O processo de canonização de Encarnación Ortega Pardo (1920-1995) foi aberto ao final do dia (27Mar09) em Valladolid, numa cerimónia que decorreu no Colégio Alcazarén presidida pelo Arcebispo da diocese, D. Braulio Rodríguez Plaza.
Trata-se de uma das primeiras fiéis do Opus Dei. Pediu a admissão como numerária em 1941. Encarnita passou os últimos 25 anos de vida em Valladolid e está sepultada no Cemitério d’El Carmen.
O Arcebispo explicou que “a Igreja instrui estes processos de santidade de irmãos nossos pensando em nós”.
D. Braulio Rodriguez pediu aos presentes a sua oração “para que o Tribunal da Arquidiocese de Valladolid faça bem o seu trabalho, procurando a verdade e rezando também pelas pessoas que nele irão testemunhar".
A partir de hoje (27 de Março de 2009) o Tribunal nomeado pelo Arcebispo procederá à recepção de testemunhos, uma vez realizados os trâmites previstos na Instrução Sanctorum Mater da Congregação para as Causas dos Santos.
Por seu lado, o postulador da Causa, José Carlos Martín de la Hoz, questionou-se sobre se a serva de Deus “pode ser uma dessas pessoas que percorreram o caminho da santidade e alcançaram a heroicidade das virtudes cristãs”. A Igreja pede-nos agora que demonstremos que a sua vida no Opus Dei, durante quarenta e quatro anos, foi verdadeiramente heróica”, acrescentou.
“Por isso – disse também o postulador – o prelado do Opus Dei, em nome e representação de todos os fiéis da Prelatura, encarregou-me de propor à Igreja Arquidiocesana de Valladolid que tome a sua vida em consideração e reúna todas as provas necessárias para a examinar com profundidade e determinar se pode ser considerada como exemplo e como intercessora para todos os cristãos”.
Encarnita foi uma das principais colaboradoras do fundador em Madrid e Roma nos primeiros anos (1941-1961) e faleceu com fama de santidade em 1 de Dezembro de 1995.
Em 1946 mudou-se para Roma, onde colaborou com São Josemaria na expansão do Opus Dei pelo mundo. Regressou a Espanha em 1961 e colaborou em diversas iniciativas apostólicas onde desenvolveu um intenso trabalho apostólico e profissional em Barcelona, Oviedo e Valladolid.
Em 1980 foi-lhe diagnosticado um cancro. Conviveu com a doença durante quinze anos, sem diminuir, por isso, o ritmo de trabalho. Uma intensa vida de piedade levou-a a converter a amizade humana em ocasião de ajudar os outros a encontrar Jesus Cristo.