Turquia: uma viagem pela unidade dos cristãos

Bento XVI desloca-se à Turquia a convite do patriarca ecuménico Bartolomeu I. De 28 de Novembro a 1 de Dezembro manterá diversos encontros, especialmente com os católicos do país, que são à volta de 0,04% de uma população de 72 milhões de pessoas. Eis o programa da visita.

28 de NOVEMBRO

Chegada

à capital turca, Ankara (13 h.).

Visita ao Mausoléu de Ataturk, “pai dos turcos”, que proclamou a República turca em 1923.

Visita ao presidente da República turca, Ahmet Necdet Sezer.

Encontro com o presidente para os assuntos religiosos, Alì Bardokoglu, gran muftí, máxima autoridade islâmica , assim como com o corpo diplomático na Nunciatura apostólica.

29 de NOVEMBRO Viagem a Esmirna e a Éfeso , onde viveu e esteve preso o Apóstolo Paulo, assim como São João Evangelista, acompanhado, segundo a tradição, pela Virgem Maria. Nesta cidade celebrou-se no ano 431 o Concílio que proclamou a Virgem Maria “Theotokos”, quer dizer, “Mãe de Deus”.

Santa Missa no Santuário de “Meryem Ana Evi” ou “Casa de Maria”.

Viagem para Istambul, a antiga Constantinopla. Visita de oração à Igreja Patriarcal de São Jorge.

Encontro privado com Sua Santidade Bartolomeu I , patriarca ecuménico (ortodoxo) de Constantinopla.

Bartolomeu I, patriarca ecuménico, com quem Bento XVI assinará uma declaração conjunta.

30 de NOVEMBRO - FESTA DE SANTO ANDRÉ.

Divina Liturgia na Igreja patriarcal de São Jorge. Assinatura de uma Declaração Conjunta . O pontífice cumprirá assim o objectivo original da sua viagem: responder ao convite do Patriarca ecuménico Bartolomeu I para participar na festa do padroeiro desse Patriarcado, Santo André, que se celebra em 30 de Novembro.

Visita do Museu de Santa Sofia.

Oração na Catedral arménia apostólica e encontro com Sua Beatitude o Patriarca Mesrob II.

Encontros com o Metropolita sirio-ortodoxo e o Grande Rabino da Turquia.

1 de DEZEMBRO

Santa Missa na Catedral do Espírito Santo , em Istambul.

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Bento XVI espera que a sua visita à Turquia sirva para avançar no diálogo entre os cristãos para a unidade plena, quebrada há quase um milénio.

Assim o confessou o próprio Pontífice esta sexta-feira no discurso que dirigiu aos participantes na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

”A minha iminente visita a Sua Santidade Bartolomeu I e ao patriarcado ecuménico será um novo sinal de apreço pelas Igrejas ortodoxas e servirá como estímulo – assim o esperamos – para apressar o passo para o restabelecimento da plena comunhão”.

A visita apostólica tem lugar em resposta ao convite pessoal de Bartolomeu I por motivo da festa de Santo André, apóstolo, irmão mais velho de São Pedro e fundador do Patriarcado de Constantinopla, que se encontra na actual Istambul.