As Escolas de Formação pelo sistema de Alternância, EFAS, uma alternativa para os jovens do meio rural na Colômbia

Criado e impulsionado por várias pessoas – algumas do Opus Dei e outras que não pertencem à Prelatura – nasceu em Janeiro de 1992 o que então parecia um sonho e é hoje uma esplendorosa realidade em crescimento.

As Escolas de Formação pelo sistema de alternância, também conhecidas como Escolas Familiares Agropecuárias ou EFAS, são um modelo de educação e promoção de jovens do meio rural mediante a educação, a formação humana e a formação para o trabalho.  Pela sua filosofia e objectivos, no que respeita à área académica e nos aspectos humanos e práticos, as EFAS procuram formar jovens do meio rural para que desenvolvam empresas agropecuárias produtivas, que lhes permitam abrir espaços de realização humana e profissional.

O projecto de Educação e Formação pelo sistema de Alternância, ou projecto EFA, incorpora pela primeira vez na Colômbia uma metodologia de educação e promoção rural de comprovado êxito na formação de jovens do meio rural em muitos outros países.

O novo método empregado pelas EFAS consiste na integração dos espaços de educação e de trabalho na formação do jovem camponês. O jovem aprende a partir da sua realidade académica e do seu trabalho rural de apoio à família e de realização dos seus próprios projectos produtivos. Assim se alterna educação e trabalho, de tal maneira que o trabalho alimenta a formação pedagógica e a educação alimenta o trabalho produtivo. Isto traduz-se na prática no facto dos jovens dedicarem uma semana à formação humana e técnica e outra ao trabalho nos seus projectos produtivos nas suas próprias parcelas de terreno.

1) TRÊS PROJECTOS EM CURSO 

1.1) EFA Guatanfur

  É a primeira EFA colombiana, nascida em 1992, em Macheta (Cundinamarca) exerce o seu influxo principalmente nos municípios de Machetá, Manta, Tibirita e La Capilla; e, em menor grau, noutros municípios do Valle de Tenza. Actualmente a EFA Guatanfur tem seis cursos com 150 alunos e realiza actividades com pais e com outros jovens da região. Cada aluno da EFA, além da sua formação humana e académica, recebe  acompanhamento no seu projecto produtivo. Actualmente os jovens estão a desenvolver projectos nas áreas da criação de gado, avicultura, piscicultura, horticultura e nas culturas de batata, ervilhaca, feijão e amora de castela. Os primeiros 23 técnicos agro-pecuários terminaram o curso no passado mês de Dezembro e receberam os respectivos diplomas na presença das autoridades municipais e dos coordenadores regionais de educação.

Esta EFA conta já com uma ampla sede própria. É importante sublinhar que a formação dos jovens camponeses das EFAS envolve sempre, ainda que em diferente medida, as suas famílias, pais e irmãos.  

1.2) EFA Altavista O segundo projecto, a EFA ALTAVISTA está situada no município de Chocontá. Esta Escola proporciona actualmente três cursos com 70 alunos. Para já dispõe de uma sede provisória disponibilizada pela autarquia.  No próximo ano espera-se poder iniciar a construção da sede definitiva.

Os jovens da EFA ALTAVISTA têm também os seus projectos produtivos, particularmente, de morango, cebola, alho, hortaliças, criação de coelhos, frangos e galinhas poedeiras.

As autoridades municipais participam muito activamente no desenvolvimento deste projecto.

1.3) EFA Ferrería Há dois anos iniciou-se o trabalho na terceira EFA, denominada FERRERIA no município de Pacho (Cundinamarca). Actualmente esta escola conta com 60 alunos provenientes de vários municípios da região de Rionegro.

A comunidade participa muito activamente na promoção da Escola Ferrería. No ano passado a comunidade doou o lote de terreno no qual se iniciou em Fevereiro a construção da sede definitiva na zona de Ferrería do município de Pacho.

As autoridades municipais e os vários líderes participaram também muito activamente no projecto.

Espera-se que a sede definitiva fique concluída no decurso deste ano.  Actualmente a EFA Ferrería funciona numa sede temporária cedida pelo Município para o desenvolvimento do projecto.

Nesse local são já dadas aulas de vários níveis e também se coordenam os projectos produtivos dos alunos.

A bênção da primeira pedra da nova sede teve lugar no passado dia 3 de Setembro com a presença de D. Desidério Orjuela e as autoridades civis do Município.

Actualmente em Pacho trabalha-se no desenvolvimento de projectos de cultura de café e de mandioca, na promoção de flores não tradicionais para exportação.   

2) E COMO SE FINANCIAM? 

Estes projectos de Escolas Familiares Agrárias – EFAS – estão a cargo da ASRURAL, uma associação sem fins lucrativos que tem a responsabilidade de conseguir e canalizar os recursos necessários para que estes projectos se mantenham e se desenvolvam. A ASRURAL pretende ir ampliando, pouco a pouco, o âmbito da sua influência e ajuda em benefício dos jovens do meio rural e das suas famílias.

Este trabalho ver-se-á incrementado na medida em que se consigam os apoios de entidades públicas e privadas e de outras pessoas generosas que ajudem na formação e promoção de jovens camponeses e das suas famílias.

O jovem aprende a partir da sua realidade académica e do seu trabalho rural de apoio à família e de realização dos seus próprios projectos produtivos.

Se pretende mais informação pode dirigir-se a: efaguatanfur@yahoo.com