“Desejo agradecer a cada um tudo o que realizaram antes, durante e depois dos inesquecíveis dias da canonização. Aprendi directamente de São Josemaría que o agradecimento é uma virtude importante. Por isso vos disse e repito: obrigado”.
Com estas palavras de saudação descreveu Umberto Farri, presidente do Comité organizador da canonização de Josemaría Escrivá, o motivo do encontro.
Piero Cavaglià, apresentador da velada, deu início, em primeiro lugar, à projecção de parte do video que realizou Alberto Michelini com as melhores imagens dos dias da canonização. “Colaboraram de diversas maneiras na organização – comentou Piero Cavaglià ao apresentar o video -, e sabem melhor do que ninguém que este dom imenso levou consigo não poucas vezes esforço e sacrifício, ainda que gostosamente o repetiríam.”
Autoridades civis, representantes da Câmara Municipal de Roma, da Polícia, da Guarda suíça, da Guarda das finanças, do Aeroporto de Roma, do porto de Civitavechia, dos voluntários romanos e familiares e amigos, famílias que ofereceram a casa a quem veio à canonização...: no total, cerca de 800 pessoas encontraram-se no auditório. Não faltava uma representação dos 150 médicos, enfermeiras e estudantes da Universidade Campus Bio-Médico de Roma, que colaboraram no atendimento médico da canonização. Chiara Ticchi, estudante de medicina, recordou o clima especial que se gerou durante a canonização, que levou muitos romanos a pedir espontaneamente informação sobre o novo santo. “Ser voluntária –acrescentou - permitiu-me tocar a universalidade da mensagem de Josemaría Escrivá. Ver gente de todo o mundo que vive a mesma fé em países e povos distintos fez-me sentir cidadã do mundo. Da canonização gosto de recordar isto”.
O programa consistiu num serão musical na qual se intercalaram testemunhos e recordações vividas por diferentes pessoas que colaboraram com a canonização. A orquestra de câmara Ars Ludi, do maestro Dina Guetti, interpretou um conjunto de temas clássicos, como o Glória de Vivaldi e o Va’ pensiero de Verdi, com a colaboração de três coros: os “Carabinieri”, os “Cantores in laetitia” e o do Campus Biomédico. Entre outros momentos significativos, recordou-se a chegada de milhares de peregrinos ao porto de Civitavechia. Uma vereadora da câmara desta cidade, presente no acto, comunicou que a corporação municipal acabava de aprovar a dedicação de uma praça a São Josemaría.
Projectou-se também um breve vídeo, “Entre a gente do 6 de outubro”, realizado pelo Centro ELIS de Roma. “Gostei muito – comentou depois Isabelle Cassarà, voluntária romana - porque fez-me reviver momentos inesquecíveis. A 6 e 7 de outubro estive na praça de S. Pedro, e emocionei-me ao ver outra vez toda aquela gente que se sentia parte de uma família. Foi muito bonito poder ajudá-los a que se sentissem como se estivessem em casa.”
Marco Simeon, em nome da cooperativa “El Cammino” de San Remo, contou como conheceu o novo santo. Esta cooperativa dedica-se à plantação e cuidado de zonas verdes nas diversas cidades de Itália, e dá emprego e facilita a inserção laboral de pessoas marginais. Os colegas de trabalho de Simeon colaboraram na canonização com 7 000 flores. Rosas, cravos e antúrios adornaram os lados do altar. “Contribuímos com adornos florais –disse Marco Simeon, delegado de relações públicas da cooperativa – mas não fomos os únicos. Do Equador, enviaram 40 000 flores para adornar a escadaria da Praça de S. Pedro. Foi muito bonito poder colaborar na canonização deste modo, precisamente como gostava S. Josemaría, com o próprio trabalho.”