O que é a Igreja?

O Catecismo da Igreja Católica fala da Igreja como assembleia, é o povo que Deus reúne no mundo inteiro. Mas, por que nasceu a Igreja? Quem a fundou? Quem são os seus sucessores? E a sua missão? Qual é a identidade dos cristãos?

1.O que é a igreja?

A palavra "Igreja" ["ekklésia", do grego "ekkaléin""chamar fora"] significa "convocação". Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religioso. É o termo frequentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembléia do povo eleito diante de Deus, sobretudo para a assembléia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu Povo santo. Ao denominar-se "Igreja", a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembléia. Nela, Deus "convoca" seu Povo de todos os confins da terra.
Na linguagem cristã, a palavra "Igreja" designa a assembléia litúrgica, mas também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Esses três significados são inseparáveis. "A Igreja" é o Povo que Deus reúne no mundo inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza como assembléia litúrgica, sobretudo eucarística. Ela vive da Palavra e do Corpo de Cristo e se torna, assim, Corpo de Cristo. (Catecismo da Igreja Católica 751-752)

Contemplar o mistério

O mais importante na Igreja não é ver como correspondemos nós, os homens, mas sim o que Deus realiza. A Igreja é isto mesmo: Cristo presente entre nós; Deus que vem até à humanidade para a salvar, chamando-nos com a sua revelação, santificando-nos com a sua graça, sustentando-nos com a sua ajuda constante, nos pequenos e grandes combates da vida de todos os dias. (É Cristo que passa, 131)

Pessoas de diversas nações, de diferentes raças, de ambientes e profissões muito diversas... Ao falar-lhes de Deus, sentes o valor humano e sobrenatural da tua vocação de apóstolo. É como se revivesses, na sua realidade total, o milagre da primeira pregação dos discípulos do Senhor: frases ditas em língua estranha, mostrando um caminho novo, foram ouvidas por cada um no fundo do seu coração, na sua própria língua. E pela tua cabeça passa, ganhando nova vida, a cena dos "partos, medos e elamitas..." que se aproximaram, felizes, de Deus! (Sulco, 186)

2. Por que nasceu a Igreja?

"O Pai eterno, por libérrimo e arcano desígnio de sua sabedoria e bondade, criou todo o universo; decidiu elevar os homens à comunhão da vida divina", à qual chama todos os homens em seu Filho: "Todos os que crêem em Cristo, o Pai quis chamá-los a formarem a santa Igreja". Esta "família de Deus" se constitui e se realiza gradualmente ao longo das etapas da história humana, segundo as disposições do Pai. Com efeito, "desde a origem do mundo a Igreja foi prefigurada. Foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será gloriosamente consumada(Lumen Gentium, 2)". (Catecismo da Igreja Católica, 759)

Contemplar o mistério

Amemos o Senhor, Nosso Deus; amemos a sua Igreja, escreve Santo Agostinho. A Ele como um pai; a Ela como uma mãe. (...)De que serve não ofender o Pai, se Ele vingará a Mãe, a quem ofendeis? (S. Agostinho, Enarrationes in Psalmos 88, 2, 14; PL 37, 1140). E São Cipriano declarava brevemente: Não pode ter Deus por Pai quem não tiver a Igreja por Mãe. (S. Cipriano, o.c.; PL 4, 502). (Amar a Igreja - Cap. 2)

O mesmo sucede na vida das instituições, singularissimamente na vida da Igreja, que obedece, não a um precário projeto do homem, mas a um desígnio de Deus. A Redenção, a salvação do mundo, é obra da amorosa e filial fidelidade de Jesus Cristo — e da nossa com Ele — à vontade do Pai celestial que o enviou. (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 1)

A Igreja é de Deus, e pretende um único fim: a salvação das almas. Aproximemo-nos do Senhor, falemos com Ele na oração cara a cara, peçamos-lhe perdão pelas nossas misérias pessoais e reparemos os nossos pecados e os dos outros homens que talvez, - neste clima de confusão - não consigam descobrir com que gravidade vêm ofendendo a Deus.(Amar a Igreja, Cap. 2)

