Morre o Patriarca Teoctist

A mais alta autoridade da Igreja Ortodoxa romena, o patriarca Teoctist, morreu aos 92 anos na sequência de um ataque cardíaco. Os devotos de S. Josemaria recordam o histórico encontro na Praça de São Pedro entre João Paulo II e o Patriarca, no dia seguinte à canonização.

O Patriarca Teoctist com João Paulo II no dia de acção de graças pela canonização de S. Josemaria.

Vídeo do encontro entre João Paulo II e Teoctist

Nascido em 1915 numa povoação no nordeste da Roménia, Teoctist era o décimo de onze irmãos e aos 20 anos iniciou-se como monge ortodoxo. Actualmente, mais de 80% dos romenos pertencem à Igreja Ortodoxa. Em 1999, João Paulo II visitou a Roménia a convite de Teoctist, que foi a primeira visita feita pela mais alta autoridade da Igreja Ortodoxa a um Papa da Igreja Católica desde a separação, no Grande Cisma do ano de 1054.

Em 7 de Outubro de 2002, milhares de peregrinos que se tinham deslocado a Roma para assistir à canonização de Josemaria Escrivá celebrada no dia anterior, foram à Praça de São Pedro para participar numa Missa de acção de graças. Ao terminar, o Papa João Paulo II quis receber o patriarca Teoctist diante dos milhares de pessoas que enchiam a Praça.

“Quis – disse João Paulo II naquela ocasião – que a sua visita começasse no marco desta audiência geral, na presença de tantos fiéis, que vieram de todas as partes do mundo. As pessoas que participam neste primeiro encontro são os membros do Opus Dei. Vieram para agradecer a canonização do seu fundador, Escrivá de Balaguer. Creio que estão muito contentes". "Oxalá que estes dias alimentem o nosso diálogo, fortaleçam as nossas esperanças e nos tornem mais conscientes do que nos une, das raízes comuns da nossa fé, do nosso património litúrgico, dos santos e dos testemunhos que temos em comum. Que o Senhor nos faça experimentar, uma vez mais, quão formoso e doce é invocá-Lo juntos".

Por motivo do seu falecimento, Bento XVI emitiu esta mensagem: "Os encontros do meu amado predecessor João Paulo II e Sua Beatitude Teoctist em 1999 e 2002 permanecerão na nossa memória como uma prenda especial da graça de Deus, pois ajudaram a fortalecer e a dar um novo impulso ao crescimento e ao estreitamento dos laços fraternos entre as Igrejas. Ambos estavam determinados a escrever uma nova página na história das nossas comunidades, superando um difícil passado que ainda hoje nos pesa e desejando com esperança o dia em que a divisão entre os seguidores de Cristo chegue ao seu fim".