um tão jovem sacerdote! Porém, através dos maiores obstáculos, quando faleceu, em 26 de junho de 1975, o Opus Dei já se estendia por todos os continentes, e já surgiam na Igreja outras instituições com idêntica perspetiva, aliás, central no Concílio Vaticano II (1962-1965).

Esta obra destina-se a coligir as estadias de S. Josemaria em Portugal e outras referências expressivas da sua dedicação à «Terra de Santa Maria», como gostava de lhe chamar. Não escasseiam, de facto, biografias do Fundador do Opus Dei, nem estudos sobre a sua mensagem espiritual, mas são sem fim as recordações que deixou em cada país em que viveu ou por onde passou. Registá-las é um dever; dá-las a conhecer, também: aquilo a que nestes dias se chama «realidade aumentada», isto é, conhecer mais de perto e mais extensamente o que até as grandes biografias têm de resumir.

Esta obra destina-se a coligir as estadias de S. Josemaria em Portugal. Registá-las é um dever; dá-las a conhecer, também: aquilo a que nestes dias se chama «realidade aumentada

O primeiro capítulo, dedicado às primeiras viagens, de 1945, é a reprodução simplificada de um estudo de caráter historiográfico publicado em Studia et Documenta [1]. Nos demais capítulos, embora procurando idêntico rigor cronológico, permito-me um tom pessoal, por dois motivos: estive presente em quase todas essas ocasiões, e assim o relato adquire valor testemunhal; e era importante recolher de algum modo o clima familiar da convivência com S. Josemaria.

Estas visitas já foram descritas sumariamente na biografia do Fundador Uma Luz no Mundo[2], e resumidas e ilustradas no álbum Josemaria Escrivá – Fundador do Opus Dei – Peregrino de Fátima [3].

Para o presente relato, além de a textos já publicados, recorri aos meus apontamentos, aos diários dos centros da Obra – onde se anotam os acontecimentos de maior relevo e, em primeiro lugar, os referentes ao nosso Fundador – que tratávamos simplesmente por «Padre» – e procurei situar esses encontros nas circunstâncias históricas que me pareceram úteis aos leitores.

Tendo de recorrer a muitas recordações pessoais, os leitores compreenderão que seria difícil e abstruso citar-me em terceira pessoa. Esperemos que outros complementem com as suas o que se segue.


[1] Studia et Documenta – Rivista dell’Istituto Storico San Josemaría Escrivá, Vol. 1, 2000, págs. 15-39.

[2] Primeira edição: Hugo de Azevedo, Uma Luz no Mundo, Lisboa, Prumo, 1988; segunda edição: S. Josemaria Escrivá, Fundador do Opus Dei, Lisboa, Aletheia, 2011.

[3] Diel, Lisboa, 2002. Álbum publicado pelo saudoso padre Manuel Martínez Martín, a quem, aproveitando esta ocasião, agradeço a sua generosa dedicação ao nosso país desde os primórdios do seu sacerdócio até Nosso Senhor o chamar ao Céu.


Ver também:

- Artigo do P. Hugo de Azevedo sobre as primeiras viagens de S. Josemaria a Portugal

- Quando S. Josemaria pediu um disco da Amália