O Cardeal Arcebispo de Madrid, D. Antonio M.ª Rouco, apresentou no passado dia 27 de Janeiro a edição crítico-histórica de “Santo Rosário”, livro escrito por São Josemaría Escrivá em 1931. Qualificou-o como um “livro atual que move à contemplação cristológica, que nos ajuda a saborear e a contemplar a vida de Cristo”.
Para além do Cardeal intervieram também Pedro Rodriguez, diretor da edição crítico-histórica, Miguel Angel Garrido, catedrático de Teoria da Literatura, e José Luis Illanes, diretor do Instituto Histórico São Josemaría Escrivá de Balaguer.
Todos os oradores destacaram o facto comovente de esta apresentação se realizar no mesmo local em que o fundador do Opus Dei escreveu, há 80 anos o livro “Santo Rosário”, na igreja do Real Mosteiro de Santa Isabel.
Já foram editados mais de 1.300.000 exemplares do “Santo Rosário” em 29 idiomas. A edição crítica recolhe em 370 páginas a história das suas edições, gravuras, difusão e contexto espiritual.
Um livro para preparar a Jornada Mundial da Juventude
O Cardeal D. Antonio Rouco disse que “o livro nos ajuda a contemplar a vida do Senhor, a saborear e a compreender com riqueza e profundidade os mistérios da Sua vida e com o seu estilo moderno e acessível é uma ajuda a todos, famílias e jovens, para viver a oração mariana”.
Disse também que a sua leitura “pode ser uma ajuda excepcional para os jovens que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude, já que estimula a sua vida cristã”.
José Luis Illanes recordou que, desde a sua criação em 2001, o Instituto Histórico trabalha nas bases documentais e leva a cabo “edições científicas” das obras de S.Josemaria, com a finalidade de “servir a Igreja”. O cardeal animou o Instituto a “continuar o seu trabalho de dar a conhecer a história da Igreja”.
“Fizemos até agora – acrescentou Illanes – as edições crítico-históricas de “Caminho” e do “Santo Rosário” e preparamos as de outras obras muito divulgadas, como “Temas actuais do Cristianismo”, “Cristo que passa”, “La Abadesa de las Huelgas” e uma coleção de discursos académicos”.
Pedro Rodríguez, diretor da edição, em que trabalharam também Constantino Anchel e Javier Sesé, explicou as origens do livro, escrito “aqui” nos dias da Novena da Imaculada de dezembro de 1931, e "de uma tirada", depois de celebrar Missa, como recordava S.Josemaria. Pedro Rodríguez disse que “a tirada de Santa Isabel é de Deus”, que recebe um autor que “quer levar o leitor à contemplação das cenas da vida de Cristo e não só à oração vocal”.
"Grande descoberta da literatura espiritual"
Por seu lado, o catedrático de Teoria da Literatura, Miguel Angel Garrido, qualificou “Santo Rosário” como “uma grande descoberta da literatura espiritual, em cujo género se inserem os livros de S.Josemaria”. Garrido Gallardo salientou a técnica do autor, que neste livro não se limita a “contar”, mas introduz o leitor, que queira seguir o seu convite, “na vivência das cenas que contempla”. “O que é genuíno do livro é que não nos dá uma narrativa, mas uma experiência de oração”.
A edição crítica inclui ilustrações e fotografias e uma teologia do rosário juntamente com o texto e o comentário crítico-histórico. Um anexo explica como se elaborou postumamente o conjunto de textos para os mistérios da luz com frases extraídas de outras obras de S.Josemaria.
Edição crítico-histórica de Santo Rosário (Rialp)