Santa Missa e Eucaristia

Existe algo que seja permanente no meio da nossa condição temporal? Há algum personagem da história do qual possamos ser contemporâneos? A fé cristã oferece uma resposta bem concreta. Há um acontecimento histórico que aconteceu no passado, mas que nunca passa, que está sempre presente para nós: o Mistério Pascal do Filho de Deus feito Homem.

1. Palavras de vida eterna

O desejo de permanência está inscrito nas profundezas do espírito humano. Se bem que às vezes é também muito forte a tendência a se aferrar aos prazeres efêmeros, o coração do homem está feito para uma vida imortal, indestrutível. É desta realidade que se faz eco a oração litúrgica da Igreja quando pede a Deus Onipotente que “te rectóre, te duce, sic bonis transeuntibus nunc utámur, ut iam possímus inhaerére mansúris. Que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam”[1].

Mas quais são esses bens eternos? Onde se podem encontrar? Existe algo que seja permanente no meio da nossa condição temporal? A história universal está composta de alguns grandes eventos que marcaram de algum modo o seu rumo, e continuam tendo certa influência no presente, e que às vezes ficam “materializados” em celebrações por ocasião de um aniversário, centenário ou até mesmo milênio. Sendo assim, está claro que tais eventos podem comemorar-se, mas de forma alguma se podem repetir. A nostalgia que a recordação e a sua comemoração provocam levou certas correntes sociais ou de pensamento a tentarem recuperar os cânones perdidos de épocas passadas, consideradas gloriosas ou dignas de serem revividas. Mas estes movimentos também passam.

Então será que não existe nenhum evento da história que permaneça, que seja indestrutível, com o qual se possa entrar de algum modo em contato real, e não apenas virtual? Há algum personagem da história do qual possamos ser contemporâneos? A fé cristã oferece uma resposta bem concreta: a confissão de Pedro à pergunta que Jesus fizera na sinagoga de Cafarnaum depois de ter pronunciado o discurso do pão da vida (discurso que provocou que fossem embora muitos dos que até então o seguiam, depois de ouvirem a promessa da eucaristia): “Vós também vos quereis ir embora?”[2]. Respondeu-lhe Simão Pedro: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”[3]. E João Paulo II comenta: “só Cristo tem palavras que resistem à erosão do tempo e duram por toda a eternidade [...]. É importante tomar consciência que, dentre as muitas questões que emergem no vosso espírito, as decisivas não dizem respeito a ‘que’. A pergunta fundamental é ‘quem’: ir para ‘quem’, ‘quem’ seguir, ‘a quem’ entregar a própria vida [...]. Só Jesus de Nazaré, o Filho de Deus e de Maria, o Verbo eterno do Pai, nascido há dois mil anos em Belém da Judeia, só Ele é capaz de satisfazer as aspirações mais profundas do coração humano. Na pergunta de Pedro A quem iremos, Senhor?, está já a resposta relativa ao caminho a percorrer. É o caminho que leva a Cristo. E o Mestre divino é acessível pessoalmente: de fato, está realmente presente com o seu corpo e o seu sangue no altar. No Sacrifício Eucarístico, podemos entrar em contato, de modo misterioso, mas real, com a sua pessoa, saciando-nos na fonte inexaurível da sua vida de Ressuscitado”[4].

2. Contemporaneidade com Cristo: sacramento presença

Então sim, existe uma Pessoa de quem podemos ser realmente contemporâneos: Jesus Cristo. Há um acontecimento histórico que aconteceu no passado, mas que nunca passa, que está sempre presente para nós: o Mistério Pascal do Filho de Deus feito Homem, o seu sacrifício redentor na cruz e a sua gloriosa ressurreição e ascensão ao céu, que na instituição da Eucaristia no Cenáculo “está de certo modo guardado, antecipado e ‘concentrado’ para sempre no dom eucarístico. Neste, Jesus Cristo entregava à Igreja a atualização perene do mistério pascal. Com ele, instituía uma misteriosa ‘contemporaneidade’ entre aquele Triduum e o arco inteiro dos séculos”[5].

Todos os cristãos, e de modo especial os sacerdotes, entramos no Cenáculo por direito próprio, porque ali nasceu o sacerdócio, ali se manifestou a Igreja. Podemos ir para lá com a confiança de quem se sabe na sua casa[6]. Por isso impressiona ler uma vez mais as palavras de Jesus recolhidas por São Lucas: “Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de sofrer”[7].

