Apresentado em Roma o livro "Um santo como amigo"

Foi apresentado em Roma na manhã de 26 de Fevereiro o livro “Um santo como amigo”. Intervieram no acto Mons. Flavio Capucci, postulador da causa de canonização de Josemaría Escrivá, e a Irmã Fernanda Barbiero, directora do Instituto Pontifício “Regina Mundi”. O postulador da causa de canonização da Madre Teresa de Calcutá, Fr. Brian Kolodiejchuck, enviou um texto para ser lido aos presentes.

A Irmã Fernanda Barbiero S.M.S.D., afirmou que este livro “contém páginas de vida com uma profundidade extraordinária. A religiosa referiu-se à “consciência eclesial” do beato Josemaría, em quem não se dava “a pretensão de substituir a Igreja, nem de se servir da Igreja; a sua pretensão era servir a Igreja como a Igreja quer ser servida”. A acção apostólica de Josemaría Escrivá – sublinhou a Irmã Fernanda – não desejava criar “uma Igreja dentro da Igreja; queria, sim, promover uma pastoral em que o crescimento e a autonomia do laicado renovassem as fronteiras da missão e da pastoral”. E concluiu dizendo: “penso que, com entusiasmo pastoral e com um desmedido amor à Igreja, soube comunicar com os leigos, com todas as suas forças, e, atrever-me-ia a dizer, com o espírito da comunicação, falando de coração a coração”.

O livro contém o testemunho de numerosas personalidades eclesiásticas que conheceram o beato Josemaría em Espanha nos primeiros anos do seu ministério pastoral, entre 1924 e 1946, ano em que passou a residir em Roma: Asunción Muñoz (1894-1984), da Comunidade das Damas Apostólicas, que a partir de 1927 colaborou com Josemaría Escrivá no cuidado dos pobres e doentes dos bairros extremos de Madrid; D. José Maria Bueno Monreal (1904-1987), então um jovem sacerdote, mais tarde arcebispo de Sevilha e cardeal, amigo pessoal do fundador do Opus Dei desde 1928; Frei José Maria Aguilar (1910-1992), a quem o beato Josemaría encaminhou para a vida religiosa em 1941; e outro vinte e cinco bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas.

Para Mons. Flavio Capucci, o livro tem o mérito de apresentar “recordações directas, narradas em primeira pessoa pelos protagonistas”, não contendo, pois, “interpretações posteriores” sobre o beato.

O postulador da causa de canonização da Madre Teresa de Calcutá, Fr. Brian Kolodiejchuck M.C., enviou à conferencia de imprensa um texto escrito, em que destaca os “pontos em comum” entre a Madre Teresa e Josemaría Escrivá: “o grande amor à Igreja, ao Papa, à confissão sacramental; ou a fé indiscutida no valor da oração como ponto de partida de toda a acção apostólica; e a capacidade de empreender ambiciosas iniciativas em serviço aos outros”.

Para Kolodiejchuck, “na vida do beato Josemaría encontramos um grande compromisso por ajudar Cristo presente nas pessoas necessitadas”, e um grande empenhamento “de compromisso social por melhorar as condições de todos os seres humanos”. Seguindo a linha de numerosos testemunhos recolhidos neste livro, o postulador da Madre Teresa explicou que “os pobres, os doentes, os desenganados, foram as armas para vencer a sua batalha para que o Opus Dei abrisse caminho”.

No final da apresentação, Mons. Capucci concluiu dizendo que “o livro mostra com clareza que a história pessoal de Josemaría Escrivá e a história da instituição por ele fundada estão impregnadas de comunhão eclesial”.