Índice
- História de Nossa Senhora do Carmo
- Homilia do Fundador do Opus Dei sobre Nossa Senhora
- Cinco recursos para fomentar a devoção a Nossa Senhora do Carmo
- Cinco textos de São Josemaria para a festa de Nossa Senhora do Carmo
História de Nossa Senhora do Carmo
As raízes da devoção a Nossa Senhora do Carmo – uma das invocações marianas da Virgem Maria – remontam ao Monte Carmelo, na Terra Santa. No Antigo Testamento, o profeta Elias invoca Deus a partir do Carmelo e obtém sinais de chuva, consolidando o monte como um lugar sagrado. Séculos mais tarde, os eremitas estabeleceram-se ali e formaram a Ordem dos Carmelitas, dedicada à oração e à penitência, chamando a Maria a “Santíssima Virgem do Monte Carmelo”.
No século XIII, a Ordem dos Carmelitas foi formalmente instituída pelos Papas Honório III e Inocêncio IV, e expandiu-se internacionalmente. No século XVI, Santa Teresa de Jesus promoveu a reforma da Ordem dos Carmelitas Descalços, reforçando a sua vida de clausura e oração e dando origem à sua expansão na América.
A origem da mensagem de Nossa Senhora do Carmo nasceu em Inglaterra. No domingo, 16 de julho de 1251, São Simão Stock, Superior Geral dos Padres Carmelitas do convento de Cambridge, rezava pelo destino da sua ordem, quando a Virgem Maria lhe apareceu com um escapulário na mão, deu-lho e disse: “Quem morrer com ele não padecerá o fogo eterno”.
O Papa Pio XII alude a esse facto quando diz: “Não é uma questão de pouca importância, mas sim a conquista da vida eterna em virtude da promessa feita, segundo a tradição, pela Santíssima Virgem”.
Também reconhecida por Pio XII, há uma tradição de que a Virgem, para aqueles que morrem com o Santo Escapulário e purificam a sua culpa no Purgatório, com a sua intercessão, os fará chegar à pátria celestial o mais rapidamente possível, ou, o mais tardar, no sábado após a sua morte. O escapulário do Carmo é um sacramental.
Homilia do Fundador do Opus Dei sobre Nossa Senhora
Cinco recursos para fomentar a devoção a Nossa Senhora do Carmo
2. Comentário ao Evangelho da Memória Litúrgica da Virgem Santa Maria do Monte Carmelo.
3. Oração de São Simão Stock a Nossa Senhora do Carmo
Ó Formosíssima Flor do Carmelo, Vinha Frutífera,
Resplendor do Céu, Mãe Singular do Filho de Deus,
Virgem Sempre Pura!
Mãe Santíssima, depois de conceber o Filho de Deus,
permanecestes intacta e sem mancha alguma.
Ó Bem-aventurada e Sempre Virgem,
assisti-me nesta necessidade!
Ó Estrela do Mar, auxiliai-me e protegei-me!
Ó Maria, sem pecado concebida,
rogai por nós que recorremos a vós!
Ó Mãe e formosura do Carmelo, rogai por nós!
Virgem, Flor do Carmelo, rogai por nós!
Virgem, Flor do Carmelo,
Patrona dos que usam o Santo Escapulário, rogai por nós!
São José, fiel amigo do Sagrado Coração, rogai por nós!
São José, Castíssimo Esposo de Maria Santíssima, rogai por nós!
São José, nosso Grande Protetor, rogai por nós!
Doce Coração de Maria sede nossa Salvação!
Amén.
3. Novena a Nossa Senhora do Carmo (Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares em Portugal)
4. Rito de imposição do escapulário do Carmo (Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares em Portugal)
Cinco textos de São Josemaria para a festa de Nossa Senhora do Carmo
1. Mãe! – Chama-a bem alto. – Ela, a tua Mãe Santa Maria escuta-te, vê-te em perigo talvez, e oferece-te, com a graça do seu Filho, o consolo do seu regaço, a ternura das suas carícias. E encontrar-te-ás reconfortado para a nova luta.
(Caminho, n. 516)
2. Traz sobre o peito o santo escapulário do Carmo. – Poucas devoções (há muitas e muito boas devoções marianas) estão tão arreigadas entre os fiéis, e têm tantas bênçãos dos Pontífices. – Além disso, é tão maternal esse privilégio sabatino!
(Caminho, n. 500)
3. Não estás só. – Aceita com alegria a tribulação. – É verdade, pobre menino, que não sentes na tua mão a mão de tua Mãe. – Mas... não tens visto as mães da terra, de braços estendidos, seguir os seus pequenos, quando se aventuram, receosos, a dar os primeiros passos sem a ajuda de ninguém? – Não estás só: Maria está ao pé de ti.
(Caminho, n. 900)
4. Permite-me um conselho, para que o ponhas diariamente em prática. Quando o coração te fizer notar as suas baixas tendências, reza devagar à Virgem Imaculada: «Olha-me com compaixão, não me deixes, minha Mãe!» E aconselha-o a outros.
(Sulco, n. 849)
5. A nossa Mãe é modelo de correspondência à graça e, ao contemplarmos a sua vida, o Senhor dar-nos-á luz para que saibamos divinizar a nossa existência vulgar. Durante o ano, quando celebramos as festas marianas, e cada dia em várias ocasiões, nós, os cristãos, pensamos muitas vezes na Virgem. Se aproveitamos esses instantes, imaginando como se comportaria a nossa Mãe nas tarefas que temos de realizar, iremos aprendendo a pouco e pouco, até que acabaremos por nos parecermos com Ela, como os filhos se parecem com a sua mãe.
Imitar, em primeiro lugar, o seu amor. A caridade não se limita a sentimentos: há de estar presente nas palavras e, sobretudo, nas obras. A Virgem não só disse fiat, mas também cumpriu essa decisão firme e irrevogável a todo o momento. Assim, também nós, quando o amor de Deus nos ferir e soubermos o que Ele quer, devemos comprometer-nos a ser fiéis, leais, mas a sê-lo efetivamente. Porque nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus, esse entrará no reino dos Céus.
Temos de imitar a sua natural e sobrenatural elegância. Ela é uma criatura privilegiada na História da Salvação, porque em Maria o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Foi testemunha delicada, que soube passar inadvertida; não foi amiga de receber louvores, pois não ambicionou a sua própria glória. Maria assiste aos mistérios da infância de seu Filho, mistérios, se assim se pode dizer, cheios de normalidade; mas à hora dos grandes milagres e das aclamações das massas desaparece. Em Jerusalém, quando Cristo – montado sobre um jumentinho – é vitoriado como Rei, não está Maria. Mas reaparece junto da Cruz, quando todos fogem. Este modo de se comportar tem o sabor, sem qualquer afetação, da grandeza, da profundidade, da santidade da sua alma!
Procuremos aprender, seguindo também o seu exemplo de obediência a Deus, numa delicada combinação de submissão e de fidalguia. Em Maria, nada existe da atitude das virgens néscias, que obedecem, sim, mas como insensatas. Nossa Senhora ouve com atenção o que Deus quer, pondera aquilo que não entende, pergunta o que não sabe. Imediatamente a seguir, entrega-se sem reservas ao cumprimento da vontade divina: eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa palavra. Vedes esta maravilha? Santa Maria, mestra de toda a nossa conduta, ensina-nos agora que a obediência a Deus não é servilismo, não subjuga a consciência, pois move-nos interiormente a descobrirmos a liberdade dos filhos de Deus.