Jesus desejou ardentemente comer esta páscoa com os seus, porque nesta Última Ceia vai instituir a Eucaristia, antecipação sacramental da sua entrega na Cruz, que lhe permitirá misteriosamente ir para o Pai e ao mesmo tempo ficar conosco. Vai e fica. Não deixa uma foto, uma recordação, fica ele mesmo[8]. Realiza a promessa que fizera antes de subir aos Céus: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”[9]. A presença de Cristo na Eucaristia, e, portanto, na Igreja, faz desta uma realidade permanente, manifestação visível do Reino de Cristo que permanece no meio da sequência das civilizações e sistemas, durante séculos, graças a um poder de Deus: “Potestas eius potestas aeterna, quae noon auferetur, et regnum eius, quod non corrumpetur. Seu domínio será eterno; nunca cessará seu reino jamais será destruído”[10].

3. Sacramento, sacrifício e banquete

Desde faz mais de dois mil anos, que o evento pascal volta a estar presente nos nossos altares, cada vez que participamos da santa Missa, onde se atualiza de modo incruento o único sacrifício de Cristo[11], que se converte em alimento para nós. Por isso a Igreja ensina que a Missa é sacrifício e ao mesmo tempo banquete[12].

Um sacrifício que, como diz a liturgia eucarística, é de louvor, sem mancha e universal: “pópulum tibi congregáre non désinis, ut a solis ortu usque ad occásum oblátio munda offerátur nómini tuo. Não cessas de reunir o vosso povo para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito”[13]. As palavras da Consagração não são só uma recordação, ou um memorial, são sobretudo um tornar presente, uma atualização: o pão e o vinho transformam=se, “transubstanciam-se” no Corpo e no Sangue de Cristo: corpo entregue e sangue derramado por nós, para a remissão dos pecados, no sacrifício da Cruz, onde adquiriram pleno significado e cumprimento aquelas palavras de Jesus: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto”[14].

Os evangelhos narram em duas ocasiões o portento da multiplicação dos pães[15]. Além de um claro significado imediato, esse admirável gesto de Cristo é uma prefiguração da Eucaristia, onde se prolonga esta propagação. “Na sagrada Eucaristia, recebemos o fruto do grão de trigo morto, a multiplicação dos pães que continua em todos os tempos até ao fim do mundo”[16]. Aqui vemos como a Missa, além de sacrifício, é também banquete, alimento espiritual. Jesus disse que quem não come o seu corpo e não bebe o seu sangue não tem a vida nele, a vida eterna[17]. Na comunhão sucede, como explica Santo Agostinho, que não é o pão que se transforma em nós, mas somos nós que nos vemos transformados em Cristo[18]. Verificam-se então de um modo muito especial as palavras de São Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim [...] que me amou e se entregou por mim”[19].

4. Eficácia transformadora

A Eucaristia tem, pois, uma eficácia transformadora. Em Caná Jesus converteu a água em vinho. Na Última Ceia, transforma o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue. E deste modo, mostra-nos que, se o deixamos atuar, pode transformar também a nossa própria vida, e fazer dela algo divino. “Pão e vinho tornam-se o seu Corpo e o seu Sangue. Mas a este ponto, a transformação não deve deter-se, antes, é aqui que deve começar plenamente. O Corpo e o Sangue de Cristo são-nos dados para que nós mesmos, por nossa vez, sejamos transformados. Nós próprios devemos tornar-nos Corpo de Cristo, seus consanguíneos [...]. A adoração, dissemos, torna-se união. Deus já não está só diante de nós, como o Totalmente Outro. Está dentro de nós, e nós estamos n'Ele”[20].

Essa transformação atinge o nosso modo de ver a realidade, que se torna sobrenatural. Pode ser que em algumas ocasiões tenhamos uma visão demasiado humana das coisas, que nos impede de perceber a mão de Deus em determinadas situações; ou, mais precisamente, parece-nos impossível que Deus esteja presente nestas situações. A recepção e contemplação do mistério eucarístico, isto é, ali onde parece impossível que Deus esteja (um pedaço de pão), e, no entanto, está, provocará em nós essa transformação interior que leva a aprender a reconhecer a presença divina por trás das circunstâncias da nossa vida.

Deste modo, advertimos que Jesus fica para que recorramos a Ele: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”[21], tinha dito Pedro. São Josemaria costumava afirmar que aqui estava o porquê da sua vida, porque diante da presença de Cristo as explicações eram supérfluas. “Neste Sacrifício – dizia – se encerra tudo o que o Senhor quer de nós[22]. Toda a nossa existência adquire o seu verdadeiro valor junto da Eucaristia, uma eficácia sobrenatural insuspeitada. Daí que aconselhasse: “Tens de conseguir que a tua vida seja essencialmente – totalmente! – eucarística”[23].

