Assistiram à cerimónia cerca de cinco mil pessoas, entre as quais se encontravam numerosos familiares e amigos dos ordenandos. A alegria era a expressão comum em todos, e, nos comentários posteriores à cerimónia, os pais dos novos sacerdotes partilhavam do agradecimento a Deus pelo dom imerecido da vocação do filho. Para estar presentes nas ordenações de Torreciudad, alguns tiveram de realizar longas viagens, vencer dificuldades e contratempos, como foi o caso dos que vieram da Costa Rica, Porto Rico e do Brasil.
Na homilia da cerimónia, D. Javier Echevarría pediu a oração de todos os presentes para que “não faltem sacerdotes santos, bem formados, alegres e cheios de zelo apostólico, em número suficiente para atender as necessidades da Igreja no mundo inteiro”. Aludiu ao facto de que é no ambiente familiar “onde se forjam as diversas vocações na Igreja” e exprimiu o desejo de que as famílias sejam “verdadeiramente cristãs, que considerem uma grande bênção divina o chamamento de alguns dos seus filhos ao sacerdócio”.
Referindo-se a São Josemaría Escrivá, afirmou que a sua vida é “modelo para o vosso sacerdócio”, e, entre as muitas virtudes sacerdotais que os recém ordenados deverão viver, destacou a continua disponibilidade “para administrar o perdão de Deus no sacramento da penitência”. Depois de lhes pedir encarecidamente que cultivem de modo particular a piedade eucarística, afirmou: “manifestai no vosso comportamento que sois homens que crêem e que amam”.
Os novos sacerdotes são os italianos Danilo Ragolia, engenheiro electrotécnico, de 33 anos; da mesma idade é também o físico Giulio Maspero; o terceiro italiano é Nicolas Zenoni, também engenheiro, de 40 anos. Ordenaram-se também o médico espanhol de Jaén José Maria Pardo Sáenz, de 33 anos, especialista em Bioética, e o jornalista James E. Bermúdez, nascido em Porto Rico há 31 anos.
Outro dos presbíteros é o brasileiro Nilton de Sousa (Curitiba, 1967), que desde 1988 até 1998 desempenhou diversos cargos no exército brasileiro, e que em Roma realizou estudos de Teologia e fez a tese de doutoramento sobre “Francisca Javiera del Valle e o Decenário do Espírito Santo”. Por último, Abelardo Rivera Sibaja, economista nascido na Costa Rica em 1962, trabalhou na direcção de várias empresas, e é também doutor em Teologia com uma tese sobre “O amor de amizade em São Tomás”.
O novo sacerdote James Edward Bermúdez, que foi redactor no “The San Juan Star” em Porto Rico, referiu-se no final da cerimónia à sua experiência jornalística e ao seu “entusiasmo por continuar como sacerdote que difunde notícias positivas. Penso que temos de tornar amável para os outros o caminho da santidade e o cristão que trabalha num meio de comunicação social tem que ser uma pessoa amena”.
Acções de graças pela ordenação
A propósito da alegria que manifestavam todos os participantes na cerimónia, são eloquentes as palavras de Juanin Y. Malonga, uma profissional da Guiné de 24 anos, que acabou em Barcelona os estudos de Magistério e Educação Física: “estou admirada com o grande número de jovens que assistiram à cerimónia, e com o ambiente de piedade que ajudava a fazer oração, e que ajudava a pedir por estas vocações de serviço à Igreja”.
De Porto Rico vieram os pais do Pe. James Bermúdez, com dois filhos e outros parentes. Referiram-se à ordenação como “o dia mais importante, um grande presente de Deus”. Por seu lado, uma tia do Pe. James afirmou sentir-se “emocionada porque nunca tinha estado em nada parecido e porque é o meu sobrinho”.
Coronado e Gladys, pais do Pe. Abelardo Rivera, da Costa Rica, sentem “uma grande emoção perante este presente imerecido”. As irmãs do Pe. Abelardo, Mercedes e Alexandrina, vieram também a Torreciudad e classificaram a cerimónia como “lindíssima, uma delicadeza de Deus para com a família”. Ao comentar a ordenação do filho, a mãe do brasileiro Pe. Mariano de Sousa quis destacar também a “emoção e o agradecimento que sente por esta graça que Deus concedeu à nossa família”.
José Maria Pardo, pai do novo sacerdote espanhol, comentou que no total vieram trinta e tal familiares e amigos procedentes de Madrid e de Jaén. Referindo-se à ordenação do filho, afirmou que “é uma sensação tão forte que me sinto esmagado; nunca pensei ficar tão emocionado”, e não deixou de dizer que o seu desejo é que o seu filho seja muito santo.
A partir de várias cidades de Itália organizaram uma viagem de quarenta pessoas, entre familiares e amigos dos três novos sacerdotes italianos, para vir a Torreciudad. Carmela, a mãe do Pe. Giulio Maspero, declarou: “Sinto-me profundamente feliz por o meu filho ser sacerdote, embora antes não fosse eu o meu desejo porque queria mais ter muitos netos; mas agora agradeço a Deus e a São Josemaría esta graça tão grande”.
No passado dia 31 de Maio o prelado ordenou 26 sacerdotes de 12 países. O clero da Prelatura provém dos fiéis leigos do Opus Dei: numerários e agregados que, disponíveis para serem sacerdotes e depois de vários anos de pertença à Prelatura e de realizar os estudos prévios para o sacerdócio, são convidados pelo Prelado a receber as sagradas ordens. O seu ministério sacerdotal desenvolve-se principalmente ao serviço dos fiéis da Prelatura e das actividades apostólicas que promovem.