O Santo Padre recordou que “este ano se celebra o 40 aniversário da declaração Nostra aetate, do Concílio Vaticano II, que contribuiu enormemente para o fortalecimento do diálogo do diálogo judio-católico. Que este aniversário – disse – seja ocasião para um renovado compromisso que fomente o entendimento e a cooperação ao serviço da construção de um mundo cada vez mais firmemente baseado no respeito pela imagem divina em todos os seres humanos”.

Os rabinos, que formam parte da Fundação “Pave The Way”, agradeceram ao Santo Padre “todos os esforços levados a cabo nos seus 26 anos de pontificado para reconciliar a abater os muros do ódio”. Durante a audiência recitaram uma oração em honra de João Paulo II.

O Presidente de “Pave The way”, Cary Krupp, afirmou que o objectivo da fundação é “reunir homens e mulheres de boa vontade para abater com determinação os obstáculos que se levantem ao percorrer o caminho da reconciliação entre as religiões. O Papa fê-lo durante decénios e o mínimo que podemos fazer é agradecer-lhe pelo que fez pelo povo judeu no mundo. Pela nossa parte, trabalhamos seriamente para conseguir a paz na terra”, disse Krup.

O rabino Jack Bemporad do Centro de Entendimento Inter-religioso manifestou que a partir do Concílio Vaticano II e sob a condução de João Paulo II, a Igreja Católica deu passos muito importantes para construir novas relações com os judeus, baseados no afecto e a reciprocidade sinceros. Antes de João Paulo II nenhum Papa fez tanto ou se preocupou também tanto por criar uma relação fraterna entre católicos e judeus. Estou convencido que João Paulo II será considerado como o grande sanador das relações entre Judeus e católicos. Ao chegar ao Vaticano, nós, os rabinos e todo o mundo, dizemos: ‘muito obrigado’”, concluiu.