3. Mas quem fundou a Igreja?

Compete ao Filho, Jesus Cristo, realizar o plano de Salvação do seu Pai, na plenitude dos tempos, esse é o motivo da sua “missão”. O Senhor Jesus deu início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras. Cristo, a fim de cumprir a vontade do Pai, deu começo na terra ao Reino dos Céus e revelou-nos o seu mistério, realizando, com a própria obediência, a redenção. A Igreja, ou seja, o Reino de Cristo já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus. (Lumen Gentium - 3, 5)

“Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença de Cristo”. Acolher a palavra de Jesus é "acolher o próprio Reino". Mas a Igreja nasceu primeiramente do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. "O começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado". (Catecismo da Igreja Católica, 764 - 766)

Contemplar o mistério

Cristo deu à sua Igreja a segurança da doutrina, a corrente de graça dos Sacramentos; e cuidou de que houvesse pessoas que nos pudessem orientar, que nos conduzissem, que nos trouxessem constantemente à memória o nosso caminho. Dispomos de um tesouro infinito de ciência: a Palavra de Deus, guardada pela Igreja; a graça de Cristo, que nos é administrada através dos Sacramentos; o testemunho e o exemplo dos que vivem retamente ao nosso lado, e que souberam construir com suas vidas um caminho de fidelidade a Deus. (É Cristo que passa, 34)

Deves fazer-te cada dia mais “romano”, amar essa condição bendita, que adorna os filhos da única e verdadeira Igreja, porque assim o quis Jesus Cristo. (Forja, 586)

Cristo vive na sua Igreja. “Digo-vos a verdade: a vós convém que eu vá, porque, se não for, o Consolador não virá a vós. Mas, se for, eu vo-lo enviarei”. Tais eram os desígnios de Deus: Jesus, morrendo na Cruz, dava-nos o Espírito de Verdade e de Vida. Cristo permanece na sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação e em toda a sua atividade. (É Cristo que passa, 102)

4. Como é que a missão de Cristo continua ao longo da história?

O Senhor Jesus dotou sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a plena consumação do Reino. Há antes de tudo a escolha dos Doze, com Pedro como seu chefe. Representando as doze tribos de Israel, eles são as pedras de fundação da nova Jerusalém. Os Doze e os outros discípulos participam da missão de Cristo, de seu poder, mas também de sua sorte (cf. Mt 10, 25 ; Jo 15, 20) . Por meio de todos os esses atos, Cristo prepara e constrói sua Igreja. (Catecismo da Igreja Católica, 763-765)

Como se narra nos Atos dos Apóstolos, os doze apóstolos são o sinal mais evidente da vontade de Deus sobre a existência e a missão da sua Igreja, a garantia de que entre Cristo e a Igreja não há contraposição: são inseparáveis, apesar dos pecados dos homens que constituem a Igreja.

Os apóstolos eram conscientes, porque assim o tinham recebido de Jesus, de que a sua missão iria perpetuar-se. Por isso preocuparam-se em encontrar sucessores a fim de que a missão que lhes tinha sido confiada continuasse após a sua morte, como o testemunha o livro dos Atos dos Apóstolos. Deixaram uma comunidade estruturada através do ministério apostólico, sob a condução dos pastores legítimos, que a edificam e a sustêm na comunhão com Cristo e o Espírito Santo na qual todos os homens são chamados a experimentar a salvação oferecida pelo Pai.

Contemplar o mistério

Mas, o que é a Igreja? Onde está a Igreja? Muitos cristãos, aturdidos e desorientados, não recebem resposta segura a estas perguntas, e chegam talvez a pensar que os ensinamentos que o Magistério formulou através dos séculos - e que os bons Catecismos propunham com toda a precisão e simplicidade - foram superados e hão-de ser substituídos por outros novos. (…)

A Igreja, hoje, é a mesma que Cristo fundou, e não pode ser outra. Os Apóstolos e os seus sucessores são vigários de Deus para o governo da Igreja, fundamentada na fé e nos Sacramentos da fé. E assim como não lhes é lícito estabelecer outra Igreja, não podem também transmitir outra nem instituir outros sacramentos, porque pelos Sacramentos que jorraram do peito de Cristo pendente da Cruz é que foi construída a Igreja (S. TOMÁS, S. Th. III, q.64, a.2 ad 3).

