Todas as tardes, Ângela Patrícia Janiot se dirige a quase 50 milhões de telespectadores da América Latina. Em 1989, terminou os seus estudos em Comunicação Social e Jornalismo na Universidade de la Sabana para a seguir ir para os Estados Unidos, onde é apresentadora dos telejornais da CNN em língua espanhola.
Ângela Patrícia estabeleceu sólidas amizades na universidade: “Eu não só aprendi a conviver com as situações do dia a dia, como também a valorizar a minha vida familiar e a importância do meu trabalho de todos os dias. Nós conhecíamo-nos bem e reinava entre nós um grande calor humano: só existiam cursos e trabalhos académicos”.
Diana Sofia Giraldo, directora do telejornal 24 Horas, destaca os esforços feitos pela Universidade de la Sabana para formar jornalistas que estejam sempre ligados à realidade do país. “Na universidade, eu era apaixonada pelas situações diárias que nos mergulhavam nos problemas de todos os dias; o nosso olhar ia para além dos livros e dos exames”. Agora, Diana Sofia procura transmitir aquele espírito aos estudantes de outra faculdade de comunicação, de que é vice-reitora.
Henry Rodriguez, diretor das páginas financeiras do El Espectador, diário com uma tiragem de 300.000 exemplares, diplomou-se na Sabana. Tem três filhos e um trabalho que muito exigente; “Eu procurei criar novos sistemas de comunicação financeira e esforço-me por trabalhar bem, mas sem negligenciar as minhas obrigações familiares. Em primeiro lugar, penso nos meus filhos”.
O impacto que os formados pela Faculdade de Comunicação Social e Jornalismo têm sobre os média é, sem dúvida, o melhor exemplo do estilo da educação recebida na Universidade de la Sabana. Actualmente, entre os jornalistas dos meios de comunicação mais importantes da Colômbia, muitos saíram dos bancos escolares da Sabana, outros estão inscritos num dos dois programas de pós-graduação da Universidade: Jornalismo Financeiro e Comunicação de Empresas. Juan Gossain e Dario Arizmendi, directores das duas mais importantes cadeias de rádio da América do Sul, concordam entre si ao dizer “que existe algo de especial nos jornalistas da Sabana”.
Dito isto, os jornalistas são apenas uma pequena parte dos vinte mil estudantes que já frequentaram os anfiteatros da Universidade de Sabana, ainda muito jovem.
A Universidade começou com o Instituto Superior de Educação, que abriu as suas portas num antigo edifício muito acolhedor do bairro Chapinero, em Bogotá, no dia 21 de Agosto de 1971, com dezanove alunos e sete professores para o primeiro ano do curso de Administração de Estabelecimentos Escolares .
São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, tinha encorajado, no início dos anos 1960, alguns professores colombianos a promover o ensino superior. Em 1963, foi criado o Centro de Orientação para Professores , que organizava reciclagens para professores do ensino primário e secundário, nos períodos de férias escolares, visando uma formação que lhes assegurasse uma progressão na carreira oficial.
Entre 1967 e 1970, um grupo de pais colombianos criou a Associação para a Educação e instituiu estabelecimentos de ensino secundário. Foram essas famílias que fundaram o Instituto Superior de Educação , INSE, com a esperança de fazer dele uma Faculdade o mais rapidamente possível. Em 14 de Janeiro de 1980, o INSE foi reconhecido pelo governo como Universidade de la Sabana. Já havia 2.000 estudantes inscritos nos cursos de “Administração de Estabelecimentos”, “Psicologia”, “Ensino das Belas-Artes”, “Comunicação Social e Jornalismo” e “Gestão de Empresas e Ciências Sociais”.
Os fundadores da Universidade faziam questão de assegurar a formação dos professores das cidades e das várias zonas rurais dispersas, facilitando-lhes uma preparação científica e humana profundamente cristã. Dom Álvaro del Portillo – sucessor de São Josemaria – seria o primeiro Grande Chanceler da Universidade de la Sabana, que, desde o seu reconhecimento, se tornou uma obra corporativa do Opus Dei. Por este motivo, esta Prelatura Pessoal encarrega-se da formação espiritual e da orientação cristã, elementos que informam todo o trabalho da Universidade.Uma grande parte do trabalho dos membros do Opus Dei no mundo inteiro consiste em elevar o nível cultural, num quadro de inspiração profundamente cristã: transmitir cultura é sempre uma maneira de servir a sociedade.
No dia 29 de Maio de 1983, Dom Álvaro del Portillo visitou a Universidade e pôde ali encontrar-se com os professores, a equipa de direcção, funcionários, formados e estudantes para lhes dizer:
“Uma grande parte do trabalho dos membros do Opus Dei no mundo inteiro consiste em elevar o nível cultural, num quadro de inspiração profundamente cristã: transmitir cultura é sempre uma maneira de servir a sociedade. Vocês começaram aqui com muita coragem e elegância sobrenatural. Fazem um bom trabalho; contribuem assim para que, no vosso país, a cultura seja valorizada e muito bem difundida graças à formação dos futuros dirigentes da sociedade, a todos os níveis. Todas as almas interessam ao Opus Dei, não apenas aquelas que estão no comando, mas é certo que se essas têm um espírito cristão, todos os outros tirarão proveito disso.
Disse também o quanto a Universidade deveria sentir-se implicada na procura de soluções para os problemas sociais prementes do país.
“A caridade que Deus nos pede não é rígida, estereotipada, feita de má vontade. Trata-se de colocar nela verdadeiramente o coração. É o trabalho dos cristãos, é o que eu peço ao Senhor para esta Universidade”.
Numerosas iniciativas responderam a esse desejo do primeiro Grande Chanceler da Sabana. Por exemplo, um programa de desenvolvimento social dirigido por professores e estudantes das Faculdades de Direito e de Comunicação, no bairro Paulo VI, em Soacha, na periferia de Bogotá. Este projecto conta com os espaços da escola pública do bairro e propõe às crianças actividades de tempos livres e cursos de catecismo e aos pais, palestras e assistência jurídica gratuita.
A expansão da Universidade é evidente. No segundo semestre de 1996, foi inaugurada a sede do Instituto de Alta Direcção de Empresas , o INALDE. Iniciou-se a construção de novos anfiteatros da Faculdade de Jornalismo. Uma futura Clínica Universitária foi programada. “É um enorme projecto que está bastante avançado. Promovido por um grupo independente e fora do organograma dos outros trabalhos”, acrescenta M. Cortés, mostrando-nos o espaço que acolherá essa futura clínica da Faculdade de Medicina.
O campus assemelha-se aos das universidades dos Estados Unidos e da Europa. Uma verdadeira cidade universitária, com ruas, praças, pontes, instalações desportivas e até um pequeno lago, onde periodicamente se realizam campeonatos de remo.
