O dia 25 de junho de 1944 foi uma data muito significativa na história do Opus Dei, com a ordenação dos seus três primeiros sacerdotes: Álvaro del Portillo, José Luis Múzquiz e José María Hernández Garnica. Eram os três engenheiros e uns anos antes tinham pedido a admissão no Opus Dei como numerários.
Terminada a Guerra Civil espanhola, São Josemaria propôs o chamamento ao sacerdócio a Álvaro del Portillo e a José María Hernández Garnica, que responderam afirmativamente. Dois anos mais tarde, José Luis Múzquiz juntou-se à que seria a primeira leva de sacerdotes do Opus Dei.
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Para se prepararem, os três jovens estudaram Filosofia e Teologia, e fizeram exames como alunos voluntários no seminário de Madrid. Uma vez erigida a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, em dezembro 1943, fizeram-no como alunos da Sociedade Sacerdotal.
Josemaria Escrivá pregou-lhes uns exercícios espirituais no mosteiro do Escorial pouco antes da ordenação, de 13 a 20 de maio. José Luis Múzquiz recordava que durante esses dias Escrivá lhes insistia na necessidade de ter vida interior e dizia: «Tendes que ter uma conversa contínua com Deus. Deveis ver as contrariedades diante de Deus; as humilhações, tendes de oferecê-las».
Álvaro, José Luis e José María receberam a ordenação presbiteral em 25 de junho de 1944, na capela do Paço episcopal. O bispo de Madrid, D. Leopoldo Eijo y Garay, presidiu à cerimónia.
São Josemaria não esteve presente porque desejava que os seus filhos sacerdotes tivessem todo o protagonismo nesse dia e porque quis oferecer a Deus o sacrifício da sua ausência. À mesma hora em que estavam a ser ordenados, celebrava Missa na residência Donadío, ajudado por José María Albareda.
Após a sua ordenação, os novos sacerdotes visitaram a nunciatura para cumprimentar D. Gaetano Cicognani, e regressaram depois a Donadío, onde se deu um encontro emotivo com São Josemaria.
Um marco na história da Obra
A ordenação de Álvaro del Portillo, José Luis Múzquiz e José María Hernández Garnica marcou um ponto-chave na história do Opus Dei, que nesse momento se encontrava numa fase de expansão por Espanha e dentro de pouco tempo, por outros países. Depois de receberem a ordenação, cada um deles serviu a Igreja e o Opus Dei por caminhos diferentes.
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A partir de 1946, Álvaro del Portillo fixou residência em Roma, onde trabalhou estreitamente com o Fundador nas tarefas apostólicas do Opus Dei. Também serviu a Igreja como consultor de vários dicastérios da Cúria romana e participou ativamente nos trabalhos do Concílio Vaticano II. Depois do falecimento de Escrivá, Del Portillo foi eleito como seu sucessor, até à sua morte em 1994. Foi beatificado em 2014.
José Luis Múzquiz colaborou na expansão do Opus Dei nos Estados Unidos e em vários países da Ásia, e, na Europa, em Espanha e Suíça. Em 1976, regressou aos Estados Unidos, onde viveu até à sua morte em 1983. Em 2011, começou a sua causa de beatificação e canonização.
José María Hernández Garnica impulsionou em Espanha o trabalho apostólico do Opus Dei entre as mulheres. Exerceu igualmente o seu ministério em vários países europeus como Inglaterra, Irlanda, França, Áustria, Alemanha, Suíça, Bélgica e Holanda. Faleceu em 1972. A sua causa de beatificação e canonização começou em fevereiro de 2005.
A partir de 25 de junho de 1944, têm-se sucedido as ordenações de membros do Opus Dei de cada vez mais países, para vivificar e expandir os apostolados da Obra e servir a Igreja.