A Tia Carmen e o ar de família dos centros do Opus Dei

Entrevista de D. Álvaro del Portillo, sucessor de S. Josemaria, sobre a Tia Carmen pela Rialp.

Ver também:

- O trabalho nas primeiras residências
- Recordações de uma vida generosa

A mãe e a irmã de S. Josemaria ocuparam-se da administração doméstica dos Centros da Obra até que as mulheres do Opus Dei se pudessem encarregar desses trabalhos.

Transmitiram o calor que tinha caracterizado a vida doméstica da família Escrivá para a família sobrenatural que o Fundador estava a formar. Nós íamos aprendendo a reconhecê-lo no bom gosto de tantos pequenos detalhes, na delicadeza no relacionamento mútuo, no cuidado das coisas materiais da casa, que implicam – é o mais importante – uma preocupação constante pelos outros e um espírito de serviço, feito de vigilância e abnegação; tínhamo-lo contemplado na pessoa do Padre e víamo-lo confirmado na Avó e na tia Carmen*.

Era natural que procurássemos entesourar tudo isto, e assim, com uma simplicidade espontânea, arraigaram-se nos nossos costumes e tradições familiares que ainda hoje se vivem nos Centros da Obra: as fotografias ou retratos de família, que dão um tom mais íntimo à casa; um doce simples para sobremesa, para festejar um aniversário; colocar, com carinho e bom gosto, flores diante de uma imagem da Virgem, ou num recanto da casa, etc.

O ar de família característico do Opus Dei deve-se ao seu Fundador. Mas, se acertou em plasmar este estilo de vida nos nossos Centros, não foi apenas em virtude do carisma fundacional, mas também pela educação que tinha recebido no lar paterno. E é justo ressaltar que a sua mãe e irmã o secundaram de modo muito eficaz.


* Desde os começos do Opus Dei, a tia Cármen – como se chama na Obra à irmã de S. Josemaria – colaborou nas tarefas domesticas das primeiras residências da Prelatura.


Photo by Nathan Fertig on Unsplash