O Papa recordou que Brindisi, que tinha sido "um lugar de embarque para o Oriente", continua a ser "uma porta aberta para o mar" e neste porto desembarcam agora numerosos fugitivos do Leste da Europa, que recebem "refúgio e assistência".
"Essa solidariedade – sublinhou – faz parte das virtudes que constituem o vosso rico património civil e religioso. (...) Entre os valores enraizados na vossa terra gostava de recordar o respeito pela vida e especialmente o apego à família, hoje exposta ao ataque de numerosas forças que tentam debilitá-la. Quão necessário e urgente é, também face a estes reptos, que todas as pessoas de boa vontade se comprometam a defender a família, base sólida sobre a qual construir a vida de toda a sociedade!"
Dirigindo-se depois aos jovens, o Santo Padre afirmou que conhecia muito bem quer a sua vontade de viver quer os problemas que os afligiam. "Conheço em particular – disse – o peso que oprime tantos de vós e pesa sobre o vosso futuro devido ao fenómeno dramático do desemprego. (...) Do mesmo modo sei que a vossa juventude está assediada pela lisonja de lucros fáceis, da tentação de se refugiarem em paraísos artificiais ou de formas distorcidas de satisfação material".
"Não sucumbais às insídias do mal! – exclamou. Procurai antes que tudo uma existência rica de valores, para dar vida a uma sociedade mais justa e aberta ao futuro. (...) Depende de vós (...) que o progresso chegue a ser um bem para todos. E o caminho do bem tem um nome: Amor".
"O amor de Deus tem o rosto doce e compassivo de Jesus Cristo. Este é o fulcro da mensagem cristã, Cristo é a resposta às vossas perguntas e problemas. (...) Segui-O fielmente e para O encontrar amai a Sua Igreja, senti-vos responsáveis por ela, não deixeis de ser, cada um no seu âmbito, protagonistas decididos".
"Sois o rosto jovem da Igreja – concluiu Bento XVI; não deixeis de lhe dar o vosso contributo para que o Evangelho que proclama se difunda em toda a parte. Sede apóstolos dos da vossa idade".