João Paulo II voltou a destacou a urgência de educar os jovens do Terceiro Milénio para uma cultura de paz, que evite confrontos como os que agora ocorrem no Iraque e noutras partes do mundo.

Ao receber os participantes do congresso universitário internacional UNIV, que este ano tem como tema "Construir a paz no século XXI", o Papa vincou que o tema do congresso "é mais actual que nunca nestes meses nos quais estamos preocupados além da situação do Iraque, por tantos focos de violência e de guerra, que estão a rebentar também em outros continentes. Tudo isto faz mais urgente uma verdadeira educação para a paz".

"Para ser construtores de paz é necessário principalmente viver na verdade", acrescentou.

As palavras de João Paulo II nos últimos dias têm soado a uma passagem de testemunho às gerações mais novas, na luta pela paz. No dia 14 de Abril ele insistiu com os jovens presentes: "tende a coragem de vos fazer perguntas sinceras sobre o sentido da vida! Formai-vos para ser rectos e claros no pensamento, na acção, no respeito e diálogo com os demais".

O Papa destacou que "a verdadeira paz floresce quando no coração se vence o ódio, o rancor e a inveja; quando se diz não ao egoísmo e a tudo o que leva ao ser humano a fechar-se sobre si mesmo e à defesa do próprio interesse".

Se o amor, "se traduz em gestos de serviço gratuito e desinteressado, em palavras de compreensão e de perdão, a onda pacificadora do amor se alastra e se estende à toda a comunidade humana", referiu ainda.

O Papa citou no final da sua intervenção São Josemaría Escrivá: "é tarefa do cristão: afogar o mal com abundância de bem. Não se trata de campanhas negativas, ao contrário, viver de afirmação, cheios de optimismo, com juventude, alegria e paz, ver a todos com compreensão".