A Igreja há-de ser reconhecida pelas quatro notas indicadas na confissão de fé de um dos primeiros Concílios e que nós rezamos no Credo da Missa:Uma única Igreja, Santa, Católica e Apostólica (Símbolo constantinopolitano). Essas são as propriedades essenciais da Igreja, que derivam da sua natureza, tal como Cristo a quis. E, por serem essenciais, são também notas, sinais que a distinguem de qualquer outro tipo de união humana, embora nestas se ouça também pronunciar o nome de Cristo. (Amar a Igreja, Cap. 1)

5. Quem faz parte da Igreja?

Nas cartas de S. Paulo nomeiam-se os membros da Igreja como “concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra angular (Efésios 2, 19-20).

“Fiéis são aqueles que, por terem sido incorporados em Cristo pelo batismo, foram constituídos em povo de Deus e por este motivo se tornaram a seu modo participantes do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo” (Código de Direito Canônico, 204, 1; cf. Lumen Gentium, 31).

Ser cristão, ter recebido o batismo, não deve ser considerado como coisa indiferente e sem valor, antes deve marcar profunda e ditosamente a consciência de todos os batizados

“Comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Cristo;(...) portanto reina, a igualdade entre todos quanto à dignidade e quanto à atuação, comum a todos os fiéis, em favor da edificação do corpo de Cristo.” (Código de Direito Canônico, 208; cf. Lumen Gentium, 32).
(Catecismo da Igreja Católica 871-872)

Contemplar o mistério

O chamado de Deus, o caráter batismal e a graça, fazem que cada cristão possa e deva encarnar plenamente a fé. Cada cristão deve ser alter Christus, ipse Christus — outro Cristo, o próprio Cristo —, presente entre os homens. (…) "É necessário voltar a dar toda a sua importância ao fato de o cristão haver recebido o santo batismo, isto é, ao fato de ter sido enxertado, mediante esse sacramento, no corpo místico de Cristo, que é a Igreja... O fato de ser cristão, de se haver recebido o batismo, não deve ser considerado como indiferente ou sem valor, antes deve marcar profunda e ditosamente a consciência de todo o batizado". (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 58)

Estou certo de que cada um de nós, ao ver nestes dias como tantos cristãos exprimem de mil formas diferentes o seu carinho pela Virgem Santa Maria, se sentirá também mais dentro da Igreja, mais irmão de todos os seus irmãos. É como uma reunião de família, em que os filhos já adultos, que a vida separou, voltam a encontrar-se junto de sua mãe por ocasião de uma festa. E se uma vez ou outra discutiram entre si e se trataram mal, naquele dia é diferente; naquele dia sentem-se unidos, reconhecem-se todos no afeto comum. (É Cristo que passa, 139)

6. É necessário pertencer à Igreja para se salvar?

Cristo mesmo é o mistério da salvação: "Non est enim aliud Dei mysterium, Christus - Pois não existe outro mistério de Deus a não ser Cristo”. A obra salvífica de sua humanidade santa e santificante é o sacramento da salvação que se manifesta e age nos sacramentos da Igreja (que as Igrejas do Oriente denominam também "os santos mistérios"). Os sete sacramentos são os sinais e os instrumentos pelos quais o Espírito Santo difunde a graça de Cristo, que é a Cabeça, na Igreja, que é seu Corpo. A Igreja contém, portanto, e comunica a graça invisível que ela significa. É neste sentido analógico que ela é chamada de "sacramento".

"A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano" (Lumen Gentium, 1). Ser o sacramento da união íntima dos homens com Deus é o primeiro objetivo da Igreja. Visto que a comunhão entre os homens está enraizada na união com Deus,a Igreja é também o sacramento da unidade do gênero humano. Nela, esta unidade já começou, pois ela congrega homens"de toda nação, raça, povo e língua" (Ap 7,9); ao mesmo tempo, a Igreja é "sinal e instrumento" da plena realização desta unidade que ainda deve vir.

Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo. "Nas mãos dele, ela é o instrumento da Redenção de todos os homens", o sacramento universal da salvação"(Lumen Gentium, 9). pelo qual Cristo "manifesta e atualiza o amor de Deus pelos homens". Ela "é o projeto visível do amor de Deus pela humanidade" (Gaudium et Spes, 45), segundo o qual Deus quer quer que o "gênero humano inteiro constitua o único povo de Deus, se congregue no único Corpo de Cristo, seja construído no único templo do Espírito Santo". (Catecismo da Igreja Católica, 749, 774-776)

Contemplar o mistério

Na Igreja, há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos homens. E desta tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com os Sacramentos do Batismo e da Confirmação. Todos devemos sentir-nos responsáveis por essa missão da Igreja, que é a missão de Cristo. Quem não tiver zelo pela salvação das almas, quem não procurar com todas as suas forças que o nome e a doutrina de Cristo sejam conhecidos e amados, não compreenderá a apostolicidade da Igreja. (Amar a Igreja, Cap. 1)

A Igreja não tem por que empenhar-se em agradar aos homens, visto que os homens - nem sós nem em comunidade - nunca darão a salvação eterna. Quem salva é Deus. (Amar a Igreja, Cap. 2)

Nosso Senhor Jesus Cristo, que fundou a Santa Igreja, espera que os membros deste povo se empenhem continuamente em alcançar a santidade. Nem todos respondem com lealdade à sua chamada. E é por isso que se notam na Esposa de Cristo, ao mesmo tempo, a maravilha do caminho de salvação e as misérias daqueles que o percorrem. (Amar a Igreja, Cap. 1)

7. Qual é a identidade dos cristãos, do Povo de Deus?

O Povo de Deus tem características que o distinguem nitidamente de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história:

– Ele é o Povo de Deus: Deus não pertence, como propriedade, a nenhum povo. Mas adquiriu para si um povo dentre os que outrora não eram um povo: "Uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa" (1Pd 2,9);

– A pessoa torna-se membro deste povo não pelo nascimento físico, mas pelo "nascimento do alto", "da água e do Espírito" (Jo 3,3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo Batismo;

– Este povo tem por Chefe (Cabeça) Jesus Cristo (Ungido, Messias); pelo fato de a mesma Unção, o Espírito Santo, fluir da Cabeça para o Corpo, ele é "o Povo messiânico”;

— A condição deste povo é a dignidade da liberdade dos filhos de Deus: nos corações deles, como em um templo, reside o Espírito Santo;

— "Sua lei é o mandamento novo de amar como Cristo mesmo nos amou" (cf. Jn 13, 24)». É a lei "nova" do Espírito Santo (Rm 8, 2; Gal 5, 25);

– Sua missão é ser o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5, 13-16). "Ele constitui para todo o gênero humano o mais forte germe de unidade, esperança e salvação" (Rm 8,2; Ga 5, 25);

– Finalmente, sua meta é "o Reino de Deus, iniciado na terra por Deus mesmo, Reino a ser estendido mais e mais, até que, no fim dos tempos, seja consumado por Deus mesmo". (Catecismo da Igreja Católica, 782)

Contemplar o mistério

Ao trazer-te à Igreja, o Senhor pôs na tua alma um selo indelével, por meio do Batismo: és filho de Deus. - Não o esqueças. (Forja, 264)

Deus está metido no centro da tua alma, da minha, e na de todos os homens em graça. E está para alguma coisa: para que tenhamos mais sal, e para que adquiramos muita luz, e para que saibamos distribuir esses dons, cada um a partir do lugar onde está. E como poderemos distribuir esses dons de Deus? Com humildade, com piedade, bem unidos à nossa Mãe a Igreja. - Lembras-te da videira e dos ramos? Que fecundidade a do ramo unido à videira! Que cachos generosos! E que esterilidade a do ramo separado, que seca e perde a vida! (Forja, 932)

Pede a Deus que na Igreja Santa, nossa Mãe, os corações de todos, como na primitiva cristandade, sejam um só coração, para que até o fim dos séculos se cumpram de verdade as palavras da Escritura: "Multitudinis autem credentium erat cor unum et anima una" - a multidão dos fiéis tinha um só coração e uma só alma. - Falo-te muito seriamente: que por ti não se lese esta unidade santa. Medita-o na tua oração! (Forja, 632)

8. Qual é a missão da Igreja?

A Igreja é, por sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todos os povos para fazer deles discípulos (cf. Mt 28, 19-20; Ad gentes 2,5-6).

