Ter fé é como pertencer a uma família. Sinto que Deus e a Igreja são a minha família. E isso traz uma enorme segurança na minha vida. A fé é algo que segura a minha mão quando as coisas são difíceis ainda que soe um pouco a ridículo, é assim!

A fé estará sempre lá, é uma segurança que não nos abandona. Atualmente e na minha idade, é difícil encontrar – nesta época mais do que nunca – algo que te dê tanta certeza, uma segurança que não dá para encontrar na internet, nem na televisão. Dá para encontrar uma segurança temporária nessas coisas, claro, mas não é algo que, verdadeiramente, realmente, que faça você sentir que pertence a uma família.

A fé dá um objetivo na vida. Que é muito mais do que, sabe, viver cada dia. Você tem um motivo pelo qual que viver. Isso é o que a fé me dá: uma sensação de plenitude, de bem-estar... algo sem o qual não poderia viver.

Vivo numa sociedade multirreligiosa e multicultural e isso é uma coisa maravilhosa: ver que há tanta gente que crê em algo e culturas tão diferentes é uma bênção. Mas ao mesmo tempo, às vezes, é muito duro conservar a tua fé católica, especialmente em Inglaterra.

Estive na Jornada Mundial da Juventude de Madri no verão e havia lá milhões e milhões de jovens católicos. Da minha idade, ou mais velhos... todos jovens. Foi incrível, realmente foi... E lá não havia problema! Você podia gritar a sua fé, ou cantar canções religiosas no Metrô.

Foram uns dias loucos, em que me senti em família. Depois voltei a Inglaterra, a Londres, e tudo aquilo desapareceu. Mas ficou-me o espírito desses dias, trouxe esse espírito alegre de amor, de simpatia, esses dias de fé regressaram comigo para casa. E são muito úteis para a minha vida diária, para as coisas mais simples: como oferecer a cadeira a alguém, coisas assim pequenas ou falar da fé de modo aberto e positivo.

São coisas pequenas que me devolvem o espírito vivido naqueles dias e dão segurança naquilo em que acredito.

“Como é bela a nossa Fé Católica! - Dá solução a todas as nossas ansiedades, e aquieta o entendimento, e enche de esperança o coração.” S. Josemaria, Caminho, n. 582