Antes de descobrir a sua vocação, Dani estava focada em destacar-se no seu percurso profissional e nos estudos. “Sempre quis ser excelente na minha profissão, nos meus estudos. Costumava competir na natação”. No entanto, sentia que “faltava algo na minha vida”, “tinha tudo e ao mesmo tempo não tinha nada”. Faltava encaixar uma peça.
A sua perspetiva mudou depois de assistir a uma aula na Universidade Católica, onde um padre fez a pergunta: “Qual é o momento mais feliz da sua vida?”. Recordou a felicidade momentânea de ganhar a sua primeira medalha de ouro na natação e apercebeu-se de que “não era algo transcendente”. Refletindo sobre o seu objetivo, começou a interrogar-se: “Não será que me falta Deus, que me falta aproximar-me mais de Deus?”. Inspirada pela devoção da sua avó a São Josemaria Escrivá, aproximou-se da Obra.
“O Opus Dei significou uma mudança total na minha vida, porque me deu outra visão do fim para que estamos aqui no mundo”.
Para Dani, o Opus Dei não significou uma mudança nas suas relações pessoais: “A minha família e os meus amigos mais próximos sabem que pertenço ao Opus Dei e isso não significou nenhuma mudança essencial”. Ela e as suas amigas têm pontos de vista diferentes, “mas isso não é um problema em relação ao respeito”.
A vocação não lhe facilitou o caminho da exigência: “Quem é que não tem exigências na vida? Qualquer objetivo que se defina e que se queira alcançar é exigente”. Mas deu-lhe uma perspetiva mais profunda e focada no serviço: “O facto de pertencer ao Opus Dei leva-me a estabelecer objetivos que são transcendentes perante Deus”. Assegura que a sua vida profissional não foi afetada, mas enriquecida: “Estou a trabalhar num lugar de que gosto muito, que é a regulação do setor da eletricidade e estou a fazer um mestrado à distância numa universidade em Inglaterra”.
Dani destaca também o impacto da Obra no seu desejo de servir: “Motiva-me muito trabalhar pelo meu país, porque vejo que aqui há muito para fazer. É por isso que gosto de viver aqui, de me esforçar no trabalho, dando tudo pelas pessoas do meu país e pelo desenvolvimento da Bolívia. Esta é também uma motivação que me leva a continuar a progredir na minha profissão”.