O Opus Dei denuncia uma grave manipulação com fins mediáticos de uma investigação judicial na Argentina

Comunicado do Gabinete de Comunicação Internacional de 28 de julho de 2025.

No âmbito da investigação judicial sobre a situação pessoal de uma mulher enquanto fez parte do Opus Dei, o advogado queixoso declarou aos meios de comunicação que solicitou que o prelado do Opus Dei, Mons. Fernando Ocáriz, fosse chamado a manifestar a sua posição sobre os factos. A prelatura considera que este pedido – sem fundamento factual ou jurídico – se insere numa estratégia mediática enganosa e contínua que, desde o início, tentou deturpar os fins de uma investigação penal para tratar de uma reclamação laboral de natureza económica.

O processo, no seu conjunto, representa uma tentativa de manipular a aplicação de uma figura penal (o tráfico de pessoas) que não tem relação com os factos narrados pela denunciante, e muito menos com a realidade do Opus Dei. Está a ser utilizado o foro penal – que deveria ter como objetivo a investigação de crimes e a procura da justiça – para alcançar um fim económico, desvirtuando assim o sentido e a função deste instrumento judicial.

Este último pedido volta a basear-se em suposições, sem apresentar elementos concretos que justifiquem tais alegações. Procura-se assim alargar artificialmente o objeto da investigação penal a pessoas cuja ligação direta com os supostos factos narrados pela denunciante é inexistente. É preocupante que esta dinâmica de instrumentalização e deturpação do processo penal se repita com o intuito de ampliar o impacto na opinião pública e exercer pressão sobre o sistema de justiça. Algo que vimos recentemente com o pedido para que Mons. Mariano Fazio fosse chamado a depor, acompanhado de uma encenação mediática orquestrada.

Como já foi anteriormente referido, o conflito começou nos meios de comunicação como uma queixa por inconsistências nas contribuições sociais e laborais. Mais tarde, evoluiu para uma ação civil por perdas e danos, e acabou por se transformar, em agosto de 2024, numa acusação de uma pessoa que afirma ter sido vítima do crime de “tráfico de pessoas”. Para construir esta denúncia, procede-se a uma completa descontextualização da vocação que as numerárias auxiliares do Opus Dei escolhem livremente.

Lamentamos que os mecanismos judiciais estejam a ser utilizados para sustentar uma narrativa fabricada que visa imputar culpas sem base nos factos realmente ocorridos. É fundamental preservar a seriedade institucional da Justiça e garantir que os processos se desenvolvam com objetividade, sem pressões externas e com pleno respeito pelo princípio da presunção de inocência.

A prelatura do Opus Dei insiste em rejeitar estas alegações e mantém a sua total disponibilidade para colaborar com as autoridades judiciais, confiando que a verdade prevalecerá.