Porquê rezar pelos defuntos?

No próximo dia 2 de Novembro, a Igreja celebra o dia dos fiéis defuntos. Por este motivo, recordamos alguns ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica sobre o bom costume de rezar pelos familiares e amigos defuntos.

«Até que o Senhor venha na sua majestade e todos os seus anjos com Ele e, vencida a morte, tudo Lhe seja submetido, dos seus discípulos, uns peregrinam na terra, outros, passada esta vida, são purificados e outros, finalmente, são glorificados e contemplam “claramente Deus, trino e uno, como Ele é" (Lumen Gentium, 49: AAS 57).

Todos, porém comungamos, embora de modo e grau diversos, no mesmo amor de Deus e do próximo e todos entoamos ao nosso Deus o mesmo hino de glória». (Catecismo, ponto 954).

«Reconhecendo claramente esta comunhão de todo o Corpo místico de Cristo, a Igreja dos que ainda peregrinam venerou, com muita piedade, desde os primeiros tempos do cristianismo, a memória dos defuntos; e “porque é um pensamento santo e salutar rezar pelos mortos para que sejam livres dos seus pecados” (2Mac 12, 46), por eles ofereceu também orações” (Catecismo, ponto 958).

Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu (Catecismo, ponto 1030).

A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos que é absolutamente distinta do castigo dos condenados (Catecismo, ponto 1031).

Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos ofereceu sufrágios em seu favor, em particular o sacrifício eucarístico, para que, uma vez purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja também recomenda as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos.

São Josemaria, diz no Sulco:

”O Purgatório é uma misericórdia de Deus, para limpar os defeitos dos que desejam identificar-se com Ele” (Ponto 889).

”Que contente se deve morrer, quando se viveram heroicamente todos os minutos da vida! Posso-to garantir porque presenciei a alegria daqueles que, com serena impaciência, durante muitos anos, se prepararam para esse encontro” (Ponto 893).