Estónia: ordenação episcopal em Talin

No sábado 10 de Setembro teve lugar a ordenação episcopal do P. Philipe Jourdan, sacerdote francês da Prelatura do Opus Dei. D. Javier Echevarría foi um dos bispos consagrantes.

Mons. Jourdan era vigário geral da administração apostólica da Estónia desde 1996. Durante este tempo também exerceu o cargo de pároco da pequena catedral de S. Pedro e S. Paulo de Talin. Desde Março de 2004, é vice-presidente do Conselho Estónio de Igrejas, órgão ecuménico onde representa a Igreja Católica desde 1987.

Trata-se da segunda ordenação episcopal nos últimos 500 anos da história deste país. O anterior arcebispo católico residente na Estónia foi D. Eduard Profittlich sj, martirizado em 1942 no campo de concentração soviético de Kirov. O facto de que uma das últimas decisões de João Paulo II, poucos dias antes do seu falecimento, tenha sido a nomeação de um bispo para o país comoveu muitos estónios. A pesar de que os católicos são uma pequena minoria, a Estónia continua a chamar-se com orgulho ”terra mariana”, graças a um decreto do papa Inocêncio III datado de 1215.

A cerimónia coincide com o décimo segundo aniversário da visita da João Paulo II à Estónia. O celebrante principal será D. Peter Zurbriggen, núncio apostólico para os países bálticos. Concelebram com ele o prelado do Opus Dei, D. Javier Echevarría, e o arcebispo de Moscovo, D. TadeusZ Kondrusiuewic. Conforme informa a Administração Apostólica da Estónia, está prevista a assistência do presidente da República e de vários ministros, além de alguns cardeais e bispos provenientes da Rússia, Letónia, Lituânia, Alemanha e dos Estados Unidos, e da representação de várias organizações alemãs, da Igreja greco-latina ucraniana e da Conferência Episcopal francesa.

A ordenação episcopal terá lugar no templo de Santo Olavo, cedido pela comunidade baptista, porque a catedral tem dimensões reduzidas. A torre de Santo Olavo, de 150 metros, é a construção mais alta da cidade. “Agradeço o afecto dos meus amigos do Conselho estónio das Igrejas”, disse Mons. Jourdan, “e o facto dos protestantes de diversas denominações terem confirmado a sua presença e terem oferecido as suas igrejas de Talin, para que a cerimónia de consagração pudesse realizar-se com a presença de muito mais gente”.