Betty (Macau): as bênçãos de Deus para a minha família

De Macau, Betty Lee conta como ter conhecido o Opus Dei e a formação que recebe a aproximou, a ela e à sua família, de Deus.

Betty com filhas e netos
Betty com filhas e netos

Durante mais de 10 anos, uma amiga convidou-me para assistir à Missa solene em honra de S. Josemaria Escrivá, no dia 26 de junho, dia da sua festa. Foi através destas missas que conheci o Opus Dei. Em Macau, o Opus Dei tem um centro para homens e um centro para mulheres, onde experimentei um ambiente como o de uma grande família. Todos ali são muito calorosos e atentos às pessoas que vêm. Também fiquei contente por saber que todos os sábados à tarde vem um padre para a Bênção, confissões e recoleções mensais, e que há também retiros anuais organizados noutros locais, aos quais os amigos podem assistir.

Sinto-me sempre bem-vinda quando vou ao centro para atividades. Por isso, convidei também outras amigas a participar nestas atividades. Em 2005, tornei-me cooperadora, e em 2016 ingressei no Opus Dei como supranumerária. Dou graças a Deus por isto.

Betty with her family
Betty com a  família

Um presente para a nossa família

Depois de me tornar supranumerária, aprendi mais sobre como viver um plano de vida e como incluir na minha programação diária algumas orações, a Missa, o Terço, etc. Por intercessão de S. Josemaria, a minha família também recebeu muitas bênçãos de Deus. Tenho duas filhas, e ambas estudaram em Melbourne, Austrália. Após a licenciatura, a mais velha ficou naquela cidade para trabalhar e foi lá que casou. Tem duas filhas que estão agora no ensino secundário.

A minha filha mais nova, depois de se formar, regressou a Macau onde casou. Embora agora seja mãe de 3 filhos, com 7, 5 e 3 anos de idade, teve vários abortos antes do seu primeiro filho. Portanto, foi um dom preciosíssimo de Deus para a nossa família quando se tornou claro que ela podia ter filhos. Lembro-me que em janeiro de 2013, fui visitar a minha filha mais velha a Melbourne. Durante um desses dias, visitámos um centro do Opus Dei em Melbourne. Enquanto rezava lá, fiz a Via Sacra, e pedi a S. Josemaria que intercedesse junto de Deus para que a minha filha mais nova pudesse ter um filho. Pouco depois disso, voltei a Macau e a minha filha mais nova disse-me que estava a caminho de aumentar a família. Em outubro desse ano, o bebé já tinha nascido. Graças a Deus pelo Seu infinito amor, pela bênção de Nossa Senhora, e pela intercessão de S. Josemaria!

A formação no Opus Dei

A especificidade do Opus Dei consiste em procurar a santidade na vida quotidiana. S. Josemaria ensinou-nos que nas coisas comuns da vida quotidiana - mesmo as coisas mais pequenas e aparentemente insignificantes - se se puser todo o coração em fazê-lo bem e oferecê-lo a Deus, isso torna-se um caminho para a santidade.

Desde que me tornei cooperadora e agora como supranumerária, rezo todos os dias a oração a S. Josemaria. Continuo a frequentar os círculos, a ter direção espiritual com o sacerdote da Obra, a frequentar recoleções mensais, aulas de doutrina, e um retiro uma vez por ano. Estou grata por todas estas ajudas, pois a minha fé é como um pequeno rebento, que com a luz, o ar, a água e a nutrição, lentamente vai crescendo e tornando-se mais forte. Como supranumerária, estou certa de que Deus me escolheu para ser santa ao longo da minha vida de casada.

O meu marido e eu estamos casados há 43 anos. Ao longo destes anos, temos passado por muitas alegrias e tristezas, dificuldades e desafios. Na Novena a São Josemaria para um Casamento Feliz e Fiel, há uma oração que diz: "aqueles que são chamados ao estado de casados encontrarão, com a graça de Deus, dentro do seu estado tudo o que precisam para serem santos, para se identificarem cada dia mais com Jesus Cristo, e para levarem a Deus aqueles com quem vivem". Na minha vida matrimonial e familiar, posso compreender claramente o significado destas palavras. Estou realmente comovida com o facto de Deus usar o meu amor para me ajudar a construir uma família alegre e tranquila.

O apostolado começa na família

Por sermos cristãos, Deus deu-nos a missão de fazer apostolado. Apostolado é levar outras pessoas a Deus, para receber as suas bênçãos. Em 2008, tive cancro do fígado e tive de ser operada. Por si só isto não é uma coisa boa, mas por causa desta doença, Deus chamou-me para trabalhar com Ele. Deus curou-me, e esta manifestação do Seu Amor comoveu tanto a minha mãe, irmã e irmão que eles pediram para serem batizados como católicos. Nunca tinha pensado que um dia se juntariam a mim na minha fé e partilhariam da minha alegria.

Aposentei-me quando o meu neto mais velho tinha apenas um mês, a fim de ajudar a minha filha a tomar conta dele. Quando ele tinha dois anos de idade, dei-lhe dois livros de histórias bíblicas. Ele gostava de ouvir as histórias sobre os doze apóstolos e às vezes fazia perguntas, e eu explicava-lhe pacientemente as coisas. Ensinei-lhe que sempre que está infeliz ou com medo, é bom para ele fazer o Sinal da Cruz e dizer a Jesus o que está a sentir. Todas as noites, reza antes de ir dormir.

Ser capaz de aproximar a minha família de Deus tem sido uma imensa bênção e graça. Sei que, por intercessão de S. Josemaria, recebi verdadeiramente graças abundantes de Deus.

A filiação divina é o fundamento da minha relação com Deus

Lembro-me sempre que a minha relação com Deus se baseia na verdade de que Ele é o meu Pai celeste, e eu sou a sua filha amada. Tenho de me agarrar firmemente a esta verdade e oferecer-me e tudo o que faço a Deus, e Ele certamente tomará conta de mim e da minha família no meu caminho para a santidade.

(Este artigo foi originalmente publicado em chinês).

Betty Lee