Na altura, a família encontrava-se numa situação económica folgada, própria da classe média daquele tempo. Porém, essa situação alterou-se em 1912 com a ameaça da falência da firma, o que efetivamente veio a suceder em 1915, tendo como consequência direta uma situação económica manifestamente crítica.
Daí em diante e por várias décadas –muito além da guerra civil –, os Escrivá atravessaram sérias carências económicas, agravadas pela morte de José Escrivá em Logroño, no ano 1924.
O falecimento de José Escrivá converteu o jovem Josemaria – que ainda não tinha sido ordenado Padre – em chefe de família; e ficou a tomar conta da sua mãe – Dolores Albás – e dos seus irmãos: Cármen, a irmã mais velha, e Santiago, que tinha nessa altura cinco anos.
As agonias e privações materiais que os Escrivá sofreram, foram, contudo, sempre vividas com dignidade, como bem refletem os escritos do jovem Fundador.
Para conhecer o contexto sócio-económico e cultural, ver:
—IBARRA BENLLOCH, M., El primer año de vida de Josemaría Escrivá, em «Cuadernos del Centro de Documentación y Estudios Josemaría Escrivá de Balaguer», vol. VI (2002), Universidad de Navarra, pp. 37-74.
—GARRIDO, M., Barbastro y el Beato Josemaría Escrivá, Ayuntamiento de Barbastro, Barbastro 1995. Especialmente: Cap. I: El Barbastro de comienzos de siglo e Cap. II: Apunte biográfico del beato Josemaría Escrivá y el Opus Dei.
—VÁZQUEZ DE PRADA, A., Josemaria Escrivá. Fundador do Opus Dei, Vol. I: Senhor, que eu veja!, Editorial Verbo, Lisboa 2002, Cap. I.