No domingo dia 21 de junho de 2015 nasceu Lucas, o nosso primeiro filho. A gravidez foi difícil. Rocío, a minha mulher, esteve em repouso absoluto desde o mês de abril e acabou por ser internada no hospital durante um mês, até à data do nascimento. Lucas chegou antes do tempo: faltavam seis semanas para se completar a gravidez. Poucos segundos depois de nascer, as pessoas que assistiam ao parto notaram que tinha dificuldades respiratórias, pelo que decidiram transferi-lo imediatamente para a UCI. Rocío estava esgotada e levaram-na para o quarto para descansar. Entretanto, eu ia frequentemente à UCI para obter informações sobre o menino. Os médicos eram muito prudentes e aconselhavam a esperar. Passadas algumas horas, a informação começou a ser um pouco mais negativa: os pulmões do Lucas não tinham completado o seu desenvolvimento e além disso não conseguiam assegurar que não sofresse de alguma outra doença, a qual não conseguiam concretizar.
a radiografia aos pulmões continuava a ser negativa, e, além disso, achavam provável que o Lucas sofresse de outra dOeNÇA
Desde o primeiro momento, a nossa família e amigos começaram a rezar pela recuperação do Lucas. Tendo em conta que a festa de S. Josemaria se aproximava, começámos a reencaminhar, por WhatsApp, uma pagela sua. Muitas pessoas, apesar de não praticarem com frequência, animaram-se a pedir a S. Josemaria a cura de Lucas. Na segunda-feira eu e aminha mulher fomos ver o Lucas, falámos com o médico e ele transmitiu-nos que não tinha havido melhoras. No dia seguinte, terça-feira, quando o médico se aproximou de Rocío e de mim disse-nos que o Lucas tinha piorado: a radiografia aos pulmões continuava a ser negativa, e, além disso, achavam provável que o Lucas sofresse de outra doença. Rocío e eu chorámos juntos durante um bom bocado e a seguir começámos a rezar o terço. Além disso, escrevemos a muitas pessoas para que intensificassem a oração a S. Josemaria. Foi incrível a quantidade de mensagens de apoio que recebemos, inclusivamente de pessoas que não conhecíamos.
Na quinta-feira, véspera da festa de S. Josemaria, Lucas apresentava sinais de melhoras, pelo que os médicos decidiram tirar-lhe o oxigénio que até então o havia ajudado a respirar. Contudo, Lucas não aguentou sem essa ajuda, pelo que rapidamente lhe voltaram a colocar esse suporte. A seguir, apanhámos um táxi para a catedral onde se celebraria a missa de S. Josemaria. De um modo mais intenso, pedimos pela cura do nosso filho, e, com lágrimas nos olhos voltámos para o hospital para ver o Lucas antes de regressarmos a casa.
Perguntámos ao médico pelo estado do menino, e disse-nos que estava em perfeitas condições
Na sexta-feira, 26 de junho, fomos ao hospital de manhã cedo. A nossa surpresa foi enorme quando entrámos na UCI e vimos o Lucas fora da incubadora: não tinha um único cabo ligado ao seu corpo pequeno. Até aquela altura não tinha tomado nenhum biberão, o pouco alimento que lhe era administrado era dado através de sonda, mas ali estava ele acabando um biberão de um só trago. Perguntámos ao médico pelo estado do menino, e disse-nos que estava em perfeitas condições: nessa manhã tinham-lhe feito uma nova radiografia e o resultado era absolutamente normal.
Lucas continuou no hospital durante alguns dias para controlar a sua evolução e finalmente deram-lhe alta na terça-feira, 30 de junho, nove dias depois de nascer. Agora, Lucas acaba de completar dois anos. Embora com atraso, quisemos dar a conhecer o favor de S. Josemaria, aproveitando para dar muitas graças a Deus.
M.M.T., Espanha