
Sábado Santo: o dia do grande silêncio
O Sábado Santo é o único dia do ano em que não se celebra a Santa Missa, por isso não há Evangelho. Propomos algumas considerações.
O Sábado Santo é o único dia do ano em que não se celebra a Santa Missa, por isso não há Evangelho. Propomos algumas considerações.
«Ide à povoação que está em frente e, logo à entrada, vereis um jumentinho preso, que ninguém montou ainda. Soltai-o e trazei-o. E se alguém perguntar por que fazeis isso, respondei: ‘O Senhor precisa dele, mas não tardará em mandá-lo de volta’». Jesus desata-nos, como fez com aquele burrinho, para nos tornar participantes da sua glória, da sua entrega incondicional. É este o nosso destino, a nossa maravilhosa aventura. Deus tinha um plano para aquele burrinho.
“Retirou-Se para uma região próxima do deserto, para a cidade chamada Efraim, e lá esteve com os seus discípulos”. Imitando Nosso Senhor, considerar a importância de vivermos recolhidos para nos prepararmos bem para a Semana Santa e para a grande festa da Páscoa.
“Realmente João não realizou nenhum sinal milagroso, mas tudo quanto disse deste homem era verdade”. Agora que se aproxima a Semana Santa podemos talvez fazer um esforço especial, para escutar com atenção como as grandes histórias, símbolos e imagens da História de Israel têm o seu cumprimento em Jesus. O Senhor encontra-se em Jerusalém por ocasião da festa da Dedicação do Templo e aproveita uma discussão com os chefes dos judeus para mostrar que Ele é o verdadeiro Filho de Deus e o verdadeiro Templo.
Comentário sobre a solenidade da Anunciação. “Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: - «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo»". Contemplando a nossa Mãe Imaculada, bela, totalmente pura, humilde, sem orgulho nem presunção, podemos reconhecer o nosso verdadeiro destino, a nossa vocação mais profunda: ser amados, ser transformados pelo amor, pela beleza de Deus.
"O escravo não fica para sempre em casa; o filho é que fica para sempre”. Foram muitos os que seguiram o Senhor ao longo da sua vida, mas muito poucos os que souberam permanecer na sua palavra até ao fim. De certa forma, poderíamos dizer que foram poucos os que se comportaram como filhos. Aqueles que não perseveraram fugiram porque a sua fidelidade, a sua atitude, a sua aparente retidão de intenção, era a de um escravo.
“Vós sois cá de baixo. Eu sou lá de cima”. Às vezes podemos enfrentar-nos com esta situação na nossa oração: pensamos que Jesus não nos escuta, que não nos entende; ou, pior ainda, que nos está a esconder algo. Contudo, vale a pena que nesta reta final da Quaresma nos perguntemos se a nossa escassa capacidade de escutar o Senhor não será consequência da nossa falta de espírito de sacrifício.
“Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!” Ou desumano, por condenar uma mulher, ou blasfemo, por ir contra a Lei de Moisés. Os fariseus e escribas pensaram que Jesus não teria escapatória no caso que Lhe apresentam. Porém, mais uma vez o Senhor lhes deu uma lição maravilhosa daquela criatividade do amor de que tanto fala o Papa Francisco, desta vez aplicada à forma de salvar uma pecadora.
“Quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim”. O afã redentor de Jesus leva-o a aceitar o sacrifício da cruz, a glorificar o Pai e a atrair todos ao seu amor. Na Santa Missa, cada um de nós pode identificar-se com a alma sacerdotal de Jesus e converter toda a vida numa entrega amorosa aos outros.
“Nunca nenhum homem falou assim”. As personagens do evangelho mostram diferentes maneiras de escutar Jesus e convidam-nos a deixar que as sus palavras se transformem em vida.
Fé é a marca da identidade de José. E dessa fé beneficiámos inúmeras pessoas ao longo da história. Como nos diz a segunda leitura da missa de hoje, Abraão foi constituído pai de uma descendência incontável graças à sua fé. Hoje somos especialmente convidados a viver da fé, com a certeza de que inumeráveis pessoas se aproximarão de Deus graças a ela.
“Investigai as Escrituras, dado que julgais ter nelas a vida eterna: são elas que dão testemunho a meu favor”. O conhecimento e o estudo da Escritura são o caminho para aprofundar a nossa fé em Jesus Cristo.