5. Fonte e cume, centro e raiz

A Igreja ensina que a Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã”[24]. O Concílio Vaticano II, referindo-se aos sacerdotes, exprimia-se com outro par de termos altamente significativos: o Sacrifício Eucarístico manifesta-se como “centro e raiz de toda a vida do presbítero”[25].

São Josemaria aplicava essa mesma expressão a todos os cristãos, concretizando alguns pontos: “Deves lutar por conseguir que o Santo Sacrifício do Altar seja o centro e a raiz da tua vida interior, de modo que todo o teu dia se converta num ato de culto – prolongamento da Missa a que assististe e preparação para a seguinte, que vai transbordando em jaculatórias, em visitas ao Santíssimo Sacramento, em oferecimento do teu trabalho profissional e da tua vida familiar...”[26].

O centro é sempre o ponto importante; tudo gira ao seu redor. Para outras pessoas o centro da sua vida talvez sejam ambições nobres (o trabalho, a família) ou menos nobres (o dinheiro, o afã de poder e de prazer). Pode acontecer que às vezes, por ser muito cedo ou por estarmos cansados, assistamos (à Missa) sem dar o brilho de que somos capazes. É bom que o cristão esteja consciente da sua centralidade na jornada, pondo o máximo esforço de concentração: com efeito trata-se do principal momento do dia, no qual entramos numa relação de intimidade com Jesus Cristo, que se faz presente sobre o altar. São Josemaria menciona uma ocasião em que acabou a celebração esgotado, pois para ele a Missa era operatio Dei, trabalho divino[27]. Seria muito bom que nos perguntássemos todos os dias: nota-se que estive na Missa e que comunguei?

A Santa Missa deverá também ser raiz, por meio da qual como nas árvores, chega o alimento ao ser vivo, de modo que, como consequência dessa alimentação, aparecem os frutos. Ali tudo adquire o seu valor, se o pomos na patena que o sacerdote oferece; como essas gotas de água que se unem ao vinho que se converterá no Sangue redentor de Cristo. Deste modo, durante o dia poderemos ir dirigindo cada ação à Missa como à sua autêntica raiz: as Normas de piedade cristã, o trabalho, a vida familiar, as contrariedades da jornada, as alegrias, etc. Não vivemos simplesmente a Missa, mas vivemos da Missa. Torna-se então realidade a petição do hino eucarístico: praesta de te semper vívere, et te illi semper Dulce sápere; Que a minha alma sempre de Vós viva, que sempre lhe seja doce o vosso sabor[28].

6. Em união com toda a Igreja

Na Missa temos um tesouro ao qual não nos podemos acostumar: é o Céu que se abre para a terra por uns minutos[29] (“os relógios deveriam parar”, desejava São Josemaria[30]). Temos de saber aproveitá-lo, e, para isso, tirar o máximo proveito dos textos que ali se leem, tanto do Ordinário da Missa (que recolhe e é literalmente composto de numerosas passagens da Escritura), como das leituras bíblicas que se proclamam diariamente. Neste sentido, pode ser de grande ajuda, como mostra uma experiência muito ampla, o uso do missal de fiéis, para acompanhar a celebração e noutros momentos de oração pessoal.

A Santa Missa é o momento propício para manifestar e viver a união com quem está à frente da Igreja universal e da particular. É por isso que na Oração Eucarística se menciona explicitamente o Romano Pontífice e o Bispo diocesano ou equivalente. João Paulo II na sua última Encíclica ensinou que a Igreja vive da Eucaristia, o que significa que a Igreja se edifica cada dia na Eucaristia e a partir dela[31]. Daí a importância fundamental que tem a Missa do Bispo como cabeça da portio Populi Dei (porção do povo de Deus) a ele confiada, à que os fiéis são convidados a viver em comunhão e a unir-se espiritualmente[32].

7. Adoração e conversão

Ao ser a máxima manifestação que conhecemos da onipotência de Deus, devemos estar convencidos de que o cristão com a Eucaristia tudo pode. E consequentemente, que sem ela nada podemos. Como recordava Bento XVI, numa das suas primeiras homilias, os mártires da Abitínia diziam com convicção: sine domínico non possumus![33], não podemos viver sem o domingo, quer dizer, sem a Eucaristia. Qualquer luta, qualquer problema ou situação em que nos encontremos, temos de leva-la à Eucaristia, uni-la ao Sacrifício de Jesus por nós. Isto dá-nos uma grande segurança na nossa vida, e faz-nos sentir a responsabilidade de ser teóforos,como se definiu Santo Inácio no fim de seus dias, quer dizer, portadores de Deus para todas as almas[34].

