31 novos sacerdotes do Opus Dei de 13 países

Argentina, Reino Unido, Espanha, Nigéria, Peru ou Japão são alguns dos países de procedência dos 31 sacerdotes ordenados por D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei no passado dia 4 de maio.

Apresentam-se perfis de alguns dos fiéis do Opus Dei que receberam o sacerdócio das mãos de D. Javier Echevarría, na Basílica de Santo Eugénio, no passado dia 4 de maio.

Keishuke (à esquerda) com Ernesto Yamaguchi, um peruano de origem japonesa.

Keishuke Hazama tem 39 anos e é japonês . Embora tenha recebido agora o sacerdócio, aos 21 anos ainda não conhecia a fé católica: "Na minha cidade no Japão havia uma igreja onde vivia um sacerdote irlandês. Era idoso e vivia sozinho. Eu pensava: ‘Ele veio para ajudar o povo japonês’. Naquela altura, era uma vida que me parecia incompreensível". O exemplo desse sacerdote esteve no início da sua conversão.

“João Paulo II batizou-me em Roma – continua Keishuke – na Semana Santa de 1994. Olhando para trás, vejo agora quão importante foi a fé na minha vida e penso que, como esse sacerdote ancião, poderei agora ajudar a servir as almas”.

Ordena-se também Julio Paz , argentino e médico . Para ele, "o facto de que o novo Santo Padre seja argentino é, de facto, um orgulho, mas sobretudo uma responsabilidade. Impulsiona-me a rezar mais por ele e pelo meu país".

Julio destaca a marca profunda que deixa o facto de estudar em Roma: "Eu venho de um país jovem. Vir a Roma, junto do Papa, para estudar teologia é maravilhoso. Quantas pessoas caminharam e rezaram por estas ruas ao longo dos séculos!".

O inglês Peter Damian-Grint foi professor da Universidade de Oxford . Aí se especializou em Literatura medieval francesa. “Deus faz-nos alterar os nossos planos. Até agora quis que eu me dedicasse à investigação, mas num determinado momento compreendi que a Sua vontade era que me fizesse sacerdote”.

Como intelectual, recorda com entusiasmo a visita de Bento XVI a Inglaterra: “Com a clareza e a profundidade que o caracteriza, o Papa recordou-nos que devíamos estar orgulhosos da nossa fé. Temos a verdade, e por isso há que oferecê-la com amabilidade aos outros”.

Também se recorda dessa visita histórica Andrew Soane : “Nunca esquecerei o silêncio que se fez em Hyde Park durante a adoração do Santíssimo Sacramento. Jamais pensei que milhares de pessoas podiam guardar esse silêncio! Foi nessa noite, rezando juntamente com tantas pessoas que pensei: o povo de Deus necessita de sacerdotes”.

Um dos mais jovens é o filipino Anthony Pichay Sepulveda (link ao vídeo). Com 29 anos, chega ao sacerdócio após um período de experiencia profissional. “Desde os sete anos que gostava de programação. Assim comecei por estudar na ‘Philippine Science High School’. Logo a seguir à licenciatura, voltei a essa mesma escola, mas como professor. Um dia, um companheiro disse-me: o nosso trabalho é um dos mais dignos, porque Jesus também ensinava” Gostei da ideia e fez-me pensar”.

Uma das suas recordações mais gratas durante os anos de formação em Roma foi a eleição do Papa Francisco. “Recordo aquela noite: quando soubemos a notícia, atravessei a cidade a correr até à praça de São Pedro. Foi a corrida da minha vida! Pude estar debaixo da varanda. Ao ver o novo Santo Padre, alegrei-me, porque conhecia a sua proximidade aos mais pobres, aos mais humildes. É um exemplo para todos nós”.