Para realizar sua missão, o Espírito Santo "dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos" (Lumen Gentium 4). Por isso a Igreja, enriquecida com os dons de seu Fundador e empenhando-se em observar fielmente seus preceitos de caridade, humildade e abnegação, recebeu a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus e de estabelecê-lo em todos os povos; deste Reino ela constitui na terra o germe e o início. "A Igreja... só terá sua consumação na glória celeste (Lumen Gentium 48), quando do retomo glorioso de Cristo" (Lumen Gentium 48). Até aquele dia, "a Igreja avança em sua peregrinação por meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus" (Santo Agostinho, De civitate Dei 18, 51; cf. Lumen Gentium 8). (Catecismo da Igreja Católica, 767-769)

Contemplar o mistério

Que bondade a de Cristo ao deixar à sua Igreja os Sacramentos! - São remédio para cada necessidade. - Venera-os e fica muito agradecido ao Senhor e à sua Igreja. (Caminho, 521)

A nossa Santa Mãe a Igreja, em magnífica extensão de amor, vai espalhando a semente do Evangelho por todo o mundo. De Roma até à periferia. - Ao colaborares tu nessa expansão, pelo orbe inteiro, deves levar a periferia ao Papa, para que a terra toda seja um só rebanho e um só Pastor: um só apostolado! (Forja, 638)

Um cristão não pode deter-se apenas nos seus problemas pessoais, mas deve viver de olhos postos na Igreja Universal, pensando na salvação de todas as almas. (É Cristo que passa, 145)

Defender a unidade da Igreja traduz-se em vivermos muito unidos a Jesus Cristo, que é a nossa vide. Como? Aumentando a nossa fidelidade ao Magistério perene da Igreja. (Amar a Igreja, Cap. 1)

Universalidade da caridade significa, por isso, universalidade do apostolado; significa traduzirmos em obras e de verdade o grande empenho de Deus, que quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. (Amigos de Deus, 230)

9. Que características a Igreja tem?

A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança (cf. Ef 4, 3-5),no fim da qual serão superadas todas as divisões. A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é "imaculada (feita) de maculados" ("ex maculatis immaculata"). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria esta já é a toda santa. A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; "ela é, por sua própria natureza, missionária" (Ad Gentes, 2).A Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: "Os doze Apóstolos do Cordeiro" (Ap 21, 14); ela é indestrutível (Mt 16, 18);é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa por meio de Pedro e dos demais apóstolos, presentes em seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos. "A única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica... subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, embora fora de sua estrutura visível se encontrem numerosos elementos de santificação e de verdade"(Lumen Gentium,8). (Catecismo da Igreja Católica, 866-870)

Contemplar o mistério

Pudemos contemplar o mistério da Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica. É hora de nos perguntarmos: compartilho com Cristo da sua ânsia de almas? Peço por esta Igreja de que faço parte, onde devo realizar uma missão específica que ninguém mais pode realizar por mim? Estar na Igreja já é muito, mas não basta. Devemos ser Igreja, porque a nossa Mãe nunca há de ser para nós estranha, exterior, alheia aos nossos pensamentos mais profundos. (Amar a Igreja, Cap. 1)

Defender a unidade da Igreja traduz-se em vivermos muito unidos a Jesus Cristo, que é a nossa vide. Como? Aumentando a nossa fidelidade ao Magistério perene da Igreja: Na verdade, não foi prometido o Espírito Santo aos sucessores de Pedro para que por sua revelação manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com a sua assistência, santamente preservassem e fielmente exprimissem a revelação transmitida pelos Apóstolos ou depósitos da fé. Assim conservaremos a unidade: venerando esta Nossa Mãe sem mancha e amando o Romano Pontífice. (Amar a Igreja, Cap. 1)

Ao reconhecermo-nos parte da Igreja e convidados a sentir-nos irmãos na fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une a toda a humanidade: porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os povos. (É Cristo que passa, 139)