Dois livros e um mapa para viajar... na canonização

Entrevista a Giancarlo Polenghi, responsável criativo da MCM, a agência de comunicação que elabora a parte gráfica de vários produtos que se distribuiram aos peregrinos que vieram a Roma para a canonização de Josemaría Escrivá: uma breve biografia do novo santo, um guia para os dias.

Como nasceu a ideia de realizar uma nova biografia e os demais produtos para os participantes na canonização?

Os conteúdos e as ideias vieram do Comité Romano para a canonização. Falámos com eles para dar forma ao que já havia sido mais ou menos delineado. O objectivo, disseram-nos, era ajudar os peregrinos a viver do melhor modo possível, sob todos os pontos de vista o acontecimento em que querem participar. É este o porquê da biografia do novo santo e do guia prático para a canonização. Foi um trabalho de conjunto que envolveu muitas pessoas e penso que pode ser verdadeiramente útil para as pessoas que vêem a Roma viver com mais consciência e serenidade a canonização de Josemaría Escrivá.

Como é esta nova biografia?

É um livro sintético, dividido em três partes: a biografia propriamente dita de Josemaría Escrivá, uma secção que recolhe os seus ensinamentos à luz das cenas do Evangelho, nas quais o novo santo se mete “como uma pessoa mais”, como gostava de dizer para si próprio , e por último, uma biografia completa das suas obras. O autor é Michele Dolz, um jovem sacerdote que vive em Milão e que publicou várias obras de espiritualidade. Este livro pode ser como um companheiro de viagem que nos ajuda a compreender o profundo sentido deste evento que vamos viver, desta festa que é necessário interiorizar e também partilhar com os outros.

Porque é que escolheram esta fotografia para a capa?

Pareceu-nos, que nesta imagem, o beato Josemaría tem um olhar muito expressivo. É como se te falasse ... como se te convidasse para falar com ele. É uma foto extraordinária. Decidimos acrescentar a cor azul, pois é um livro e não apenas um retrato para recordar.

E do outro livro, o guia, que nos podes dizer?

O formato é o mesmo que o da biografia. Na capa tem a reprodução do logotipo da canonização, elaborado por Fernando Pagola, um conhecido pintor espanhol. Os conteúdos são sobretudo práticos: hórarios, trajectos, mapas, monumentos mais famosos. Mas no guia incluiram-se também umas orações e o texto integral da homilia “ Rumo à santidade” do beato Josemaría. Outro capítulo interessante é o que fala dos lugares romanos para ele mais íntimos e que mais vezes visitou.

Que outras coisas foram feitas?

Uma página web (www.escrivá-canonization.org), um mapa de Roma com as informações essenciais sobre a canonização, muito fácil de transportar porque cabe no bolso de uma camisa, e um sobre a recolha de donativos para o Projecto Harambee 2002, com o correspondente logotipo. O logotipo que desenhamos para Harambee é muito vivo: vêem-se duas mãos estilizadas sobre um fundo de várias cores, quase como se estivessem tocando um tambor de festa e agradecimento.

Porquê uma página web para esta canonização?

Hoje em dia, quando se defronta um plano de comunicação, começa-se precisamente pela internet, que é um instrumento dúctil, rápido, económico, que permite oferecer conteúdos a um amplo público e tendencialmente sem fronteiras. Realizamos uma página de serviço que se actualiza com frequência. É um instrumento útil para quem deseja organizar a viagem ou simplesmente quer saber o que se está a fazer para a canonização. É tambem uma página web aberta através da qual temos recebido e publicado muitas mensagens de todo o mundo. Muitas pessoas dizem porque pensam participar na canonização do 6 de Outubro. Esta secção, que se chama “ Porquê vir”, tem sido muito visitada. A variedade de histórias e de pontos de vista tem ajudado o site a enriquecer os seus conteúdos.

Em quantas línguas se traduziram estes produtos?

A página web está em 5 idiomas: italiano, espanhol, francês, inglês e alemão. Relativamente às publicações , creio que se traduziram em 8: italiano, espanhol, francês, inglês, alemão, português, holandês e catalão. Mas o melhor seria perguntar ao Comité romano que está a coordenar a relação entre os diversos comités locais, que são os que promovem as edições no seu próprio idioma.