Os membros do Opus Dei, como tantos outros cristãos, terminam a jornada — cada um por sua conta, no momento que lhe é mais oportuno — com alguns minutos dedicados ao exame de consciência. A consideração de erros e pecados — na Escritura lemos que mesmo o justo peca sete vezes por dia — traz aos lábios e à alma, espontânea, a petição de perdão. Sim, sabemo-nos pecadores que aspiram a amar com loucura a Jesus Cristo e aqueles a quem a certeza do amor misericordioso de Deus dá forças para acometer o trabalho de cada día.
No que se refere a alterações no Opus Dei, recordar-lhe-ei um dado que não me sai da memória: quando eu nasci, já tinha sido fundado o Opus Dei. Fundar correspondeu ao Fundador. Aos seus sucessores compete a responsabilidade de ser fiéis à missão original e de aprofundar com iniciativa o legado que nos foi encomendado.
Porque a história não se detém. Deve haver, pois, criatividade. A criatividade genuína está na aplicação do espírito. Numa recente viagem à Lituânia — uma nação e um povo que sofreram e que por isso lhes devemos especial apreço — comprovei o impacto que produz o Opus Dei com a sua mensagem sobre o trabalho, num país onde tantas pessoas se encontram desmotivadas na sua profissão. Em Jerusalém, o espírito de abertura a todos, sem distinção de raças nem de credos, tem um grande atractivo. No Japão, a ideia de procurar o encontro com Deus nosso Pai durante o dia é recebida como água em terra sedenta... Essa rica variedade de experiências representa um estímulo para seguir adiante com uma atitude permanente de fidelidade e criatividade.