Para isto ajuda também o costume cristão da Visita ao Santíssimo Sacramento, que se pode fazer durante o dia, como um modo de devolver a visita a Quem veio ao nosso encontro na Comunhão. É por isso que nas igrejas e oratórios onde se encontra o Santíssimo Sacramento arde constantemente a lâmpada junto do Sacrário. Como dizia o Cardeal Joseph Ratzinger, “Uma igreja sem presença eucarística de certo modo está morta, ainda que convide à oração. Ao contrário, uma igreja na qual a luz eterna arde diante do tabernáculo, está sempre viva, é sempre mais que um simples edifício de pedra: nela o Senhor sempre me espera, me chama, quer tornar "eucarística" a minha pessoa”[35]. São Josemaria considerava os Sacrários como a reedição da casa de Marta, Maria e Lázaro em Betânia[36], um lugar onde o Senhor pode encontrar uma conversa amigável e uma atenção amorosa, onde, em suma, receba um bom trato, e esteja a gosto entre amigos.

Entrar numa igreja ou oratório e olhar para o Sacrário já deveria supor uma chamada à conversão, um convite de Jesus para deixar de lado a nossa soberba (o nosso desejo de aparentar ou de mostrar as nossas capacidades) e a nos escondermos com ele para nos entregarmos aos outros, para nos lembrarmos daquelas suas palavras: “Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna”[37]. Bento XVI referiu-se a estas palavras de Jesus como a formulação da “lei fundamental da existência humana”. E explica: “Isto é, quem quiser conservar a sua vida para si, viver só para si próprio, agarrar tudo para si e desfrutar todas as suas possibilidades… tal pessoa perde a vida. Esta torna-se chata e vazia. Somente no abandono de si mesmo, apenas no dom desinteressado de mim em favor do outro, unicamente no ‘sim’ à vida maior, própria de Deus, é que a nossa vida se torna vasta e grande. Assim este princípio fundamental, que o Senhor estabelece, em última análise identifica-se simplesmente com o princípio do amor”[38].

***

Santa Maria estava ao pé da Cruz, e está, portanto, presente, de modo inefável, cada vez que se renova o sacrifício eucarístico. “Comunicantes et memoriam venerantes, in primis gloriosae semper Virginis Mariae...Em comunhão com toda a Igreja, veneramos a sempre Virgem Maria...”[39]. É por isso que Ela é sempre mencionada na Oração Eucarística. Além disso, é natural considerar que o sangue de Cristo é o mesmo que corria pelas veias da sua Santíssima Mãe. Podemos recorrer a Ela com a oração da comunhão espiritual, que São Josemaria aprendeu de um padre esculápio e depois difundiu por todo o mundo, pedindo-lhe que recebamos cada dia o Senhor com aquela pureza, humildade e devoção com que Ela o recebeu[40].

S. Sanz Sánchez

Novembro 2009


Bibliografia básica

Catecismo da Igreja Católica, nn. 1322-1419

SÃO JOSEMARIA, É Cristo que passa, nn. 83-94

JOÃO PAULO II, Encíclica Ecclesia de Eucharistia, 17 de abril de 2003

BENTO XVI, Ex. Apost. Sacramentum caritatis, 22 de fevereiro de 2007

[1] Liturgia Horarum, Dominica XVII per Annum, Oratio [Liturgia das Horas, Domingo XVII do Tempo Comum, Oração].

[2] Jo6, 67.

[3] Jo6, 68.

[4] JOÃO PAULO II, Homiliana conclusão da XII Jornada Mundial da Juventude, Roma, 20 de agosto de 2000.

[5] JOÃO PAULO II, Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 5.

[6] Cfr. JOÃO PAULO II, Carta aos sacerdotes por ocasião da Quinta-feira Santa de 2000.

[7] Lc 22,15.

[8] SÃO JOSEMARIA, É Cristo que passa, n. 83.

[9] Mt28,20.

[10] Dan7, 14.

[11]Hoc enim fefcit semel semetipsum oferendo” [Pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo] (Heb 7, 27; cfr. Heb 9, 28).

[12] Cfr. Catecismo da Igreja Católica, nn. 1356 e ss; 1382 e ss.

[13] Missale Romanum, Prex Eucharistica III [Missal Romano, Prece Eucarística III].

[14] Jo 12, 24.

