Toni Zweifel (1938-1989) estudou Engenharia Industrial no Politécnico de Zurique. Lá, conheceu alguns fiéis do Opus Dei e descobriu a possibilidade de se santificar e ajudar os outros através do seu trabalho. Terminados os estudos, trabalhou como colaborador científico no Instituto de Termodinâmica ETH.
Pouco antes, em 1962, tinha pedido a admissão no Opus Dei. "Tendo chegado ao ponto em que praticamente tinha alcançado tudo o que me havia proposto", escreveu Toni a S. Josemaria Escrivá, "e pensando que, afinal, passaria o resto da minha vida dessa maneira, sujeito às mesmas inclinações, às mesmas ambições, vi claramente que esse não podia ser o meu caminho: eu tinha que ir mais longe, amar de verdade, superar o meu egocentrismo com amor, fazer uma escolha, comprometer-me seriamente”.
EU TINHA QUE IR MAIS LONGE, AMAR DE VERDADE, SUPERAR O MEU EGOCENTRISMO
Mais tarde, em 1972, a sua vida profissional mudou completamente, pois começou a trabalhar para a Fundação Limmat, uma instituição de solidariedade para a promoção de iniciativas educacionais e sociais para os mais desfavorecidos em trinta países do mundo.
Em 1985, diagnosticaram-lhe uma leucemia, doença com a qual lutou serenamente até à sua morte em 1989. O exemplo de generosidade, alegria e piedade de Toni que os seus amigos recordavam fez com que a devoção entre muitos crentes crescesse progressivamente.
20 anos de fase diocesana
Durante 20 anos, foram feitos estudos na diocese de Chur (Suíça) sobre a sua vida, recolheram-se documentos e declarações de amigos e devotos, também residentes em Verona e Roma. No dia 2 de julho, o Administrador Apostólico, Mons. Peter Bürcher, na presença do tribunal competente, o postulador da causa e muitas outras pessoas envolvidas, presidiu à selagem das caixas com a documentação que será enviada a Roma. Elas contêm os testemunhos e relatos de inúmeras graças recebidas, que serão estudadas na Congregação para as Causas dos Santos.
Além disto, recordou-se a existência de um livro biográfico sobre Toni e anunciou-se a próxima edição de um breve documentário sobre a vida exemplar deste engenheiro suíço.
"A santidade cristã", escreveu o jornalista Francesco Ognibene no jornal "Avvenire", "a dos leigos no meio do mundo que o Concílio nos ensinou, tem em Toni Zweifel um exemplo de manual".