Crescemos em Ontário, Canadá, pelo que o nome Muggeridge não é muito conhecido aqui. Mas o meu pai tem muitas recordações do seu avô Malcolm e dos verões passados na casa dele no Sussex, sul de Inglaterra.

Malcolm Muggeridge foi um buscador da verdade ao longo da sua vida. Essa busca levou-o do comunismo ao cristianismo. Foi jornalista, escritor e apologista, e um importante pensador inglês da segunda metade do século XX. Embora não o tenha conhecido, o meu bisavô foi uma forte influência na história da minha família, também na forma como vivemos e entendemos a fé.

Fui batizada em criança e sempre vivi num ambiente católico. Pelo contrário, o meu bisavô, Malcolm, e a sua mulher, Kitty, tiveram um longo caminho até à fé. Foram recebidos na Igreja Católica quase aos 80 anos de idade, graças em parte à sua amizade com a Madre Teresa de Calcutá.

Vejo o meu bisavô como um homem que, uma vez que descobriu a verdade, lhe entregou a sua vida por completo. Isso é o que aspiro a imitar. Na minha vocação como numerária auxiliar no Opus Dei, encontrei uma vida de felicidade e realização, sabendo que através do meu trabalho profissional, as pessoas se sentem amadas e valorizadas e isso põe-nas mais perto da verdade, mais perto de Deus.