“Faz tudo o que puderes para conheceres a Deus”
Em cada dia faz tudo o que puderes para conheceres a Deus, para te dares com Ele, para te enamorares mais em cada instante e não pensares senão no seu Amor e na sua glória. – Cumprirás este plano, filho, se não deixares, por nada!, os teus tempos de oração, a tua presença de Deus (com jaculatórias e comunhões espirituais para te inflamarem), a tua Santa Missa pausada, o teu trabalho bem acabado por Ele. (Forja, 737)
“Dilata o teu coração”
Não tenhas espírito provinciano. – Dilata o teu coração, até que seja universal, "católico". Não voes como ave de capoeira, quando podes subir como as águias. (Caminho, 7)
"Hás-de ir procurar as almas"
Cristo espera muito da tua actividade. Mas hás-de ir procurar as almas, como o Bom Pastor saiu à procura da centésima ovelha: sem esperar que te chamem. Depois, serve-te dos teus amigos para fazer bem aos outros. Ninguém pode sentir-se tranquilo ( di-lo a cada um ) com uma vida espiritual que, depois de o encher, não transborde para os outros com zelo apostólico. (Sulco, 223)
“Como queres que te ouçam?”
Corres o grande perigo de te conformares com viver (ou pensar que deves viver...) como um "bom rapaz", que se hospeda numa casa arrumada, sem problemas, e que não conhece senão a felicidade. Isso é uma caricatura do lar de Nazaré. Cristo, justamente porque trazia a felicidade e a ordem ao mundo, saiu a propagar esses tesouros entre os homens e mulheres de todos os tempos. (Sulco, 952)
“Procura cingir-te a um plano de vida”
Sujeitar-se a um plano de vida, a um horário... é tão monótono! – disseste-me. E respondi-te: há monotonia porque falta Amor. (Caminho, 77)
“Que bonito ser jogral de Deus!”
Em certa altura, alguém me disse: – Padre, mas se eu me encontro cansado e frio; se, quando rezo ou cumpro outra norma de piedade, me parece que estou a fazer teatro... A esse amigo e a ti, se te encontrares na mesma situação, respondo: – Teatro? Grande coisa, meu filho! Faz teatro! O Senhor é o teu espectador!: o Pai, o Filho, o Espírito Santo; a Santíssima Trindade estará a contemplar-nos, naqueles momentos em que "fazemos teatro". Actuar assim diante de Deus, por amor, para lhe agradar, quando se vive...
“Pratica a caridade sem limites”
Ama e pratica a caridade, sem limites e sem discriminações, porque é a virtude que caracteriza os discípulos do Mestre. Contudo essa caridade não pode levar-te – deixaria de ser virtude – a amortecer a fé, a tirar as arestas que a definem, a dulcificá-la até convertê-la, como alguns pretendem, em algo amorfo, que não tem a força e o poder de Deus. (Forja, 456)
“Traz sobre o peito o santo escapulário”
Traz sobre o peito o santo escapulário do Carmo. – Poucas devoções (há muitas, e muito boas devoções marianas) estão tão arraigadas entre os fiéis e têm tantas bênçãos dos Pontífices. – Além disso, é tão maternal este privilégio sabatino! (Caminho, 500)
“Que sejais meninos que desejam a palavra de Deus”
A nossa vontade, com a graça, é omnipotente diante de Deus. – Assim, à vista de tantas ofensas ao Senhor, se dissermos a Jesus, com vontade eficaz, indo no "eléctrico" por exemplo: "Meu Deus, quereria fazer tantos actos de amor e desagravo quantas as voltas de cada roda deste carro", naquele mesmo instante, diante de Jesus, tê-Lo-emos realmente amado e desagravado conforme o nosso desejo. Esta "ingenuidade" não esta fora da infância espiritual; é o eterno diálogo entre a criança inocente e o pai, doido p...
“Não queiras ser grande. – Criança, criança sempre”
Não queiras ser grande. – Criança, criança sempre, ainda que morras de velho. – Quando um menino tropeça e cai, ninguém estranha...; seu pai apressa-se a levantá-lo. Quando quem tropeça e cai é adulto, o primeiro movimento é de riso. – Às vezes, passado esse primeiro ímpeto, o ridículo cede o lugar à piedade. – Mas os adultos têm de se levantar sozinhos. A tua triste experiência quotidiana está cheia de tropeços e de quedas. Que seria de ti se não fosses cada vez mais pequeno? Não queiras ser grande, mas...