[15] Cfr. Jo 6, 1-15; Mt 15, 29-39.

[16] Bento XVI, Homiliano Domingo de Ramos, Roma 5 de abril de 2009.

[17] Cfr. Jo 6, 53-54.

[18] Trad.: “Como se ouvisse a tua voz que me dizia de cima: Sou alimento de adultos: cresce e poderás comer-me. E não me transformarás na tua substância, como sucede com a comida corporal, mas tu é que te transformarás em mim (SANTO AGOSTINHO, As Confissões, VII, 10, 16).

[19] Gal2, 20.

[20]BENTO XVI, Homiliana explanada de Marienfeld, Colônia, 21 agosto 2005.

[21] Jo6, 68.

[22] SÃO JOSEMARIA, É Cristo que passa, n. 88.

[23] SÃO JOSEMARIA, Forja, n. 826.

[24] CONCÍLIO VATICANO II, Constituição dogmática Lumen gentium, n. 11; Catecismo da Igreja Católica, nn. 1324-1327; BENTO XVI, Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, nn. 3, 17, etc.

[25] CONCÍLIO VATICANO II, Decreto Presbyterorum ordinis, n. 14.

[26] SÃO JOSEMARIA, Forja, n. 69; cfr. É Cristo que passa, 87; 102.

[27]Depois de tantos anos, aquele sacerdote fez uma descoberta maravilhosa: compreendeu que a Santa Missa é verdadeiro trabalho: operatio Dei, trabalho de Deus. E nesse dia, ao celebrá-la, experimentou dor, alegria e cansaço. Sentiu na sua carne o esgotamento de um labor divino” (SÃO JOSEMARIA, Via Sacra, XI Estação, Ponto de meditação n. 4).

[28] SÃO TOMÁS DE AQUINO, Hino Adoro te devote, quinta estrofe.

[29] “Pela celebração eucarística já nos unimos à. Liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos” (cfr. 1 Cor 15, 28), Catecismo da Igreja Católica, n. 1326; cfr. SÃO JOSEMARIA, É Cristo que passa, n. 89.

[30] Cfr. SÃO JOSEMARIA, Forja, n.436).

[31] Cfr. JOÃO PAULO II, Encíclica Ecclesia de Eucharistia, cap. 2, nn. 21-25.

[32] Cfr. ibidem, n. 39; Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, n. 15. Neste último documento o bispo é denominado “liturgista por excelência” (n. 39). Mons. Javier Echevarría, Bispo Prelado do Opus Dei, expressa-o nestes termos: “Como é importante que nos unamos à Cabeça visível, ao celebrar ou ao participar neste Santo Sacrifício! Todos bem unidos à Cabeça da Igreja universal, ao Papa; vocês a quem está à frente em cada Igreja particular, aos Bispos, e muito especialmente a este vosso Padre que o Senhor quis pôr como Cabeça visível e princípio de unidade nesta pequena parte da Igreja que é a Obra” (JAVIER ECHEVARRÍA, Carta pastoral por ocasião do Ano da Eucaristia, Roma, 6 de outubro de 2004).

[33] BENTO XVI, Homilia na clausura do Congresso Eucarístico Italiano, Bari 29 de maio de 2005.

[34] SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, Carta aos Efésios.

[35] JOSEPH RATZINGER, Introdução ao Espírito da Liturgia, ed. Loyola, São Paulo, p. 79.

[36]Para mim, o Sacrário foi sempre Betânia, o lugar tranquilo e aprazível onde está Cristo, onde lhe podemos contar as nossas preocupações, nossos sofrimentos, nossos anseios e nossas alegrias, com a mesma simplicidade e naturalidade com que lhe falavam aqueles seus amigos Marta, Maria e Lázaro. Por isso, ao percorrer as ruas de uma cidade ou de uma aldeia, alegra-me descobrir, mesmo de longe, a silhueta de uma igreja; é um novo Sacrário, uma nova ocasião de deixar que a alma se escape para estar em desejo junto do Senhor Sacramentado” (SÃO JOSEMARIA, É Cristo que passa, n. 154; cfr. Caminho, n. 322).

[37] Jo12, 25.

[38] BENTO XVI, Homilia no Domingo de Ramos, Roma, 5 de abril de 2009.

[39] Missale Romanum, Prex Eucharistica I seu Canon Romanus [Missal Romano, Prece Eucarística I ou Canon Romano].

[40] Cfr. ANDRÉS VÁZQUEZ DE PRADA, El fundador del Opus Dei, Volumen I, p. 50, nota 96.

Juan Gómez